Fanfic: Every Day... AyA [FINALIZADA] | Tema: AyA, Anahí, Every Day, Adaptação
Ela ergue um dos hashis e empunha como se fosse uma espada. Pego outro, e duelamos. Estamos nisso quando a comida chega. Me distraio, e ela me dá um belo golpe no peito.
— Morri! — proclamo.
— Quem pediu frango mu shu? — pergunta o garçom.
O garçom continua a nos servir enquanto rimos e falamos sem parar durante o almoço. É um verdadeiro profissional, o tipo de garçom que enche o copo de água quando ele está pela metade sem que você perceba a presença dele. Ele nos entrega os biscoitos da sorte ao final da refeição. Anahí quebra o dela na metade com cuidado, dá uma olhada no pedacinho de papel e franze a testa.
— Isso não é uma sorte — diz, mostrando-o para mim.
VOCÊ TEM UM BELO SORRISO.
— Não. Você terá um belo sorriso... Isso seria uma sorte — digo a ela.
— Vou mandar trocar.
Ergo uma das sobrancelhas... ou pelo menos tento. Tenho certeza de que parece que estou tendo um derrame.
— Você costuma devolver biscoitos da sorte com frequência?
— Não. É a primeira vez. Quero dizer, este é um restaurante chinês...
— É negligência.
— Exato.
Anahí chama o garçom, explica a situação, e ele responde que sim com a cabeça. Quando volta para nossa mesa, traz meia dúzia de biscoitos da sorte para ela.
— Só preciso de um — diz para ele. — Espere um segundo.
O garçom e eu prestamos muita atenção enquanto Anahí quebra o segundo biscoito da sorte. Desta vez, dá um belo sorriso. Mostra para nós dois.
A AVENTURA ESTÁ LOGO ALI.
— Muito bem, senhor — digo ao garçom.
Anahí me cutuca para que eu abra o meu. Abro e descubro que é exatamente a mesma sorte dela.
Não mando trocar.
Voltamos para a biblioteca e ainda temos cerca de meia hora livre. A bibliotecária nos vê entrando, mas não diz nem uma palavra.
— Então — pergunta Anahí —, o que eu deveria ler a seguir?
Mostro Feed para ela. Falo sobre A menina que roubava livros . Arrasto-a até encontrar Destroy all cars e First day on Earth. Explico para ela que os livros têm sido minha companhia durante todos esses anos, as constantes do dia a dia, as histórias às quais sempre posso retornar, mesmo quando a minha está sempre mudando.
— E quanto a você? — pergunto. — O que você acha que eu deveria ler a seguir?
Ela segura minha mão e me conduz para a seção infantil. Olha ao redor por um segundo, então caminha até uma prateleira de exposição. Vejo um certo livro verde ali e entro em pânico.
— Não! Esse, não! — digo.
Mas ela não está estendendo a mão para o livro verde. Está pegando Harold and the Purple Crayon.
— O que você poderia ter contra Harold and the Purple Crayon? — pergunta ela.
— Desculpe, pensei que você estivesse indo na direção de A árvore generosa.
Anahí olha para mim como se eu fosse um pato louco.
— Eu ODEIO A árvore generosa.
Fico muito aliviado.
— Graças a Deus. Se esse fosse o seu livro favorito, seria o fim de nós dois.
— Tome, leve meus braços! Leve minhas pernas!
— Leve minha cabeça! Leve meus ombros!
— Por que isso é amor!
— Aquele garoto é, tipo, o imbecil do século — digo, aliviado pelo fato de Anahí saber do que estou falando.
— O maior imbecil na história da literatura — arrisca Anahí. Então coloca Harold no lugar e se aproxima de mim.
— Amar significa nunca precisar perder seus membros — digo, me aproximando para beijá-la.
— Exato — murmura ela, os lábios logo sobre os meus.
É um beijo inocente. Não vamos nos agarrar nos pufes da sala de leitura infantil. Mas isso não impede o efeito de ducha fria quando a mãe de George grita o nome dele, chocada e aborrecida.
— O que você pensa que está fazendo? — pergunta ela. Imagino que esteja falando comigo, mas quando se aproxima de nós, vai para cima de Anahí. — Não sei quem são seus pais, mas eu não criei meu filho para ficar se agarrando com vadias.
— Mãe! — grito. — Deixa ela em paz!
— Entre no carro, George. Neste minuto.
Sei que só estou piorando as coisas para George, mas não me importo. Não vou deixar Anahí sozinha com ela.
— Fique calma — digo à mãe de George, e minha voz desafina um pouco. Então me viro para Anahí e digo que falo com ela mais tarde.
