Fanfic: Every Day... AyA [FINALIZADA] | Tema: AyA, Anahí, Every Day, Adaptação
Dia 6.009
Continuo sem notícias dela na manhã seguinte.
Entro no carro e dirijo.
O carro é de Adam Cassidy. Ele deveria estar na escola, mas ligo para a secretaria fingindo ser o pai dele e digo que Adam tem uma consulta médica. Pode durar o dia inteiro.
É um trajeto de duas horas. Sei que deveria usar esse tempo tentando conhecer Adam Cassidy, mas, neste momento, ele não tem muita importância para mim. Eu me acostumei a viver vidas assim o tempo todo, testando qual era o mínimo que precisava saber para passar o dia. Fiquei tão bom nisso que, uma vez, passei dias sem acessar. Tenho certeza de que foram dias passados em branco para os corpos nos quais eu estava, pois foram dias extraordinariamente passados em branco para mim.
Penso em Anahí durante a maior parte do trajeto. Em como reconquistá-la. Em como fazer com que ela continue a gostar de mim. Em como fazer isso funcionar. A última parte é a mais difícil. Quando chego à escola, estaciono onde Amy Tran estacionou. O dia letivo já começou bem movimentado, por isso, quando abro a porta, me junto à confusão. Eles estão no intervalo entre os tempos e tenho no máximo dois minutos para encontrá-la. Não sei onde ela está. Nem mesmo sei que aula vai começar. Simplesmente caminho pelos corredores, procurando por ela. As pessoas passam por mim, dizendo para eu olhar por onde ando. Não ligo. Tem as outras pessoas, e tem ela. Só estou concentrado nela.
Deixo o universo me dizer aonde ir. Confio somente no instinto, sabendo que esse tipo de instinto vem de outro lugar além de mim, de outro lugar além deste corpo. Ela está entrando numa sala de aula. Mas para. Ergue os olhos. E me vê. Não sei como explicar. Sou uma ilha no corredor enquanto as pessoas me empurram. Ela é outra ilha. Eu a vejo, e ela sabe exatamente quem sou. Não tem como saber disso. Mas sabe. Ela se afasta da sala, caminhando em minha direção. Outro sinal toca, e o restante das pessoas deixa o corredor, nos deixando a sós.
— Olá — diz ela.
— Olá — respondo.
— Achei que você pudesse aparecer.
— Está com raiva?
— Não, não estou com raiva. — Ela volta a olhar para a sala de aula. — Mas Deus sabe que você não faz bem para minha lista de presença nas aulas.
— Não sou bom para a lista de presença de ninguém.
— Qual é o seu nome hoje?
— A — respondo. — Para você é sempre A.
No tempo seguinte ela tem um teste que não pode perder, por isso ficamos no terreno da escola. Quando começamos a encontrar outros garotos — adolescentes que não têm aula nesse tempo ou que também estão matando aula —, ela começa a ficar um pouco mais cautelosa.
— O Manuel está em aula? — pergunto, para dar um nome ao medo dela.
— Sim, se ele resolveu comparecer.
Encontramos uma sala de aula vazia e entramos. Por causa de toda a parafernália shakespeariana pendurada nas paredes, suponho que estamos na sala de inglês. Ou de teatro. Sentamos na fila de trás, fora do campo de visão da vidraça na porta.
— Como sabia que era eu? — preciso perguntar.
— Pelo modo como olhou para mim — diz ela. — Não teria como ser outra pessoa.
É isso que o amor faz: que você queira reescrever o mundo. Que você queira escolher os personagens, construir o cenário, dirigir o roteiro. A pessoa que você ama senta de frente para você, e você quer fazer tudo que estiver ao alcance para tornar isso possível, infinitamente possível. E quando são apenas vocês dois a sós numa sala, você pode fingir que é assim que as coisas são, que é assim que serão.
Pego a mão dela, e ela não a afasta. Será que é porque algo entre nós mudou, ou será que é apenas porque meu corpo mudou? É mais fácil para ela segurar a mão de Adam Cassidy? A eletricidade no ar diminuiu. Isso não vai levar a nada além de uma conversa sincera.
— Desculpe pela outra noite — falo mais uma vez.
— Eu mereço parte da culpa. Não devia ter telefonado para ele.
— O que foi que ele disse? Depois?
