Fanfic: NIGHT OWNERS | Tema: Rebelde

DULCE

- Você disse isso? - exclamou Anne; eu havia acabado de contar a ela o ocorrido entre mim e Diego. Como sempre, ela não sabia. - Caramba, que fria você, hein? - revirei os olhos. Ela bateu a palma da mão na testa. - Talvez, era disso que estavam falando ontem a noite, quando D comprou alguns filmes para assistirmos e comemorarmos, - ela se aproximou e sussurrou. - o sequestro, bem sucedido, de Christopher Uckermann.

- Não sou tão fria... - resmunguei. - E, desculpe por não comparecer, para assistir aos filmes. - ela deu de ombros.

- Então, qual vai ser o crime de hoje? - perguntei, abaixando a voz.

Antes que Anne pudesse responder. Senti uma leve e idiota pancada em meu ombro esquerdo. Ah! Angelique!

Angelique Boyer, a patricinha mais comida do colégio; ela sempre que podia tentava me irritar, quero dizer, fazia um pedido para morrer. Só por causa, que ela gostava de Diego, e sabia que Diego gostava de mim... Então, eu era a culpada por seu relacionamento mal-sucedido com ele.

Ela me olhou como se fosse me jogar no lixo, e, eu retribui o olhar como se fosse esquarteja-la ali mesmo, em público.

- Ora, ora. O dia já começa cheirando a carniça. - reclamou Angelique, levando levemente a mão ao nariz. Revirei os olhos e cruzei os braços sobre o peito. - Fiquei sabendo que você queria me bater. Isso é verdade, queridinha? - ela fez uma cara de mal-comida.

Alguns alunos pararam para ver aquela cena.

- Pois é. - falei, ironicamente. - Mas, só não te bato, para não arranjar problemas com o IBAMA. - Anne engoliu uma gargalhada, atrás de mim.

- De pessoas como você, Dulce Maria, quero distância, sim? - ela empinou o nariz. Ai, como eu queria meu pé naquele nariz de tucano.

- Ah, eu também. De você, Angelique, quero uma distância necessária para lhe dar uma voadora.

- Selvagem. - retrucou.

- Na cama também, queridinha. - sorri e voltei a minha caminhada com Anne tentando engolir a gargalhada, para ninguém achar que ela é uma cavala relinchando pelos corredores do colégio.

- Ah, um dia eu quebro aquela cara plastificada dela. - falei, entre dentes.

Parei em frente a porta.

- Bem, quem sabe um dia sequestramos ela, também, e, a torturamos. - ela soltou uma gargalhada malévola. Atraindo olhares de cinco garotos gostosos que passavam, por ali.

- Ah, mais cinco garotos que não vão querer ir pra cama comigo. - gargalhei da cara de cachorro-sem-dono dela.

Entramos na sala - atrasadas - Patricio - o professor que eu paquerava nos olhou e sorriu.

- Estão atrasadas, garotas. - ele apontou para o relógio em seu pulso.

- Desculpe. - falou Anne, num suspiro.

Acompanhei e me sentei ao lado dela. Olhei para trás - para ver quem estava - e vi Diego. Fazendo alguns exercícios. Ele parecia estar bem concentrado.

- Nada de olhar os exercícios dos outros, Srta. Saviñón. - protestou Patricio.

E quem disse que eu estava olhando para os exercícios?

Quando a aula estava quase para terminar, Patricio colocou sobre as mesas de todos os alunos, um papel de

 “PROCURA-SE. Christopher Uckermann. Dezessete anos de idade. Sequestrado pelo grupo de criminosos NIGHT OWNERS. Qualquer notícia ligar para a família Uckermann.”

Olhei para Anne, depois para Diego. Ele me encarou por alguns minutos e depois soltou um leve sorriso de culpado. Sorri, de volta e voltei a encarar o papel.

A foto de Christopher estava em preto e branco. As letras “Procura-se!” estavam em letra maiúscula e avermelhada.

“Recompensa: Dez mil.”

Dez mil?

Só isso?! Por dez mil, pra mim, não dava nem pra encher a cara de cerveja. Talvez seja pelo simples fato, de existir mais de milhões, no cofre bem escondido, que só Night Owners podia possuir.

Quando, finalmente, o dia estava acabando. Direcionei-me até minha moto.

Eu estava exausta e precisava descansar. As aulas de educação física e Angelique passando por mim toda hora, deixando aquele cheiro de clichê no ar, já havia me deixado morta.

Não sei se eu iria participar do crime de hoje. Se é que teria algum crime.

- Eddy, ficou vigiando Christopher hoje. - falou D aparecendo de repente. - E disse que ele está calmo e totalmente, despreocupado em o que pode acontecer com ele. Resumindo: Ele não está nem um pouco com medo de estar nas mãos de mais de trinta criminosos, que podem matá-lo a qualquer momento.

Balancei a cabeça e subi na moto.

- É por que ele sabe que não vamos matá-lo. - respondi.

- Como ele pode ter tanta certeza? - D sorriu e pôs a mão na cintura.

- Por que, Christopher Uckermann, também vive em um mundo de crime. Seus pais policiais, devem tê-lo ensinado. E, ele sabe que precisamos dele vivo se quisermos fazer a troca.

- Talvez, você tenha razão. - ele caminhou pra lá e pra cá, pensando. - Por quanto acha que os pais dele pagariam para ter seu único filho de volta?

Sorri e coloquei o capacete.

- Com certeza, mais que dez mil. - liguei a moto e direcionei-a até a saída daquele lugar.

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Postado minhas lindas!