— Você certamente não vai fazer isso! — proclama a mãe de George. Sinto certa satisfação pelo fato de que vou estar sob a supervisão dela apenas pelas próximas oito horas, se tanto.
Anahí me dá um beijo de despedida e cochicha que vai dar um jeito de fugir no fim de semana. A mãe de George segura a orelha dele e o arrasta para fora. Dou uma risada, e isso só piora as coisas.
É como Cinderela às avessas. Dancei com o príncipe e agora estou de volta à casa, limpando privadas. Esse é meu castigo: limpar todas as privadas, todas as banheiras, todos os cestos de lixo. Isso já seria bastante ruim, mas a cada dois ou três minutos a mãe de George aparece e me dá um sermão sobre os “pecados da carne”. Espero que George não internalize a tática de intimidação dela. Quero discutir com ela, dizer que os “pecados da carne” são apenas um mecanismo de controle, porque se você demonizar o prazer de uma pessoa será capaz de controlar a vida dela.
Não sei dizer quantas vezes esta arma foi empunhada contra mim, numa variedade de formas. Mas não vejo pecado em um beijo. Só vejo pecado na condenação. Não digo nada disso para a mãe de George. Se ela fosse minha mãe em tempo integral, eu diria. Se fosse eu a aguentar as consequências, eu diria. Mas não posso fazer isso a George. Já
baguncei a vida dele. Espero que para melhor, mas pode ser que tenha sido para pior. Enviar um e-mail para Anahí está fora de questão. Isso vai ter que esperar até amanhã.
Depois que todas as tarefas estão concluídas e o pai de George fez suas ponderações com um discurso próprio, aparentemente ditado pela esposa, vou cedo para a cama, me aproveitando do silêncio de um quarto todo meu. Se o tempo que passei como Anahí serve de evidência, sou capaz de construir as lembranças que deixarei com George. Então quando deito na cama dele, crio uma verdade alternativa. Ele vai se lembrar de ter ido até a biblioteca, e de conhecer uma garota. Ela será uma estranha na cidade, cuja mãe deixou na biblioteca enquanto visitava uma velha amiga. Ela perguntou o que ele estava lendo, e começaram a conversar. Foram até o restaurante chinês juntos e se divertiram. Ele realmente gostou dela, e ela, dele. Voltaram para a biblioteca, tiveram a mesma conversa sobre A árvore generosa e se aproximaram para dar um beijo. Foi aí que a mãe dele chegou. Foi isso que a mãe dele estragou.
Uma coisa inesperada, mas também maravilhosa. A garota desapareceu. Nunca disseram os nomes um para o outro. Ele não tem ideia de onde ela mora. Estava tudo lá num instante, e então o instante se desfez. Estou deixando-o com saudade. O que pode ser uma coisa cruel a se fazer, mas espero que ele use esse sentimento para sair desta casa muito, muito pequena.
Até Mais!
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 63
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franmarmentini♥♥ Postado em 28/05/2015 - 22:09:51
Haaaaaaaaaaaaaaaaaáaaáaaa meu deus que história triste...morri aki ;( pelo menos tomara q a any tenha ficado com o poncho....
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franmarmentini♥♥ Postado em 28/05/2015 - 21:46:10
*.*
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 20:02:54
SCRRRRRRRRRR ALIEN EU VOU TE MATAAAAAAR ME FEZ CHORAR RIOOOOS AINNNNNN QUERIA Q ELA FICASSE CM O A :`( Mas foi bom q ele arrumou o Pon pra ela :)
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:56:19
Ai scrrrrrr q eles fiquem juntoooooos :`( Postaaaaaaaaaa <3
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Alien AyA Postado em 23/05/2015 - 19:52:53
Mila você já vai saber...
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:50:34
Ainnnnnnn fico cm dó do "Pon" corpo :$ Será q ele vai ficar cm o corpo msm? :$ Postaaaaaaaa <3
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Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:44:10
PARAA TUDOOOOOO VI O NOME DO PON JÁ TO PIRANDO SCRR PERA VOU LER *-*
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Mila Puente Herrera Postado em 22/05/2015 - 23:21:50
COMO ASSIM???????????????? ALIEN VOLTA AKI QUERO O FIM NÃAAAAAAAAAAO KKKKKKKKKKKKKK Postaaaaaaaaaaaaaa <3
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Mila Puente Herrera Postado em 21/05/2015 - 22:06:50
Ainnnnnnn nn tadinho do Pon :/ Postaaaaaaaa <3
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franmarmentini♥♥ Postado em 21/05/2015 - 16:54:50
tadinho do A ;(