Fanfics Brasil - Dia 6.023 | Hóspede Every Day... AyA [FINALIZADA]

Fanfic: Every Day... AyA [FINALIZADA] | Tema: AyA, Anahí, Every Day, Adaptação


Capítulo: Dia 6.023 | Hóspede

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Vamos até um restaurante onde a média de idade dos fregueses é de 94 anos e o purê de maçãs parece ser o item mais popular do cardápio. Não é exatamente o ponto de encontro do ensino médio. Assim que sentamos e fazemos o pedido, pergunto sobre as consequências do dia anterior.


— Não sei se o Manuel está tão chateado assim — diz ela. — E não faltam garotas querendo confortá-lo. É ridículo. Rebecca tem sido incrível. Juro, se existisse um emprego de Relações Públicas de Amigos, a vaga seria dela. Ela está espalhando meu lado da história por aí.


— E qual é?


— Que o Manuel é um imbecil. E que eu e o metaleiro não estávamos fazendo nada, a não ser conversar.


A primeira parte é irrefutável, mas, mesmo para mim, a segunda parte não parece convincente.


— Sinto muito que tenha acontecido desse jeito — digo.


— Poderia ter sido pior. E temos que parar de pedir desculpas um ao outro. As nossas frases não podem sempre começar com “sinto muito”.


A voz dela parece conformada, mas não dá para saber em relação a que, na verdade, ela se conformou.


— Então você é uma garota que é um garoto? — pergunta ela.


— Mais ou menos isso. — Percebo que ela não quer entrar em detalhes.


— E você dirigiu muito?


— Três horas.


— E o que está deixando de fazer?


— Uns testes. E um encontro com a minha namorada.


— Você acha que é justo?


Por um segundo, fico paralisado.


— Do que você está falando? — indago.


— Olha — prossegue Anahí —, fico feliz que você tenha vindo até aqui. De verdade. Mas não dormi muito bem na noite passada e estou num mau humor dos infernos, e hoje de manhã, quando recebi seu e-mail, simplesmente pensei: será que isso tudo é realmente justo? Não pra mim nem pra você. Mas pra essas... pessoas cujas vidas você está sequestrando.


— Anahí, eu sempre tomo cuidado...


— Eu sei. E sei que é só por um dia. Mas e se alguma coisa totalmente inesperada fosse acontecer hoje? E se a namorada dela estivesse preparando uma superfesta surpresa para ela? E se a parceira dela na aula de laboratório fosse reprovada porque ela não estava lá para ajudar? E se... Não sei. E se houvesse um acidente gigantesco e ela tivesse que estar por perto para salvar um bebê?


— Eu sei — digo a ela. — Mas e se for eu a pessoa com quem alguma coisa deve acontecer? E se eu tivesse que estar aqui e, se não estivesse, o mundo fosse girar na direção errada? De algum modo infinitesimal, mas importante.


— Mas a vida dela não deveria vir antes da sua?


— Por quê?


— Porque você é só o hóspede.


Sei que é uma verdade, mas é impressionante ouvi-la dizendo. Ela se apressa imediatamente para amenizar o que parece uma acusação.


— Não estou dizendo que você é menos importante. Você sabe que não estou. Neste momento, você é a pessoa que eu mais amo em todo o mundo.


— Sério?


— O que você quer dizer com sério?


— Ontem você disse que não me amava.


— Estava falando do metaleiro. Não de você.


A comida chega, mas Anahí só enfia a batata frita no catchup.


— Eu também te amo, você sabe — digo.


— Eu sei — retruca ela. Mas não parece mais satisfeita.


— Vamos sair dessa. Todo relacionamento tem um começo difícil. Este é nosso começo difícil. Não é como uma peça de quebra-cabeça que encaixa no mesmo instante. Num relacionamento, você tem que dar forma às peças, a cada extremidade, antes de elas se encaixarem perfeitamente.


— Mas o formato da sua peça muda todos os dias.


— Só fisicamente.


— Eu sei. — Ele finalmente come uma das batatas. — Acho que preciso moldar melhor minha peça. Tem muita coisa acontecendo. E você ficando aqui... acaba sendo mais uma dessas coisas.


— Vou embora — digo. — Depois do almoço.


— Não é que eu queira que você vá. Só acho que você precisa ir.


— Entendo — respondo. E entendo mesmo.


— Que bom. — Ela sorri. — Agora me fale sobre esse encontro de hoje à noite. Se eu não vou estar com você, quero saber quem vai.


Enviei uma mensagem de texto para Dawn, dizendo que não estou na escola mas que o encontro ainda está de pé. Vamos nos encontrar depois que ela terminar o treino de hóquei de campo. Volto para a casa de Vic na hora em que ele costuma voltar da escola. Seguro em meu quarto, sinto a ansiedade de sempre antes de um encontro. Vejo que Vic tem um monte de gravatas no armário, o que me leva a crer que ele gosta de usá-las. Então visto uma roupa arrumadinha, talvez arrumadinha demais, mas se o que acessei sobre Dawn é verdade, sei que ela vai gostar.


