Fanfic: Tu Mirada (adaptada) Vondy **Finalizada** | Tema: Superação

Ucker: Vamos. – Saíram andando pelo campo. Ainda tinham meia hora para que fechassem o clube. Tinham meia hora para estarem escondidos.

Dul: Pra onde a gente vai amor?

Ucker: Se esconder pra depois você conhecer aqui.

Dul: Onde?

Ucker: Aqui. – Deu mais alguns passos e se esconderam atrás de um arbusto. Ele sentou e ela sentou entre suas pernas. – Agora esperamos.

Dul: Ok. – Sorriu e recostou no peito dele.

Ucker: Te amo. – Sorriu e colocou uma rosa na frente dela.

Dul: Ain. – Os olhos brilharam e ele colocou a flor em seus cabelos. – Obrigada, é linda. – Deu um cheirinho em seu pescoço. – E eu também amo você.

Ucker: Escolhe uma estrela. - Falou depois de diversos assuntos, enquanto esperavam poder sair de la. Os dois olharam para o céu.

Dul: Aquela ali! – Apontou. – Mas por quê?

Ucker: Ela vai se chamar Dulce.

Dul: Mas ela não pode chamar Dulce e se alguém deu outro nome.

Ucker: Por hoje vai. É meu presente pra você de hoje.

Dul: Uma estrelinha? *-*

Ucker: -beijou seu ombro – Uhum.

Dul: Tão linda. – Suspirou.

Ucker: Quer passear? Acho que já podemos.

Dul: Quero sim! – Se levantou e ele pegou sua mão. – É tão lindo aqui né? – Falou depois de ver o jardim e agora caminhavam em uma das pistas de corrida.

Ucker: É sim. – Parou apoiado em uma grade. – Tá vendo ali? – Apontou para um campo de futebol um pouco mais a frente.

Dul: Sim.

Ucker: Era ai que eu jogava.

Dul: Não fica triste. – Segurou sua mão.

Ucker: Não fico. – Sorriu de canto. – Só que... Sei lá. Não sei explicar.

Dul: Sente saudade?

Ucker: Não.

Dul: Eu quis dizer do seu pai. – Mordeu o lábio.

Ucker: Eu sinto falta de um pai. Mas não dele.

Dul: -alisou seu braço – Eu entendo.

Ucker: Enfim... É algo que nunca tive e nunca vou ter. Nunca vou saber como é, nunca soube. Como posso sentir saudades de algo que nunca tive?

Dul: Eu tenho dois. Eu posso te emprestar os dois quando quiser. – Sorriu fofa e ele a abraçou, beijando sua testa. – Foi muito feio o que eu disse? – O encarou.

Ucker: Nada que você diz pode ser feio. E não. – Sorriu alisando seu rosto. – Meu amor.

Dul: Vamos sair daqui. – Deu um selinho. – Me mostra mais.

Ucker: Ok. Vem. – Se dirigiram ao salão interno.

Dul: Que lindo aqui! Olha! – Apontou para o lustre.

Ucker: Quando a gente casar, a festa vai ser em um lugar assim. O Que acha? – Sorriu subindo no palco, já montado.

Dul: Eu acho perfeito! – Deixou o sapato e bolsa no chão.

Ucker: Ai eu vou subir em um palco assim e cantar pra você. – Mexeu nos instrumentos que tinham lá.

Dul: -riu – E eu vou chorar de tão lindo que vai ser!

Ucker: O que você prefere, assim em um clube, ou algum salão fechado?

Dul: No clube! – Ela mexia nas coisas do balcão.

Ucker: Eu também. – Devolveu um fio que tinha pego. – A gente nem entrou em uma cordo de quantos filhos vamos ter.

Dul: Dois?

Ucker: Eu queria três.

Dul: Então tá. – Deu ombros e subiu em uma cadeira fuçando no armário.

Ucker: -riu – Vai cair.

Dul: Não vou. – Olha tem muitas coisas aqui. Acho que teve festa né?

Ucker: Sim.

Dul: Como vão chamar nossos filhos?

Ucker: -pulou do palco e se aproximou – Como?

Dul: Eu gosto de Sofia pra menina.

Ucker: Eu também gosto. E pra menino?

Dul: Matheus.

Ucker: Também gosto. Mais um? – Parou ao lado dela, encostado no balcão.

