Fanfic: NIGHT OWNERS | Tema: Rebelde

Dulce Maria

- Você está... - Anahí se abanou, parecendo estar sem fôlego. - Perfeitamente perfeita! - ela observou meus cabelos que desciam até os ombros, como uma cascata de cachos vermelhos. - Oh, minha obra prima... - revirei os olhos.

- Tá bom, tá bom... - ajeitei a máscara e me virei, para poder me ver no espelho. - Hum... Meus parabéns. - levantei as sobrancelhas.

O vestido era um tomara que caia, da cor bege com tecido transparente preto por cima, o que resultava em um tecido quase grafite, onde a parte de baixo ficava totalmente negra. A máscara também era preta e com três pedras cintilantes nos cantos.

Anahí não gostou muito da cor e queria que eu usasse um vestido azul-marinho, mas eu achei muito chamativo para alguém que estava indo em um baile, só para roubar todo o dinheiro existente no cofre. E, além disso, preta era minha cor favorita.

- Estou melhor do que muitas modelos. - falei, dando uma volta.

- É. Confesso que sim. - ela sorriu e acenou para que eu a acompanhasse. - Vamos Cinderela temos um baile para ir.

- E um cofre para roubar. - suspirei meio tensa. - Você contou para Diego? - perguntei.

Diego não sabia que eu seria a garota que seduziria Christopher. Com certeza, se ele soubesse faria um escândalo... Até agora nenhuma novidade...

- Hum... Pensei que você contaria. - disse Anne descendo as escadas.

- Contaria o que? - perguntou Diego, aparecendo de repente, ao meu lado. - Você queria me contar algo, Dulce? - ele se aproximou e acariciou meu ombro nu. Recuei-me e o olhei feio.

- Não me toque. - falei, ainda sentindo uma certa raiva sobre ele ter batido em Christopher. - Escritório. - caminhei até o escritório, aonde íamos para ter privacidade.

Quando ele entrou, fechei a porta. Diego me observou meio confuso.

- Por que está usando essa roupa? - perguntou, apontando para meu vestido. - Você vai ajudar na distração dos guardas...

- Não! - interrompi-o. - Chega Diego! Eu não sou sua! - observei seu rosto. Estava inexpressivo.

 - Eu sou a garota que irá seduzir Christopher Uckermann, e você e nem ninguém vai impedir isso. - abaixei meu tom de voz. Escutamos alguns ruídos vindo da porta, fechada.

Aproximei da porta e a abri. Um monte de jovens caiu, uns sobre os outros e nos olharam, com cara de culpados. Soltei um suspiro e olhei para Diego, que mantinha a inexpressividade em sua face. Olhei para todos aqueles criminosos que resmungavam e tentavam se levantar; Anahí estava no meio deles, segurando para não gargalhar.

- O escritório é feito para conversamos em extrema “privacidade”. - disse Diego, sério. - Retirem-se. E preparem tudo para o roubo, partiremos em alguns minutos.

- Falou o Alfa. - resmungou D, rindo de Anahí que não aguentava mais segurar a gargalhada contagiante.

Mike Biaggio um garoto que era de Las Vegas, mas depois que seu Tio foi preso, pegou todas as armas que guardava na garagem e veio para o México. - se levantou primeiro e ajudou os outros.

- Desculpe-nos. - disse Mike sem jeito. - Ficamos curiosos.

Depois de alguns minutos eles saíram. Diego se sentou em uma poltrona, seus dedos percorreram seus lábios. Ah, seus lábios.

Balancei a cabeça, tentando tirar a imagem do nosso beijo submerso.

- Eu me preocupo com você, sabia? - disse, acabando com o silêncio entre nós.

- Sim, eu sei. E também sei que você está passando dos limites. - caminhei até ele. – Somos amigos Diego... - observei-o. O rosto ainda inexpressivo. - Não somos? - perguntei meio desconfiada de seu olhar.

Diego se levantou. Nossos corpos tão próximos que eu podia sentir seu calor e sua respiração calma. Seus olhos estavam num tom cinza escuro. Ele me puxou pela cintura e então me beijou.

Sua língua percorreu minha boca e eu fiz o mesmo. Nossos quadris se encaixaram perfeitamente... Mas, pensei no roubo, pensei em todos aqueles criminosos prontos para mais uma noite de crime... Pensei em Christopher - sem querer.

Empurrei Diego que caiu sentado na poltrona. Limpei meus lábios molhados com as costas das mãos, retirando meu batom.

- Você está estragando a minha maquiagem. - resmunguei.

- Sei que você se esforça para resistir aos meus beijos... - falou, lambendo os lábios, como se quisesse sentir mais um pouco o sabor dos meus. - Poderia ser mais simples. Por que não se entrega e seja minha?... Eu sei que você sente atração por mim. - ele sorriu.

- Não... Não estou pronta para ser de alguém. Quero apenas fazer o que eu faço de melhor.

- Ser uma criminosa... é isso que você sempre vai ser? - ele se levantou e saiu pela porta. Deixando-me com meus pensamentos.