Passo as horas na internet. Não tem nenhum e-mail novo de Anahí, mas tem oito de Nathan, os quais não abro. Então entro nas playlists de Vic e ouço algumas das músicas que ele tem ouvido com mais frequência. É assim que muitas vezes descubro músicas novas. Finalmente, pouco antes das 18h, estou na porta. Chega a ser estranho como estou ansioso. Quero fazer parte de algo que funciona, por maior que seja o desafio. Dawn não me decepciona. Ela adora o modo como Vic se veste, e usa a palavra elegante em vez de arrumadinho. Tem um monte de novidades sobre o dia e um monte de perguntas sobre o que andei fazendo. Esta é uma área delicada. Não quero que Vic seja pego numa mentira depois, por isso, conto que simplesmente tive vontade de tirar o dia de folga. Sem testes, sem corredores, só dirigindo até um lugar onde nunca estive... desde que voltasse a tempo para ela. Ela apoia totalmente essa decisão e nem mesmo pergunta por que não a chamei. É assim, espero, que Vic se lembrará do dia de hoje.


Tenho que acessar muito rápido para acompanhar todas as referências de Dawn, mas mesmo assim estou me divertindo. As lembranças que Vic tem dela são absolutamente corretas: ela o vê de modo tão preciso, tão maravilhoso, tão espontâneo. Ela não torna sua compreensão pública. Simplesmente está lá. Sei que a situação deles é diferente da nossa. Sei que não sou Vic, assim como Anahí não é Dawn. Mas uma parte de mim quer fazer a analogia. Parte de mim quer transcender da mesma forma. Parte de mim quer adorar ser tão forte e tão poderoso.


Vic e Dawn têm os próprios carros, mas, a pedido de Dawn, Vic a acompanha até em casa, só para que ele possa levá-la até a porta e possam se despedir com um beijo de boa-noite de verdade. Acho isso delicado, e acompanho Dawn de mãos dadas até os degraus da frente. Não tenho ideia de se os pais dela estão em casa, mas se ela não se importa, eu também não me importo. Chegamos à porta de tela e ficamos ali por um momento, como um casal de namorados dos anos 1950. Então Dawn se inclina e me beija com vontade, e eu retribuo o beijo com vontade, e somos lançados na direção dos arbustos em vez da porta. Ela está me empurrando em direção à escuridão e eu estou por cima dela, e é tão intenso que perco a cabeça, ou perco o contato com a mente de Vic, de modo que estou em minha própria mente, beijando-a e sentindo-a, e da minha boca sai a palavra Anahí. Primeiro, não acho que Dawn tenha ouvido, mas ela se afasta por um segundo e me pergunta o que acabei de dizer, e respondo que é igual à música — ela não conhece a música? — e que sempre me perguntei o que aquela palavra significava, mas que ela significa isso aqui, é assim que ela faz eu me sentir, e Dawn diz que não tem ideia da música da qual estou falando, mas que não importa, pois já se acostumou as minhas esquisitices, e digo que vou tocar depois para ela, mas que nesse meio-tempo tem isso aqui, isso aqui e isso aqui. Estamos cobertos por folhas, minha gravata está presa num galho, mas tudo é tão cheio de vida que não ligamos. Não ligamos para nada.


À noite, tem um e-mail de Anahí.


A,
hoje foi estranho, mas acho que é porque é um momento muito estranho. O problema não é você, nem o amor. É que tudo está acontecendo ao mesmo tempo. Acho que você sabe o que quero dizer. Vamos tentar de novo. Mas não acho que possa ser na escola. Acho que é demais para mim. Vamos nos encontrar depois. Em algum lugar sem vestígios do restante da minha vida. Só nós dois.


Não estou conseguindo imaginar como, mas quero que as peças se encaixem.


Com amor,
An.




Até Mais!


 



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



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  • franmarmentini♥♥ Postado em 28/05/2015 - 22:09:51

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaáaaáaaa meu deus que história triste...morri aki ;( pelo menos tomara q a any tenha ficado com o poncho....

  • franmarmentini♥♥ Postado em 28/05/2015 - 21:46:10

    *.*

  • Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 20:02:54

    SCRRRRRRRRRR ALIEN EU VOU TE MATAAAAAAR ME FEZ CHORAR RIOOOOS AINNNNNN QUERIA Q ELA FICASSE CM O A :`( Mas foi bom q ele arrumou o Pon pra ela :)

  • Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:56:19

    Ai scrrrrrr q eles fiquem juntoooooos :`( Postaaaaaaaaaa <3

  • Alien AyA Postado em 23/05/2015 - 19:52:53

    Mila você já vai saber...

  • Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:50:34

    Ainnnnnnn fico cm dó do &quot;Pon&quot; corpo :$ Será q ele vai ficar cm o corpo msm? :$ Postaaaaaaaa <3

  • Mila Puente Herrera Postado em 23/05/2015 - 19:44:10

    PARAA TUDOOOOOO VI O NOME DO PON JÁ TO PIRANDO SCRR PERA VOU LER *-*

  • Mila Puente Herrera Postado em 22/05/2015 - 23:21:50

    COMO ASSIM???????????????? ALIEN VOLTA AKI QUERO O FIM NÃAAAAAAAAAAO KKKKKKKKKKKKKK Postaaaaaaaaaaaaaa <3

  • Mila Puente Herrera Postado em 21/05/2015 - 22:06:50

    Ainnnnnnn nn tadinho do Pon :/ Postaaaaaaaa <3

  • franmarmentini♥♥ Postado em 21/05/2015 - 16:54:50

    tadinho do A ;(


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