Fanfic: Sempre vou ser sua FÃ - Portirroni | Tema: Portirroni

A pessoa me carregou e eu me debatendo e tentando gritas, mas não conseguia. Ele era muito forte.

Fui jogada em um carro e ele entrou ficando em cima de mim.

Anahí: KOKO?????

Ainda que estivesse escuro, eu conseguia ver seu rosto.

Koko: Você não é a que gosta de se aproveitar das situações? Então vamos lá... quero ver você se aproveitar agora.

Anahí: Seu cretino! Me deixa sair daqui!!!!!!

Comecei a me debater e tentar sair, mas ele me prendeu nas pernas e o pesadelo começou.

Eu me debatia, muito, muito muito! Mas ele segurou meus braços e me beijo a força! Eu fechava a minha boca para que sua lingua não penetrasse na minha, mas ele me invadia.

Ele me deu um beijo, um beio nojeto. Eu sentia o volume das suas calças se esfregando na minha intimidade. E qunado mais eu me debatia, mais ele me apertava.

Ele me soltou para tirar minha roupa. Eu tentava sair, tentava bater nele, mas não conseguia. Ele arrancou minha roupa rasgando inteira. Ainda me segurando começou a chupar meus seios.

Anahí: PARA SEU IDIOTA! ME SOLTA AGORA!!! VOCÊ É NOJENTO! PARA!! ME SOLTA!

Então ele começou a me machucar, a me morder com força, como se quisesse arrancar pedaço. Ele arranco minha calça por baixo e puxou minha calcinha com tanta força que ela devia ter rasgado. Ainda me segurando com uma das mãos, ele tirou a roupa dele.

Voltou a me beijar e eu tentava bater nele mas não conseguia, tentava chuta-lo mas ele prendia com as pernas.

Sabe aquele fetiche que a Maite tinha de beijar o queixo? Ele fez em mim, mas mordendo com força, doía muito.

Anahí: Me solta seu idiota! Me solta!!!!! Você vai pagar caro por isso!

Koko: você gosta! deixa de ser cínica!

E então... ele penetrou o órgão dele em mim. Eu me debatia, e ele abriu minhas pernas com força. Ficou ali fazendo movimentos pra frente e pra tras, , enquanto mordia novamente meus seios, minha barriga, e segurava meus braços.

Anahí: Para! PARA! PARAAAA! - comecei a chorar, de dor..de humilhação...de ódio...de tudo.

Ele não saia de mim e aquela dor cada vez era mais forte. Ele saiu de cima de mim e em um impulso ele sentou-se, me puxando muito. Segurou minha nuca e fez com que eu chupasse o p/enis dele. Eu sentia nojo, ódio. Minhas lagrimas saiam e eu tentava chuta-lo, mas era em vão. Ele segurava minhas mãos com força.

Koko: Vai... continua ... assim mesmo... assim..

Era nojento. Quanto mais ele falava, mais eu chorava. Eu queria vomitar. Queria mata-lo. Eu não aguentava mais ficar ali e ele não me tirava. Eu tentava sair, mas ele continuava pressionando minha cabeça no meio de suas pernas.

Quando finalmente tirou, ele voltou a me jogar no banco do carro e de novo penetrou seu orgao em mim, mas agora me beijando. A ansia de vomito aumentava cada vez mais! Eu queria vomitar ali, queria vomitar nele!

Ainda petrado em mim, ele me bateu no rosto... não foi uma vez... foram vários tapas, Vários! ele me batia com uma mão, porque a outra ele segurava as minhas.

Anahí: Você é um idota, filho da puta!

Koko: Eu? - me batendo ainda - Sou eu que venho me aproveitar de artistas pela fama delas?

Anahí: É você sim! Você se aproveita da Maite!

Pra que eu fui falar isso, ele me deu um tapa MUITO forte! Meu rosto até virou. ele virou minha mão e eu tive certeza que ele havia quebrado algum osso meu.

Dei um grito muito alto de dor.

Koko: Isso é pra você aprender a não se meter com quem não deve!

