Fanfic: Every Day... AyA [FINALIZADA] | Tema: AyA, Anahí, Every Day, Adaptação
Dia 6.001
Na manhã seguinte, estou ainda mais distante de Anahí.
Estou a quatro horas dela, no corpo de Margaret Weiss. Por sorte, Margaret tem um laptop e posso dar uma olhada antes de ir para a escola.
Tem um e-mail de Anahí.
Nathan!
Que bom que você me enviou um e-mail, porque perdi o pedaço de papel em que anotei o seu. Foi ótimo conversar e dançar com você também. Como foi que a polícia teve a ousadia de nos separar! Você também é meu tipo, quero dizer, de pessoa. Mesmo que não acredite em relacionamentos que durem mais do que um ano. (Não estou dizendo que você está errado, a propósito. O júri ainda está deliberando.)
Nunca pensei que diria isso, mas espero que Steve dê outra festa logo. Pois só assim você vai poder testemunhar o mal que causa.
Com amor,
Anahí
Consigo imaginá-la sorrindo ao escrever, e isso me faz sorrir também.
Então abro minha outra conta e vejo outro e-mail de Nathan.
Dei seu e-mail à polícia. Não pense que pode se safar dessa.
Polícia?
Rapidamente digito o nome de Nathan num mecanismo de busca. Uma notícia aparece, com a data da manhã de hoje.
FOI OBRA DO DIABO
Garoto da região, parado pela polícia, afirma que foi possuído pelo demônio
Quando os policiais encontraram Nathan Daldry, 16 anos, residente da Arden Lane, 22, dormindo no carro, no acostamento da rota 23, no início da manhã de domingo, não tinham ideia da história que ele iria contar. A maior parte dos adolescentes atribui o próprio estado ao consumo de álcool, mas Daldry, não. Ele afirmou não saber como havia chegado ao local onde estava. A resposta, disse, foi que provavelmente fora possuído por um demônio.
— Era como se eu fosse sonâmbulo — diz Daldry ao Crier. — Durante o dia todo, essa coisa tomou conta do meu corpo. Fez com que eu mentisse para meus pais e dirigisse até uma festa numa cidade onde eu nunca havia estado. Não me lembro dos detalhes. Só sei que não era eu.
Para tornar a história mais misteriosa, Daldry afirma que, ao voltar para casa, o e-mail de outra pessoa estava em seu computador.
— Não era eu — conclui.
O oficial da polícia estadual Lance Houston afirma que, como não havia sinais de consumo de álcool e o carro não havia sido de fato roubado, Daldry não foi acusado de nenhum crime.
— Olha, tenho certeza de que há motivos para ele dizer o que está dizendo. Tudo que posso afirmar é que ele não fez nada ilegal — explica Houston.
Mas não é o bastante para Daldry.
— Se alguém mais passou por isso, quero que se pronuncie — diz ele. — Não posso ser o único.
É o site de um jornal local, nada para se preocupar muito. E a polícia não parece achar que é um caso particularmente urgente. Apesar disso, estou preocupado. Em todos os meus anos de vida, nunca ninguém fez algo assim comigo. Não é difícil imaginar como aconteceu: Nathan foi acordado no acostamento por um policial batendo à janela. Talvez até houvesse sirenes banhando a escuridão de azul e vermelho. Em poucos segundos, Nathan percebe o tamanho da encrenca na qual está. Já passa da meia-noite, e seus pais vão matá-lo. As roupas cheiram a cigarro e a álcool, e ele não consegue se lembrar se bebeu ou usou drogas. A mente está em branco. É como um sonâmbulo acordando. Só que... ele percebeu minha presença. Alguma lembrança isolada de não ser ele mesmo. Quando o policial pergunta o que está acontecendo, ele responde que não sabe. Quando o policial pergunta onde esteve, ele diz que não sabe. O policial pede que saia do carro e faça o teste do bafômetro. Nathan prova estar completamente sóbrio. Mas o policial ainda quer respostas, então Nathan lhe conta a verdade, que seu corpo foi sequestrado. O problema é que ele não consegue imaginar ninguém que sequestre corpos, a não ser o diabo. Essa vai ser a história dele. Ele é um bom garoto. Sabe que todos vão apoiá-lo. Vão acreditar.
O policial só quer que ele volte para casa em segurança. Talvez o acompanhe até em casa, depois de telefonar para os pais. Eles estão acordados quando Nathan chega. Aborrecidos e preocupados. Ele repete a história. Eles não sabem em que acreditar. Nesse meio-tempo, algum repórter ouve o policial falando sobre isso no rádio, ou, quem sabe, vai até a delegacia. O adolescente que saiu escondido para ir a uma festa e então tentou pôr a culpa no diabo. O repórter liga para a casa dos Daldry no domingo, e Nathan resolve falar. Porque isso tornará tudo mais real, não é? Sinto-me culpado e na defensiva. Culpado porque fiz aquilo a Nathan, independentemente de minhas intenções. Na defensiva porque certamente não o forcei a reagir desse modo, o que apenas vai piorar as coisas para ele, se não para mim também. Baseado na uma chance em 1 milhão de que Nathan possa convencer alguém a rastrear meus e-mails, percebo que não posso mais checar essa conta da casa das pessoas. Porque, se ele conseguir fazer isso, será capaz de mapear a maior parte das casas nas quais estive nos últimos dois ou três anos... o que vai levar a muitas conversas confusas.