— Ficou te chamando de “aquela vadia negra”.
— Encantador.
— Acho que ele percebeu que era uma armadilha. Não sei. Ele simplesmente sabia que algo estava errado.
— E provavelmente foi por isso que passou no teste.
Anahí recua.
— Isso não é justo.
— Desculpe.
Fico me perguntando por que ela é forte o bastante para me dizer não, mas não para dizer a ele.
— O que você quer fazer? — pergunto.
Ela corresponde ao meu olhar de forma perfeita.
— O que você quer que eu faça?
— Quero que faça o que achar que é melhor para você.
— Resposta errada — diz ela.
— Por quê?
— Porque é mentira.
Você está tão perto, penso. Está tão perto, e não posso alcançá-la.
— Vamos voltar à minha pergunta original — digo. — O que você quer fazer?
— Não quero jogar tudo fora por uma coisa incerta.
— O que é incerto em relação a mim?
Ela ri.
— Sério? Eu preciso explicar?
— Além disso. Você sabe que é a pessoa mais importante que já tive na vida. Isso é certo.
— Em apenas duas semanas. Isso é incerto.
— Você sabe mais sobre mim do que qualquer outra pessoa.
— Mas não posso dizer o mesmo de você. Não ainda.
— Você não pode negar que existe algo entre nós.
— Não. Não posso. Quando te vi hoje, não sabia que estava te esperando até você aparecer. E então toda aquela espera tomou conta de mim em um segundo. É alguma coisa... mas não sei se é certeza.
Sei o que estou te pedindo, quero dizer a ela. Mas me seguro, pois percebo que seria outra mentira. E ela ia me censurar.
Anahí olha para o relógio.
— Tenho que me preparar para o teste. E você tem que voltar para outra vida.
Não consigo me segurar e pergunto:
— Você não quer me ver?
Ela fica parada por um instante.
— Quero. E não quero. Você acha que isso facilitaria as coisas, mas, na verdade, só as torna mais difíceis.
— Então eu não deveria simplesmente aparecer por aqui?
— Vamos ficar só nos e-mails por enquanto. Está bem?
E, num estalar de dedos, o universo fica errado. Num estalar de dedos, toda a grandiosidade parece encolher feito uma bola e flutuar para longe do meu alcance. Eu sinto, mas ela não sente. Ou eu sinto, mas ela não vai sentir.
Mila postado ♥
fran a Annie tem medo de largar o Manuel eu acho, ela cree que ele vai mudar de atitude e um dia vai realmente vai amar ela, mas sabemos que isso está longe de acontecer...
Até Mais ;)
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 63
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franmarmentini♥♥ Postado em 28/05/2015 - 22:09:51
Haaaaaaaaaaaaaaaaaáaaáaaa meu deus que história triste...morri aki ;( pelo menos tomara q a any tenha ficado com o poncho....
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franmarmentini♥♥ Postado em 28/05/2015 - 21:46:10
*.*
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 20:02:54
SCRRRRRRRRRR ALIEN EU VOU TE MATAAAAAAR ME FEZ CHORAR RIOOOOS AINNNNNN QUERIA Q ELA FICASSE CM O A :`( Mas foi bom q ele arrumou o Pon pra ela :)
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:56:19
Ai scrrrrrr q eles fiquem juntoooooos :`( Postaaaaaaaaaa <3
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Alien AyA Postado em 23/05/2015 - 19:52:53
Mila você já vai saber...
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:50:34
Ainnnnnnn fico cm dó do "Pon" corpo :$ Será q ele vai ficar cm o corpo msm? :$ Postaaaaaaaa <3
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:44:10
PARAA TUDOOOOOO VI O NOME DO PON JÁ TO PIRANDO SCRR PERA VOU LER *-*
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Mila Puente Herrera Postado em 22/05/2015 - 23:21:50
COMO ASSIM???????????????? ALIEN VOLTA AKI QUERO O FIM NÃAAAAAAAAAAO KKKKKKKKKKKKKK Postaaaaaaaaaaaaaa <3
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Mila Puente Herrera Postado em 21/05/2015 - 22:06:50
Ainnnnnnn nn tadinho do Pon :/ Postaaaaaaaa <3
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franmarmentini♥♥ Postado em 21/05/2015 - 16:54:50
tadinho do A ;(