Ele cuspiu no meu rosto e me jogou para fora do carro. Eu caí no chão e por mais que eu estvesse machucada, dolorida, humilhada e suja. Eu saí da rua corredo com medo que ele me atropelasse. Eu saí correndo nua. As lágrimas corriam. Eu nunca havia me sentido tõa humilhada em toda minha vida.

Eu corri para casa, ninguém poderia me ver daquele jeito. O carro já havia ido embora e eu tinha medo que ele me seguisse e me fizesse mais mal. Pelo menos eu estava perto de casa. Precisava ir na polícia, no médico, de um banho... Eu só conseguia chorar.

Bati na porta desesperada e Dulce logo abriu. Quando ela me viu, ela levou um susto.

Dulce: Anahí??????? O que houve?????

Eu entrei em casa, sentei no chão e comecei a chorar, desesperadamente. Dulce trancou rapido a porta.

Dulce: Amiga, o que houve??? O que fizer com você??? Você está sangrando! - eu estava, um pouco perto do lábio e minha intimidade. Eu não era virgem, mas por ter sido forçado, me machucou de algum jeito.

Anahí: O Koko...ele me pegou e... - voltei a chorar.

Dulce: FILHO DA PUTA!!!!!! QUE CANALHA!!! Ai... Any... toma um banho! Não...- seus olhos encheram de lágrimas também...- você não pode tomar banho... temos que ir na delegacia para fazer o corpo de delito.

Voltei a chorar mais ainda. Não bastava a humilhação que passei, ainda tinha que passar por outra.

Dulce passou a mão na minha cabeça e deu um beijo.

Dulce: Amiga... eu não sei nem o que te dizer! Eu quero matar esse cara! Olha... eu... eu vou chamar um táxi... Que idiota! Canalha! Eu... eu vou chamar um taxi! A gente precisa fazer esse boletim de ocorrencia...

Anahí: Eu tô sem celular para ligar para a Maite! - eu disse soluçando.

Dulce: Eu tenho o telefone dela! Ela me passou ontem!

Dulce foi até o guarda-roupa e pegou uma roupa pra mim. Eu estava tão fraca que ela teve que em ajudar a vestir. Era só uma calcinha, um sutiã e um vestido. Por mais que eu estivesse com vergonha de estar nua, quando me vesti, me senti mais suja ainda.

Ela foi até a cozinha, pegou um copo de agua com bastante açucar e me deu para eu tomar. Mas quando dei meu primeiro gole eu vomitei, ali mesmo. Comecei a vomitar e não parava mais.

Dulce chorava, eu também...

Ela pegou o telefone e chamou o taxi aos prantos, disse que era urgente.

Passou a mão no meu cabelo segurando para que eu não o sujasse. Eu me sentia com mais vergonha e mais humilhada ainda.

Dulce: Amiga...

Ela se levantou, pegou uma toalha e limpou meu rosto. Me ajudou a levantar e foi me apoiando para sairmos. O taxi já estava lá fora.

Entramos no taxi e Dulce falou onde deveriamos ir. Em seguida, pegou o celular para ligar para Maite.

Dulce: Maite??? ....- disse chorando - você...pode ir na delegacia do centro agora...aconteceu... eu...eu tô no taxi... não posso falar agora.... é... é com a Anahí... isso... - voltando a chorar - É.... por favor... vai pra lá...

Chegamos na delegacia e ... eu voltei a vomitar, lá mesmo. Todo mundo me tratou bem, pelo menos isso. Dulce tratou de toda documentação e eu só ouvia "coitada, ela é tão linda"... "coitada, tão nova"...logo eu...que nunca gostei de ser tratada como um coitada.

Apesar de toda a ajuda, Dulce não pode entrar comigo e eu tive que entrar sozinha. Falar tudo como aconteceu e tirar minha roupa para o exame. Foi terrível.

Chorei muito, muito, muito, muito. Mais do que meu corpo poderia aguentar.