Dul: Escolhe você! – Estava com as mãos enfiadas nas gavetas, agora.

Ucker:  Hum... Menino acho que Lucas e menina... Maria Eduarda?

Dul: Eu gostei.

Ucker: E vão ser lindos como você. – Agarrou sua cintura e ela soltou um gritinho. – Shiiii! – Riu a calando com um selinho. A gente tá escondido aqui.

Dul: Eu tomei um susto. – Fez bico. - E eles vão ser lindos né? *-*

Ucker: Vão ser perfeitos. – Sorriram.

Dul: E ai a gente vai ensinar tudo pra eles né, gatito? Como você me ensina e eu vou poder ensinar direitinho agora que eu vejo.

Ucker: Vai ser uma ótima mãe a minha anjinha.

Dul: Si! E você o melhor pai do mundo! – Sorriu o beijando.

  Ele passou a mão por sua cintura e ela por seu pescoço. Os corpos se ajustaram um ao outro e ele andou um pouquinho para o lado com ela, a encostando no balcão. Só que quando fizeram isso uma bandeja, que ela tinha deixado lá em cima, caiu, fazendo os talheres que tinham nela caírem junto. Fez um barulho estrondoso, que ecoou no salão.

Ucker: Acho melhor sairmos daqui logo. – Deu um selinho e ela assentiu enquanto pegavam as coisas rápido, colocando no lugar. – Vamos antes que a... - Foi interrompido.

Funcionário: QUEM ESTÁ AI? – Acendeu a luz e Christopher puxou a mão da namorada para baixo. Se escondendo atrás do balcão. Ela o olhou assustada e ele colocou o dedo nos lábios. – Apareçam de uma vez! – Entrou e caminhou lá por dentro.

Ucker: -sussurrando – Quando eu falar... Corre. – Ela assentiu, agarrada no braço dele.

Dul: Minhas coisas. – Praticamente só mexiam os lábios.

Ucker: Onde?

Dul: Ali. – Apontou e ele olhou.

Ucker: Eu vou pegar. Me espera. – Espiou e o homem estava do outro lado, olhando atrás do palco e ela foi rapidamente, engatinhando e pegou bolsa e sapato da loira.

Dul: Ai eu to com medo. – Quase chorava.

Ucker: Shi. – A acolheu em seu peito enquanto espiava. – Vamos antes que ele venha pra esse lado. – Pronta?

Dul: Ok. – Tremia. 

Ucker: Ei... Relaxa. – Sorriu. – Vai ser nossa aventura ok? – Beijou a pontinha de seu nariz e ela acabou sorrindo e assentindo nervosa. – Agora. – Levantaram e saíram de lá, correndo.

Funcionário: EI! – Gritou e os dois acabaram olhando para traz. – VOLTEM AQUI!

Ucker: CORRE! – Ela gritou e saiu correndo com ele, segurando sua mão.

Funcionário: PAREM! – Eles acabaram rindo, esbarrando em outra bandeja e saíram de lá.

Corriam, corriam e sabiam que o homem estava atrás dele. Ela já estava cansando.

Ucker: Vem.

Dul: Tá doendo minha barriga! – Reclamou, mas riu e se esconderam atrás de uma árvore.

Ucker: Vamos parar aqui. – Sussurrou, a abraçava e olhava de onde tinham vindo.

Dul: -respirando fundo – Se ele nos pegar o que acontece?

Ucker: Eu vou ser preso. – Fez careta e ela arregalou os olhos.

Dul: Ucker! E você fala assim?

Ucker: Shiiii! E sim eu falo. Porque mesmo que a gente seja pego, eu vou ser solto e vai ter valido a pena passar por isso com você. – Sorriu dando um selinho.

Dul: Tengo miedo.

Ucker: No. Não precisa. Tá melhor? – Olhou para o outro lado de novo. – Precisamos ir.

Dul: Ok. – Respirou fundo e eles saíram correndo. No meio do caminho ouviram o grito de novo. 

Funcionário: PARADOS! – Parou na frente deles, apontando a lanterna.

Dul:AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Deu um grito estrondoso.

   Ela olhou para o namorado, completamente assustada e ele sorriu piscando.

Dul: CORRE! – Se viraram e saíram correndo de novo.

Funcionário: NÃO! – Correu de novo. Se xingava mentalmente por não estar com o rádio e poder chamar um segurança.

