Fanfics Brasil - Dia 5.999 | Gay Every Day... AyA [FINALIZADA]

Fanfic: Every Day... AyA [FINALIZADA] | Tema: AyA, Anahí, Every Day, Adaptação


Capítulo: Dia 5.999 | Gay

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Ela está começando a se afastar de mim, assim como imagino que tenha feito com as garotas perto de nós.


— Eu odeio meu primo — digo.


Isso chama a atenção dela.


— Odeio o modo como ele trata as garotas. Odeio o fato de ele pensar que pode comprar todos os amigos dando festas como essa. Odeio o fato de ele só falar com você quando precisa de algo. Odeio que ele não pareça capaz de amar.


Percebo que estou falando de Manuel agora, não de Steve.


— Então por que você está aqui? — pergunta Anahí.


— Porque quero ver isso degringolar. Porque, quando essa festa der errado (e se a música continuar alta desse jeito, ela vai dar errado), quero ser testemunha. A uma distância segura, claro.


— E você está dizendo que ele é incapaz de amar a Stephanie? Eles têm saído há mais de um ano.


Com um pedido de desculpas silencioso a Stephanie e Steve, digo:


— Isso não significa nada, não é? Quero dizer, ficar com alguém mais de um ano pode significar que você ama a pessoa... mas também pode significar que você está sem saída. 


De início, acho que fui longe demais. Dá para perceber Anahí assimilando minhas palavras, mas não sei o que está fazendo com elas. O som das palavras quando são ditas é sempre diferente do som que fazem ao serem ouvidas, porque o falante ouve parte do som do lado de dentro.


Por fim, ela pergunta:


— Você está falando por experiência própria?


Dá vontade de rir ao pensar que Nathan — que, ao que tudo indica, não tem um encontro desde o oitavo ano — estaria falando por experiência própria. Mas ela não o conhece, o que significa que posso ser mais como eu. Não que também esteja falando por experiência própria. Só pela experiência da observação.


— Tem tantas coisas que podem manter você num relacionamento — digo. — Medo de ficar sozinho. Medo de bagunçar a ordem da sua vida. A decisão de se acomodar com algo que é razoável porque não sabe se pode arrumar coisa melhor. Ou, talvez, a crença irracional de que vai ficar melhor, mesmo que você saiba que ele não vai mudar.


— Ele?


— É.


— Entendo.


No começo, não sei o que ela entende. Era óbvio que estava falando sobre ela. Então percebo a qual conclusão o uso do pronome masculino a levou.


— Tudo bem pra você? — indago, imaginando que Nathan parecerá menos ameaçador se for gay.


— Claro.


— E quanto a você? — pergunto. — Saindo com alguém?


— Sim — responde ela. Depois, sem emoção: — Há mais de um ano.


— E por que ainda estão juntos? Medo de ficar sozinha? A decisão de se acomodar? Uma crença irracional de que ele vai mudar?


— Sim. Sim. E sim.


— Então...


— Mas ele também pode ser incrivelmente fofo. E eu sei que, bem lá no fundo, sou tudo para ele.


— Bem lá no fundo? Isso parece acomodação para mim. Você não deveria ter que ir tão fundo para ser amada.


— Vamos falar sobre outra coisa, está bem? Não é um bom assunto para festas. Gostei mais de quando você estava cantando para mim.


Estou quase mencionando outra canção que ouvimos no trajeto, torcendo para que isso, de algum modo, a traga de volta, quando ouço a voz de Manuel por cima do meu ombro, perguntando:


— Quem é esse cara? — Se ele estava relaxado quando o vi na cozinha, agora parecia irritado.


— Não se preocupe, Manuel — diz Anahí. — Ele é gay.


— Certo. Dá para ver pelo jeito como se veste. O que vocês estão fazendo aqui?


— Nathan, este é Manuel, meu namorado. Manuel, este é Nathan.


Eu digo “oi”. Ele não responde.


— Viu a Stephanie? — pergunta para Anahí. — Steve está procurando por ela. Acho que brigaram de novo.


— Talvez ela tenha ido para o porão.


— Não. Estão dançando no porão.


Anahí gosta da novidade, dá para perceber.


— Quer ir até lá embaixo dançar? — pergunta a Manuel.


— Óbvio que não! Não vim pra dançar. Vim pra beber.


— Encantador — diz Anahí, mais (acho) para mim do que para ele. — Você se importa se eu dançar com Nathan?


— Tem certeza de que ele é gay?


— Se quiser que eu prove, posso cantar uns temas de musicais para você — sugiro.


Manuel me dá um tapinha nas costas.


— Não, cara, não faça isso, tá bem? Vão dançar.


E assim, Anahí me leva ao porão de Steve Mason. Quando chegamos à escada, posso sentir o baixo sob nossos pés. Tem uma trilha sonora diferente ali: uma onda de pulsos e compassos. Umas poucas luzes vermelhas estão ligadas, então tudo que podemos ver são vultos de corpos misturados.


— Ei, Steve! — grita Anahí. — Gostei do seu primo!


Um cara que deve ser Steve olha para ela e acena com a cabeça. Não dá para saber se ele não consegue ouvir o que ela diz ou se está doidão.