Quando eu saí, Maite me esperava na recepção junto com Dulce. Ela levantou assim que me viu chegar, me abraçou e chorou muito junto comigo.

Maite: Desculpa meu amor... - disse baixinho - Desculpa...

Eu não conseguia responder, mas queria dizer que ela não tinha culpa. Ela chorou comigo.

Quando olhei para o lado, estava também a mãe dela. Abaixei o olhar. Quer humilhação pior?

Maite me soltou e a mãe dela veio me abraçar. Seus olhos também tinham lágrimas.

D. Maite: Minha querida! Você não merecia isso! Ele vai pagar um dia, pode ter certeza! Mas todos nós te amamos! Vamos cuidar de você!

Eu não conseguia responder, só chorava. Maite voltou a me abraçar e dava beijos toda hora na minha cabeça e me fazia carinho nos braços.

Dulce também não parava de chorar.

Maite: Você quer ir para casa?

Balancei a cabeça. Eu queria ir pra casa, tomar banho, ajudar a Dulce a limpar tudo...

D. Maite: Tem certeza? Eu preparo uma janta pra você!

Dulce me olhou e passou a mão no meu cabelo.

Dulce: Ela tem que ir para casa, tomar um banho... se acalmar um pouco... acho que depois ela decide o que fazer!

Maite: Ok! Você tem razão! Pode ir com a gente mãe?

D. Maite: Claro!

Fomos para o carro e D. Maite que foi dirigindo. Dulce foi na frente e Maite foi atrás comigo me fazendo carinho.

Ela só dava beijo na minha testa. Eu não queria beija-la. Estava suja demais para isso.

Maite: eu te amo meu anjo... te amo com todas as minhas forças...

Eu não conseguia responder, as palavras não saiam. Eu só a abraçava forte e chorava mais.

Quando chegamos em casa, só de abrir a porta senti o cheiro horrivel do meu vomito pela casa. Olhei com vergonha.

D. Maite: Não se sinta mal querida! - disse passando a mão na minha cabeça - Voce precisava disso!

Ela olhou em volta.

D. Maite: Maite, leva a Anahí para tomar banho... Eu e a Dulce vamos limpar tudo!

Maite: Claro mãe!

Dulce: Pode deixar que eu levo uma roupa pra ela!

Maite: Ok...

Maite me levou para o banheiro, ligou o chuveiro e me ajudou a tirar minha roupa. Sem forças eu sentei no chão. Me senti uma inutil, mas eu não tinha forças. Eu só conseguia chorar. Ela chorava também, mas tentava se segurar.

Ela me ajudou a me ensaboar, me ajudou a me lavar, mas por mais que eu tomasse banho, a sujeira parecia não sair de mim. Chorei mais... Peguei o sabonete e joguei na parede.

Anahí: Isso não me limpa Mai... não me limpa!

Ela me abraçou, mesmo eu estando molhada.

Maite: Amor, calma! Isso vai sair com o tempo! Eu vou te dar carinho o tempo todo e você vai ficar bem! Desculpa Any... desculpa!

Anahí: Você não tem culpa!

Maite: Tenho... eu tinha que te proteger!

Anahí: Era isso que ele fazia com você?

Maite: Não sei Any... Ele transava comigo, mas como eu disse, ele era meu namorado, então acabava cedendo! Como eu não reagia contra, ele não me maltratava tanto...

Anahí: Mas você se machucou da outra vez...

Maite: Porque ele me apertou fote, mas ficaram só as marcas, não me machucou de verdade. E quanto a transa, eu acabava cedendo, então não me machucava também...

Anahí: Acho que ele quebrou meu pulso.

Maite: Não quebrou... - disse pegando - Mas está inchado! Quer ir no médico agora?

Anahí: Não... eu só quero dormir e esquecer esse pesadelo...

Maite: Ok meu amor! Amanhã nós vamos! Minha mãe vai fazer alguma coisa...

Ainda tomei banho umas três vezes, estava me enxugando e Maite foi buscar minha roupa. Ela me ajudou a me vestir e me abraçou.

