Fanfic: Tu Mirada (adaptada) Vondy **Finalizada** | Tema: Superação

                                                                                                                                                                              Continaundo...

Dul: Me mostra como é um beijo?- Ele arregalou os olhos e ficou sem palavras. - Por favor?- Apertou a mão dele, que segurava a sua. - Eu quero muito saber como é.

Ucker: Dul eu... Eu não posso fazer isso, eu... Sinto muito.

Dul: Por que não?- Perguntou triste. - Não gosta de mim pra isso?

Ucker: -suspirou - Não é isso pequena. Eu não posso me aproveitar de você entende? É assim que vou me sentir.

Dul: Não! Eu quero. Sério. Eu podia pedir para Poncho, mas ele é como se fosse um irmão e, além disso, eu sei que ele gosta da... De uma menina. E eu confio muito em você. Por favor? Todo mundo fala de beijos e eu nunca dei um.

Ucker: -fechou os olhos com força - Não da. - Abriu os olhos. - Não porque eu não queria!- Apressou em dizer. - Porque pra mim te beijar ia ser... Indescritível. - Ela sorriu. - Mas é seu primeiro beijo, e eu nunca ia me perdoar por me aproveitar dessa situação. - Ela fechou o sorriso e abaixou a cabeça. - Hei... – Levantou sua cabeça pelo queixo. - Não fica assim.

Dul: Eu queria. - Uma lágrima caiu. - Mas tudo bem.

Ucker: Não, não chora, por favor. - Enxugou seu rosto.

Dul: Era o assunto de hoje. O beijo. - Sorriu desanimada. - E eu não pude falar nada, eu queria saber como é o beijo que falam que os artistas dão nos filmes. Sentir as borboletas no estômago e o coração sair pela boca. Às vezes... Quando eu to com vocês... Eu queria poder ver. - Ele ficou olhando a carinha dela, ela nunca tinha falado isso. – Ser mais... Como vocês.

Ucker: Você é como nós. Só que... Tem algumas diferenças, mas diferenças podem ser boas.

Dul: Eu não me sinto mais tão a vontade não enxergando. Eu não me sinto mais como antes. Queria ver as cores e ver como eu sou. Queria te ver. - Sorriu tocando o rosto dele, enquanto lágrimas caíram por seu rosto. – Por que eu tenho que ser cega?

Ucker: -se aproximou - Tem coisas que a gente não pode explicar. Que simplesmente acontecem. - Ela o abraçou. - Oh princesa, não fica assim. - Acariciou seus cabelos.

Dul: Se eu pudesse escolher alguém pra ver, eu ia escolher você, mas não conta pra ninguém. - Ele sorriu e beijou sua testa. - E mesmo que eu enxergasse, eu ia escolher você pra dar meu primeiro beijo. Porque você é muito especial pra mim. - Separou dele sorrindo enxugando o rosto.

Ucker: Dul...

Dul: Que?

Ucker: Ainda quer saber como é um beijo?- Segurou o rosto dela com as duas mãos, ela assentiu e ele viu seus olhos brilharem, e não brilharem pelas lágrimas, mas sim, de expectativa. - Jura que não vai se arrepender?

Dul: Eu juro! Juro sim, por tudo que você quiser! O que eu faço?- Ele sorriu da inocência dela.

Ucker: Primeiro... A gente fica perto. - Se aproximou mais, deixando as bocas a centímetros de distancia. Ela mordeu o lábio e ao sentir a respiração quente dele em seu rosto fechou os olhos.

Dul: E depois?

Ucker: Você já sabe o próximo passo. - Sorriu e passou o nariz no nariz dela, que se arrepiou com o simples gesto.

Dul: Qual é?

Ucker: Fechar os olhos. - Fazia carinho em suas bochechas com o polegar.

Dul: Ta. E agora?- A voz dela quase não saia, e ela não entendia o por que.

Ucker: Agora você segue seu coração.

      Ele fechou os olhos e sorriu com a aproximação dos dois. Sorriu mais ainda quando ela colocou as mãos em seu rosto também.

Dul: Pode?

Ucker: Tudo que você quiser.

        Levemente tocou seus lábios. Ela franziu a testa sentindo o arrepio na espinha, ele abriu os olhos e sorriu ao ver a carinha confusa dela. Logo os fechou de novo e encostou os lábios outra vez. Depois de uns segundos só no selinho, ele pediu passagem com a língua, ela só abriu os lábios, seguindo os movimentos dele e ficou surpresa com a sensação da língua dele, tocando na sua. Ele passou uma das mãos pela nuca dela e começou os movimentos do beijo, ela o acompanhava, e sentia tudo que as meninas falaram que ela deveria se sentir em um beijo, só que tudo em dobro, triplo, quádruplo. Com as mãos no maxilar dele, podia sentir todos os músculos que ele usava no beijo se mexer, e logo ela parou de pensar. A única coisa que fazia era sentir e se deixar ser beijada por ele. Como era bom... Ele explorava sua boca, e também sentia sensações estranhas. Nunca tinha sentido isso em um beijo. Pena que a falta de ar chegou, mais pra ela que não sabia que era assim. Ele ao perceber, foi encerrando o beijo devagar, com três carinhosos selinhos, mas ainda ficou com a testa colada na dela, que ainda tinha os olhos fechados e um leve sorriso nos lábios, ele ficou a observando. Ficaram em um silêncio que foi quebrado pelo singelo risinho dela.

Ucker: Que?- Acabou rindo.