Parte de mim quer escrever para ele, para explicar. Mas não sei se explicação alguma pode ser suficiente. Sobretudo porque não possuo a maior parte das respostas. Desisti de me perguntar o porquê há muito tempo. Imagino que Nathan não vai desistir tão facilmente assim.
O namorado de Margaret Weiss, Sam, gosta de beijá-la. Muito. Em público, sozinhos, tanto faz. Se tem uma chance, ele a beija.
Não estou no clima.
Margaret rapidamente aparece com um resfriado. Os beijos param e os carinhos começam. Sam está bastante apaixonado, e cerca Margaret com a doce areia movediça do amor. Pelas lembranças recentes, dá para perceber que, em geral, Margaret é tão dedicada quanto. Tudo fica em segundo plano quando está com Sam. É um milagre que ainda tenha amigos. Passam um teste na aula de ciências. Com base no que acessei, parece que sei mais sobre a matéria do que Margaret. É o dia de sorte dela.
Estou morrendo de vontade de entrar num dos computadores da escola, mas primeiro tenho que me livrar do Sam. Embora os lábios estejam separados, eles não conseguem se distanciar na altura dos quadris. Na hora do almoço, ele põe uma das mãos no bolso de trás da calça dela enquanto come, e faz beicinho quando Margaret não faz o mesmo. Depois eles têm monitoria no mesmo horário, e ele passa todo o tempo fazendo carinho nela e conversando sobre o filme que viram na noite passada.
O oitavo tempo é a única aula que ambos não têm juntos, por isso decido não perder tempo. Assim que Sam deixa Margaret na porta da sala de aula, faço com que ela vá até a professora, diga que vai à enfermaria e siga diretamente para a biblioteca. Primeiro termino de encaminhar todos os meus e-mails da conta antiga para a nova. Só restam os dois de Nathan; não consigo apagá-los, assim como não consigo deletar a conta. Por algum motivo, quero que ele seja capaz de entrar em contato. Sinto-me responsável por isso. Entro na nova conta de e-mail, com a intenção de responder a Anahí. Para minha surpresa, já tem outro e-mail dela. Abro, animado.
Nathan,
parentemente, Steve não tem um primo chamado Nathan, e nenhum dos primos dele esteve na festa. Dá pra explicar?
Anahí
Não penso duas vezes. Não analiso as opções. Simplesmente digito e clico em “enviar”.
Anahí,
Na verdade, eu posso explicar. Podemos nos encontrar? É o tipo de explicação que precisa ser dada pessoalmente.
Com amor,
Nathan
Não que eu planeje contar a verdade. Só quero dar a mim mesmo tempo para pensar na melhor mentira.
Toca o último sinal, e sei que Sam não vai demorar para procurar Margaret. Quando o encontro perto do armário, ele age como se não nos víssemos há semanas. Quando o beijo, finjo que estou treinando para beijar Anahí. Quando o beijo, sinto quase como se estivesse traindo Anahí. Quando o beijo, minha mente está a horas dali, com ela.
Até Mais!
Autor(a): Alien AyA
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Dia 6.002 Ao que parece, o universo está a meu favor na manhã seguinte, porque quando acordo no corpo de Megan Powell, também acordo a apenas uma hora de Anahí. Então, quando dou uma olhada no meu e-mail, tem uma mensagem dela. Nathan, Melhor que seja uma boa explicação. Vou me encontrar com você no café d ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 63
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franmarmentini♥♥ Postado em 28/05/2015 - 22:09:51
Haaaaaaaaaaaaaaaaaáaaáaaa meu deus que história triste...morri aki ;( pelo menos tomara q a any tenha ficado com o poncho....
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franmarmentini♥♥ Postado em 28/05/2015 - 21:46:10
*.*
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 20:02:54
SCRRRRRRRRRR ALIEN EU VOU TE MATAAAAAAR ME FEZ CHORAR RIOOOOS AINNNNNN QUERIA Q ELA FICASSE CM O A :`( Mas foi bom q ele arrumou o Pon pra ela :)
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:56:19
Ai scrrrrrr q eles fiquem juntoooooos :`( Postaaaaaaaaaa <3
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Alien AyA Postado em 23/05/2015 - 19:52:53
Mila você já vai saber...
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:50:34
Ainnnnnnn fico cm dó do "Pon" corpo :$ Será q ele vai ficar cm o corpo msm? :$ Postaaaaaaaa <3
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:44:10
PARAA TUDOOOOOO VI O NOME DO PON JÁ TO PIRANDO SCRR PERA VOU LER *-*
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Mila Puente Herrera Postado em 22/05/2015 - 23:21:50
COMO ASSIM???????????????? ALIEN VOLTA AKI QUERO O FIM NÃAAAAAAAAAAO KKKKKKKKKKKKKK Postaaaaaaaaaaaaaa <3
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Mila Puente Herrera Postado em 21/05/2015 - 22:06:50
Ainnnnnnn nn tadinho do Pon :/ Postaaaaaaaa <3
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franmarmentini♥♥ Postado em 21/05/2015 - 16:54:50
tadinho do A ;(