Então ela me beijou nos lábios. Um beijo doce, tranquilo, calmante...era tudo o que eu precisava. Me deu vários selinhos.

Maite: Te amo meu anjinho!

Anahí: Obrigada por me fazer sentir melhor...

Maite: Sempre meu anjinho...sempre!

Quando saí do banheiro, a sala já estava limpa e D. Maite estava fazendo uma sopa com a ajuda de Dulce.

D. Maite: Querida, estou preparando algo para você comer!

Anahí: Obrigada, mas eu não quero nada...

D. Maite: Precisa comer um pouco! Você está fraca! Nem que seja um pouquinho, você vai comer sim!

Maite: Mãe, você pode fazer algo aqui no pulso da Any? Está inchado... vou leva-la no médico amanhã, mas está doendo...

D. Maite: Nossa! Vamos por um pouco de gelo. E depois enfaixamos! Tem faixa aí?

Dulce: Hum... não... mas tem aqueles sprays pra dor...

D. Maite: Ótimo! A gente enrola com uma meia calça! Só pr adar uma ajudinha até amanhã!

Dulce continuou a fazar a sopa, enquanto D. Maite fazia o curativo. Maite ficou abraçada comigo o tempo todo.

Quando ficou pronta a comida, Maite me levou para a mesa e me deu de comer na boca. Eu não queria, mas ela insistiu. Dulce também comeu, disse que o nervosismo tinha deixado com fome.

D. Maite: Maite, você vai dormir aqui?

Maite: Não sei...quer ir para casa amor?

Dulce: Durmam aqui...

Olhei para Dulce que me olhava sem graça. Deduzi que ela estava com medo de ficar sozinha. Medo que Koko voltasse e a atacasse.. Não sei se esse medo era meu e passei pra ela...

D. Maite: Você pode dormir lá também Dulce! Não é bom você ficar sozinha!

Dulce: Mas está tarde para irmos...

D. Maite: Mas aqui não cabe todo mundo... - ela tinha razão. Maite dormiria na cama comigo, D. Maite poderia dormir na cama da Dulce... mas e a Dulce?? Elas não iriam dormir juntas.

D. Maite: Vamos para casa! É melhor assim!

Pegamos nossas coisas e fomos para a casa delas. Maite foi atrás comigo.

Quando chegamos na casa dela, D. Maite disse que iria peparar uma cama para Dulce e eu fui para o quarto com a Maite. Depois voltei para abraça-la.

Anahí: Obrigada por tudo amiga!

Dulce: Não tem o que agradecer Any! Fico feliz que agora você esteja bem!

Maite pegou minha mão e fomos para o quarto. Deitei e elea me abraçou. Era tudo o que eu mais precisava...dos seus carinhos.

Deitei na cama da Maite e ela me fazia carinho. Eu estava de olhos fechados, mas ouvi que a mãe dela entrou devagar.

D. Maite: Mai... e os outros machucados da Anahí?

Maite: O rosto dela está com marcas... de dentes - disse inspecionando meu rosto - O corpo também... é... não se se tem algo pra fazer...

D. Maite: E a boca dela?

Maite: Não está mais sangrando...

Eu abri os olhos lentamente e D. Maite veio até mim.

D. Maite: Quer que eu passe algo nos seus machucados?

Anahí: Obrigada... Mas só os carinhos da Maite já vão me ajudar...

D. Maite: Que bom minha querida... então logo você vai ficar bem, porque ela não vai poupar carinhos...

Maite: Não mesmo... - me dando um selinho.

D. Maite: A Dulce já está bem acomodada. Amanhã a Maite vai trabalhar e eu te levo no médico! Pediremos um atestado para você, se a Dulce não estiver vemos se conseguimos alguma dispensa para ela também... Ela ficou bem assustada, não quer ficar sozinha... acho que ela está chocada com tudo o que aconteceu...

Maite: É verdade! Ela está no seu quarto?