Dul: Eu gostei!- Tapou a boca com a mão. - Muito. - Riu feliz. - Obrigada.

Ucker: Eu que agradeço. Se quer saber foi o melhor beijo que eu já dei.

Dul: Ah pára! Você ta me enganando.

Ucker: Eu juro que não!- Falou sério. - Acredita em mim.

Dul: Eu acredito. - Parou de rir, mas logo sorriu - É assim o beijo de cinema?

Ucker: É... Eu acho.

Dul: Não importa. - Deu ombros. - Foi mágico. Eu senti tudo que as meninas falaram que se sente e muito mais. Aiiiii, eu dei um beijo!- Ajoelhou na cama. - Nem acredito. Você também sente essas coisas? Ou é só a gente?

Ucker: Eu senti também... Princesa. - Apertou o nariz dela que riu feliz. Ele só conseguia sorrir da felicidade dela, felicidade que ele proporcionou.

Dul: Pode beijar de novo? É tão gostoso!

Ucker: Eu te adoro sabia?- Levou a mão ao rosto dela de novo, que fechou os olhos apoiando a cabeça lá.

Dul: Eu te adoro mais.

Ucker: Vem aqui. - A ajudou a descer da cama.

Dul: Que?

Ucker: Eu to doido pra te beijar de novo já - A abraçou e ela se encolheu rindo.

Dul: Faz cócegas. - Ele deu um cheirinho no pescoço dela.

Ucker: Posso te dar um beijo de cinema mesmo?

Dul: PODE!*-*.

Ucker: Tem certeza?- Colocou a mão na nuca dela e a outra a segurou pelas costas.

Dul: Sim!- Falou ansiosa.

    Ele inclinou o corpo dela pra trás lentamente e a beijou de novo. Ela sorriu e com medo de cair, segurou na nuca dele. O beijo era tanto ou até mais carinhoso que o outro.

Ucker: Esse eu sei que dão nos cinemas. - Sussurrou em seu ouvido, quando estavam abraçados.

Dul: Eu gostei desse também. Brigada Ucker. Eu nunca ia saber o que é um beijo.

Ucker: Chega de agradecer né?- Ela assentiu. - Quer dormir aqui comigo hoje?

Dul: Eu quero. Eu vou colocar meu pijama, e ai eu venho.

Ucker: Eu vou até lá, depois eu volto com você. - Deu a mão pra ela e foram até o quarto as meninas. Enquanto colocava o pijama, ele a esperava do lado de fora, ela não falou nada do beijo, mas sorria a toa.

Dul: Eu vou dormir com seu irmão ta Any?- Falou já pronta.

May: Hã?- Arregalou os olhos.

Any: -deu um pedala - Por quê? Você nem quis ficar com a gente hoje. A gente fez alguma coisa?

Dul: Não! É que eu gosto de ficar com ele também. Não fiquem bravas, é que... É tão legal meninas, ele fala coisas tão bonitas e me ensina coisas. Coisas diferentes sabe, mas eu amo ficar aqui com vocês. É só hoje eu prometo.

May: -sorriu - Vai logo gatita.

Any: Ele ta ai?

Dul: Ta.

Any: ENTRA SEU LADRÃO DE AMIGAS!

Ucker: -entrou rindo - Besta. Vamos?- Pegou Dul no colo, que agarrou nele assustada.

Dul: Não me deixa cair.

Ucker: Até aprece.

May: Buenas noches. - Deu tchauzinho com cara cínica. - ANYYY!*-*

Any: EU SEIIII *-*. – Falaram depois que eles saíram. - Eles vão ficar juntos você vai ver, falta pouco. - Mal ela sabia que eles já tinham ficado.

Ucker: Sabe... Aquilo que você me falou sobre... Querer ver. - Ela estava deitada no peito dele, já tinham conversado sobre várias coisas. Com uma mão ele alisava seus cabelos e com a outra segurava a mão dela fazendo um carinho.

Dul: Eu sei que devia agradecer por ser só cega. Tem gente que é pior que eu, mas... Só às vezes eu me sinto um pouco mal.

Ucker: Você não deve se culpar por querer ver. É natural. Mas eu tava pensando enquanto você se trocava... Eu posso ir com você em um médico, não sei, ele pode ver se o que você tem pode ser revertido.

Dul: Você iria comigo?

Ucker: Claro que sim. Deve ter alguma operação que faça você enxergar.

Dul: -sorriu - É? Minha tia disse que não deve ter cura por ser de nascença.

Ucker: Então a gente vai, eu peço pra minha mãe, ela conhece bons médicos.

Dul: -fechou o sorriso - Mas Ucker... Deve ser muito caro pra ir nesses médicos.

Ucker: Pra ir não. A cirurgia pode ser que seja. - Beijou sua testa. - Mas não pensa nisso agora. Pensa primeiro em descobrir se tem um jeito de você enxergar. Combinado?- Ela assentiu.

Dul: Eu ouço seu coração aqui. - Sorriu e passou o dedo pelo peito dele. - É tão bonito ouvir ele.

Ucker: Eu acho bonito te ver. - Passava os lábios por sua testa.

Dul: Você vai mesmo depois de amanhã né?

Ucker: Eu não vou perder por nada ver você dançar.

    Sorrindo ela adormeceu. Dois dias depois a única coisa que se passava pela cabeça dos dois eram os beijos trocados. Dulce estava na frente do espelho, sentada, esperando sua tia terminar de fazer o coque em seus cabelos para a apresentação.

Marcela: Está linda como sempre.