— Viu a Stephanie? — grita ele.


— Não! — grita Anahí de volta.


Então estamos lá dentro com os que dançam. A triste verdade é que tenho tanta experiência numa pista de dança quanto Nathan. Tento me entregar à música, mas não funciona. Em vez disso, preciso me entregar a Anahí. Tenho que me dar inteiramente a ela, tenho que ser a sombra, o complemento dela, a outra metade dessa conversa de corpos.
Conforme ela se movimenta, eu me movimento com ela. Toco suas costas, sua cintura. Ela chega mais perto.


Ao me perder para Anahí, ganho Anahí. A conversa está funcionando. Encontramos nosso ritmo e ele nos conduz. Eu me vejo cantando com ela, cantando para ela, e ela adora. Se transforma novamente em alguém sem preocupações, e eu me transformo em alguém que só se preocupa com ela.


— Nada mau! — grita acima da música.


— Você é incrível! — grito de volta.


Sei que Manuel não vai descer até aqui. Ela está segura com o primo gay de Steve Mason, e eu estou seguro sabendo que ninguém mais vai interferir nesse momento. As músicas formam uma única e longa canção, como se um cantor assumisse quando o anterior parasse, todos se alternando para nos dar isso. As ondas sonoras nos empurram um para o outro, nos envolvem como cores. Estamos prestando atenção um ao outro, à grandiosidade do momento.


O local não tem teto, não tem paredes. Tem somente o campo aberto de nossa agitação, e nós o percorremos com pequenos movimentos, algumas vezes sem que nossos pés saiam do chão.


Continuamos pelo que parecem horas e também não parece tempo algum. Continuamos até a música parar, até alguém acender as luzes e dizer que a festa acabou, que os vizinhos reclamaram e que provavelmente a polícia está chegando.


Anahí parece tão decepcionada quanto eu.


— Tenho que encontrar o Manuel — diz. — Você vai ficar bem?


Não, quero dizer a ela. Não vou ficar bem até você poder ir comigo aonde quer que eu vá depois.


Peço o e-mail dela, e quando ela ergue uma sobrancelha, digo outra vez para não se preocupar, que ainda sou gay.


— É uma pena — responde.


Quero que fale mais, mas então ela me dá o e-mail, e retribuo dando um e-mail falso que vou ter que criar assim que voltar para casa. As pessoas estão começando a correr, saindo da casa. Dá para ouvir as sirenes a distância, provavelmente acordando tantas pessoas quanto a festa acordou. Anahí vai encontrar Manuel, me prometendo que ela é quem vai dirigir. Não os vejo enquanto corro para meu carro. 


Sei que é tarde, mas não sei o quão tarde até ligar o carro e olhar para o relógio. 23h15.


Não tem como chegar a tempo.


Cento e dez quilômetros por hora.


Cento e trinta quilômetros por hora.


Cento e quarenta.


Dirijo o mais rápido que posso, mas não é o suficiente.


Às 23h50, paro o carro no acostamento. Se fechar os olhos, devo conseguir dormir antes da meia-noite. Essa é a bênção diante do que eu tenho que enfrentar: sou capaz de adormecer em poucos minutos.


Pobre Nathan Daldry. Vai acordar no acostamento de uma interestadual, a uma hora de casa. Só consigo imaginar o quanto vai ficar apavorado.


Sou um monstro por fazer isso com ele.


Mas tenho meus motivos.




Até Mais!


 



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



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  • franmarmentini♥♥ Postado em 28/05/2015 - 22:09:51

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaáaaáaaa meu deus que história triste...morri aki ;( pelo menos tomara q a any tenha ficado com o poncho....

  • franmarmentini♥♥ Postado em 28/05/2015 - 21:46:10

    *.*

  • Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 20:02:54

    SCRRRRRRRRRR ALIEN EU VOU TE MATAAAAAAR ME FEZ CHORAR RIOOOOS AINNNNNN QUERIA Q ELA FICASSE CM O A :`( Mas foi bom q ele arrumou o Pon pra ela :)

  • Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:56:19

    Ai scrrrrrr q eles fiquem juntoooooos :`( Postaaaaaaaaaa <3

  • Alien AyA Postado em 23/05/2015 - 19:52:53

    Mila você já vai saber...

  • Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:50:34

    Ainnnnnnn fico cm dó do &quot;Pon&quot; corpo :$ Será q ele vai ficar cm o corpo msm? :$ Postaaaaaaaa <3

  • Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:44:10

    PARAA TUDOOOOOO VI O NOME DO PON JÁ TO PIRANDO SCRR PERA VOU LER *-*

  • Mila Puente Herrera Postado em 22/05/2015 - 23:21:50

    COMO ASSIM???????????????? ALIEN VOLTA AKI QUERO O FIM NÃAAAAAAAAAAO KKKKKKKKKKKKKK Postaaaaaaaaaaaaaa <3

  • Mila Puente Herrera Postado em 21/05/2015 - 22:06:50

    Ainnnnnnn nn tadinho do Pon :/ Postaaaaaaaa <3

  • franmarmentini♥♥ Postado em 21/05/2015 - 16:54:50

    tadinho do A ;(


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