D. Maite: Sim, preparei uma cama pra ela lá no meu quarto! Assim, qualquer coisa estou lá... E de você - me dando um beijo na testa - minha filha vai cuidar muito bem, então não preciso nem me preocupar!

Anahí: Aham... - esbocei um sorriso.

D. Maite: Boa noite minha querida, dorme bem e esquece o que aconteceu!

Anahí: vai ser dificil...

Ela deu um beijo em Maite e saiu do quarto. Maite deitou-se novamente ao meu lado e me abraçou fazendo carinho no meu rosto.

Maite: Amor, como vocêe stá se sentindo?

Anahí: Mal ainda.... a todo momento vem a lembrança dele em cima de mim e... - voltei a chorar.

Maite: Calma amor - me dando um beijo - Olha! Se você não quiser falar sobre assunto, não fala! Mas se quiser falar, pode desabafar, põe tudo pra fora que isso tambem ajuda!

Anahí: Eu não quero falar...

Maite: Ok... então vamos dormir... Olha...para você não pensar mais nisso, eu vou te contar uma história tudo bem? Hum... vamos lá... Era uma vez uma linda princesinha chamada...

Anahí: Contos de fadas?

Maite: É! Pro meu bebê dormir! - disse sorrindo.

Anahí: Ok... - sorri.

Maite: Era uma vez uma linda princesinha chamada Ana ! - ela fazia carinho no meu rosto me olhando - Ana era uma linda menina, com cabelos loiros e olhos azuis. Um dia ela conheceu uma princesa de outro reino chamada Ma...Maria! A Maria se apaixonou pela princesa Ana no mesmo instante que a viu! Isso porque a Ana era linda. Um dia a Ana saiu para...

Eu dormi depois disso e não ouvi mais a história.

Só que aquela noite voltou a me atormentar nos meus pesadelos. E eu comecei a gritar no meio da noite. Senti o abraço da Maite forte e sua voz no meu ouvido.

Maite: Calma meu amor, sou eu... Maite, sua namorada! estou aqui do seu lado, e eu te amo! Te amo amor... fica calminha.

Minha respiração foi voltando ao normal e eu percebi que estava chorando. Ela me deu vários beijos no rosto e me acariciou para o sono vir novamente. Eu estava morrendo de medo de dormir. Não queria reviver aquilo de novo.

Eu estava amando o carinho da Maite mas eu precisava da minha mãe... Como eu contaria isso pra ela?

Foi muito dificil dormir, eu acordava a cada 5 minutos quando tinha pesadelo, o que era o tempo todo. Pelo menos não gritei mais durante a noite. E sempre que eu acordava eu via Maite ao meu lado e me acalmava. Ela deve ter passado a noite em claro, pois estava o tempo todo me olhando em fazendo carinho.

De manhã, senti que ela levantou da cama e abri os olhos. Ela sorriu e me deu um beijo nos lábios.

Maite: meu amorzinho, eu estou indo trabalhar! Mas fica deitadinha! Vou chamar a Dulce ou a minha mãe para ficar com você!

Anahí: Obrigada amor... Hoje é sexta-feira né? Lembrei que não tenho aula!

Maite: Verdade! Que bom! Minha mãe vai te levar no médico e depois você fica aqui!

Ela me deu um selinho e se levantou para chamar alguém. Logo veio acompanhada por Dulce que sentou na cama e acariciou meus cabelos.

Dulce: Está melhor amiga?

Anahí: Não dormi direito...

Dulce: Ah amiga... imagino!

Maite: Dul, você vai para a aula hoje?

Dulce: Não estou nem um pouco disposta! Não agora de manhã... e se for pra confessar uma coisa, estou com medo de ir de noite!

Olhei para ela concordando. Acho que nunca mais iria pra faculdade a noite na minha vida!

Maite: Passa no médico com a minha mãe e vê se consegue um atestado. Se você não conseguir a gente te leva e te busca na faculdade!

Dulce: Hoje que era o show do Christopher né?

Maite: É hoje! Mas não tem problema, outro dia vamos...