Ucker: Você enlouqueceu? – Ria se enfiando no meio do mato.

Dul: -rindo junto – Eu fiquei com medo. Ai. – Caiu e ele a levantou. – Tudo bem. – Não sabem como saíram na piscina.

Ucker: -pulou a grade baixa – Vem. – A ajudou e ela estava no colo dele quando ouviram o grito do homem ainda distante. – Amor.. Eu tive uma ideia.

Dul: O que? – Ele olhou para piscina e depois pra ela. – PISCINA?

Ucker: Não grita! Sim! Ficamos ali, ele nunca vai nos achar e vai passar reto.
Dul: mas eu nem sei nadar!

Ucker: Eu te seguro, é por poucos segundos. – Começou a desabotoar a camisa. – Deixamos as roupas ali. – Apontou para um canto escondido, atrás de uma espreguiçadeira.

Dul: -ofegante – Ok. – Colocou as mãos para trás, descendo o zíper do vestido. Os dois se despiram rápido e esconderam as coisas, ficando de roupas íntimas.

Ucker: Vem. Relaxa eu to com você. – Entraram devagar para não fazer barulho e ela abriu a boca.

Dul: Está fria! – Se encolheu.

Ucker: Desculpa. – Pediu com o olhar junto das palavras e ela negou, entrando de vez. – Dul?

Dul: Você vai ser preso! Vem logo! – Tremia e ele entrou.

Ucker: Vem. – Ele ficou a abraçando, os dois cobertos de água até o pescoço, espiando pela borda. Quando viram o funcionário lá... – Amor pega ar. – Ela ofegante de frio e medo obedeceu. – Segura o máximo que puder. – Ela assentiu. – Agora. – Sussurrou vendo o homem mais perto e eles abaixaram, se escondendo dentro da piscina.

  O homem olhou ao redor, negou com a cabeça e saiu correndo na outra direção, na que pensava que os dois tinham ido. Eles ainda ficaram embaixo da água. Ela o olhava e ele viu que não aguentaria mais muito tempo. Em determinada hora nem ele aguentou e os dois subiram, pegando ar desesperadamente.

Ucker: Ele já foi. – Ela o abraçou. As respirações descompassadas.

Dul: Tá frio.

Ucker: Vamos sair daqui.

Dul: Espera! – Soltou o ar.

Ucker: Que? Vai ficar doente. – Passou as mãos pelos braços dela.

Dul: -sorriu – Me beija embaixo da água?

Ucker: -confuso – Mas... Você já tá morrendo de frio e sem ar.

Dul:Me beija. – Sorriu, pegou ar e abaixou. Ele riu abaixando junto e embaixo da água a beijou. Ela agarrou seus cabelos e ele a abraçou em uma tentativa de esquentá-la. 

 Os corpos lutando contra a água para se manterem debaixo dela. Subiram ainda entre o beijo, rindo. Mesmo com pouco ar, continuavam, ele nem pareci tão necessário assim mesmo. Ele a encostou na borda. Continuaram se beijando e ela sentiu os quadris se encaixando e a leve excitação dele. Ela gemeu, sem saber que já estariam assim e ele passou a beijar seu pescoço. Ela apertou as mãos em seu ombro, apoiando a cabeça lá e sentiu o namorado a pressionar mais contra a parede. Os dois gemeram agora, só que ela ainda tremia. Estava com o corpo quente, mas na água gelada... Estava ficando mesmo difícil respirar.

Ucker: Eu acho melhor sairmos daqui. – Falou quase sem voz.

Dul: Pra onde?

Ucker: Vamos achar um lugar quente pra você não ficar assim. – Beijou sua testa e a ajudou a sair da piscina. Pegaram as roupas e saíram correndo. Ela tremia os lábios e acharam uma salinha. Quando estraram viram que era uma sala de ginástica. – Aqui deve ter algo. – Procurou nos armários e achou como se fossem mantas. – Aqui. – A cobriu. Ela estava sentada, em um colchãozinho, encolhida. – Eu vou pegar mais. – Ela assentiu e ele voltou com os outros três, os únicos que restavam, cobertores daqueles.

Dul: G.g.racias. E v.você? – Se abraçava com as mantas.

Ucker: Eu to bem. – Sorriu sentando ao seu lado, a abraçando.

Dul: P.para de m.mentir.