Anahí: Ah Mai... talvez seja bom eu ir pra me distrair... Estou tão mal, acho que preciso de coisas que me animem... E vocês estando do meu lado, não vou sentir medo...

Maite: Até a noite a gente vê isso meu amor!

Ela me deu mais um beijo e me abraçou.

Maite: vou lá na cozinha tomar meu café da manhã e depois venho aqui me despedir de vocês. Já vou combinar tudo com a minha mãe.

Dulce: ok...

Dulce continuou a acariciar meus cabelos.

Dulce: o poncho passou lá em casa de manhã. Falei que você passou mal e por isso viemos para cá, mas disse que depois me encontro com ele...

Anahí: Não fala nada do que houve... por favor!

Dulce: Claro neh Any!

Anahí: Sabe... eu queria ir no show hoje... Eu... sei lá, acho que ficar em casa não vai adiantar nada, essa noite foi terrível...

Dulce: Eu ouvi seus gritos...

Anahí: Te acordei?

Dulce: Não... eu não consegui dormir... nem a Dona Maite! A gente ficou conversando... Sei que não foi comigo, mas eu estou mal com tudo isso e estou com tanto medo que aconteça de novo... não com você! Mas, comigo...

Anahí: Ele não vai fazer nada com você Dul...

Dulce: Não ele... mas sei lá! Me falaram tanta coisa do México, que isso acontecia direto, que era para eu tomar cuidado...

Anahí: Me falaram isso também.... - eu disse tristemente. Várias pessoas me falaram que no México era perigoso e que havia vários casos de tráfico de mulheres.

Dulce: Estou assustada, mas não podemos nos prender a isso né? Eu tenho minha faculdade pra fazer, você tem sua pós...

Anahí: Não sei se vou poder continuar Dul... Eu... eu quero conversar com a minha mãe, eu estou precisando dela sabe? E... - suspirei - com certeza ela vai querer me levar embora...

Dulce: É... minha mãe faria o mesmo... Você... vai falar com a sua mãe quando?

Anahí: Preciso arrumar coragem!

Dulce: Não chama por skype pra ela não te ver machucada, ela vai ficar preocupada! Conversa pelo Whats...

Anahí: Você tem razão...

Peguei meu celular e mandei "bom dia" para minha mãe.

Anahí: quando ela começar a falar, eu peço pra ela vir pro México...

Dulce: Você não pensa em voltar pro Brasil?

Anahí: Não... não quero... - eu não queria me separar da Maite... de jeito nenhum...

Maite entrou no quarto junto com a mãe e sentou na cama. Segurou meu rosto e deu vários selinhos.

Maite: Tchau meu amor! Daqui a pouco eu volto

Anahí: Tchau amor... e... toma cuidado!

Maite: Meu segurança vem me buscar de carro! Também estou preparada!

Anahí: Tudo bem... que bom!

Maite me deu mais um beijo e saiu. Quando ela se levantou, D. Maite se sentou no lugar dela e me deu um beijo no rosto.

D. Maite: O café já está pronto! Come alguma coisa para podermos ir no médico ver seus machucados e depois voltamos para você poder descansar...

Anahí: Tudo bem...

Levantei devagar. Minha perna estava doendo como se eu estivesse corrido uma maratona. Acho que foi a tensão. Meus ombros e braços doíam muito, mais isso com certeza foi porque me debati muito e Koko me segurou.

Tomei banho mas ainda me sentia suja, será que essa sensação nunca iria acabar?

Fui para cozinha e comi algo só para não fazer desfeita. Eu não estava com fome.

Enquanto iamos no hospital, minha mãe me respondeu.

"Oi filha! saudade! Como você está?"

"bem..."- menti "mãe, Você pode vir ao México?"

"Como assim filha? Lógico que nao! Não agora! Não estou de férias! E nem tenho dinheiro para isso"

Eu tinha que pensar em algo. Eu não podia dizer pra ela que "precisava conversar uma coisa, pessoalmente" ela ia insistir até eu falar!

"é que ganhei uma viagem! Queria que você viesse! Não tem como você conversar no serviço?"

"Ganhou?? Onde???"

"a agência que eu estava trabalhando me deu..."

"Mas você não trabalha lá mais"

"mas eles me deram. Eu e a Maite estamos muito próximas e ela me deu... mãe, eu queria muito que você viesse, não tem como você dar um jeitinho?"

"Pra quando é a viagem?"

"eu vou confirmar o dia e te falo!" - eu precisava comprar primeiro - "mas é pra logo... acho que semana que vem"

"já?? E quanto tempo???"

"Não sei, te confirmo tudo isso..."

"ok filha, vou conversar no serviço, mas não é certeza! Beijos filha, te amo"

"te amo mãe... por favor, eu estou com saudade e quero muito você aqui!"

"Também estou com saudade filha"

Comecei a chorar e D. Maite olhou pelo retrovisor.

D. Maite: Any?

Anahí: Desculpa... é que... eu estava pedindo pra minha mãe vir pro México!

D. Maite: Contou pra ela?

Anahí: Não...eu queria contar aqui... Mas ela vai ver no serviço se pode ser liberada, não falei que era urgente para não deixa-la preocupada!

D. Maite: É... melhor! Falou que vamos dar a passagem?

Anahí: Ah! Falei mesmo não achando justo, mas não tenho outra solução agora... Mas eu vou combinar com a Maite porque quero pagar tudo de volta!

D. Maite: Não se preocupe com isso querida!

Chegamos no hospital e D. Maite fez a minha ficha. Ela entrou comigo no médico e falou que era caso de estupro. Nossa, foi terrivel novamente. Aquele bombardeio de perguntas pelo médico e uma série de exames. Tive que tomar um coquetel para não contrair AIDS, vai saber né. Na verdade eu teria tomar o coquetel por 28 dias como forma de prevenção.

Enfaixaram meu braço e por sorte ele não me quebrou em nada. Pelo menos isso!

Fomos para casa e eu fiquei esperando a Maite chegar. D. Maite conversou comigo e com a Dulce, disse que nós duas iriamos receber tratamento psicológico. Eu não queria que ela pagasse nada pra mim, mas eu realmente estava precisando. Dulce não queria aceitar de jeito nenhum, falava que quando tivesse dinheiro, ela mesmo pagaria a terapia... mas D. Maite disse que elas já tinham pago. A gente sabia que era mentira.

Para comprar a passagem eu tinha que esperar a Maite chegar... e eu não via a hora!

Eu fiquei deitada na cama o dia inteiro. Dulce havia conseguido um atestado mas disse que nao teria coragem de ir ao show se nao foi para a aula.

Dulce estava no celular quando levou um susto.

Dulce: Any!!! Olha essa notícia : " Koko Stambuk, ex namorado da cantora e atriz Maite Perroni, está sendo acusado de estupro a uma garota de 23 anos. A polícia não informou dados da garota por serem confidenciais. Procurada por nossa produção, Maite Perroni disse que não havia nada a declarar, mas que já estao separados a algumas semanas e também não trabalham mais juntos. Ela mandou apoio para a garota e seus familiares"

Anahi: nossa! Como eles descobriram?

Dulce: a polícia nao deve ser tao confidencial assim.. quando veem nome de artista deve lançar por aí.. pelo menos preservaram sua identidade!

Anahi: ainda bem! Nossa.... deve ser por isso que a Maite nunca deu parte dele...

Dulce: tadinha! Esse cara é um monstro!

Anahi: é... o pior dos monstros!

D. Maite foi pro quarto e contamos sobre a noticia. Ela ficou preocupada com Maite. Bom, eu tambem estava. Mas graças a Deus ela chegou logo. Estavamos nós três no quarto quando ela chegou com um ramalhete de flores enormeeeeeeeee, muito, muito, muito grande! Era lindo! Rosas da cor rosa! Sentei na cama quando a vi entrando.

Maite: Alguém viu alguma princesa por aqui?

D. Maite: Que lindas flores!

Dulce: Nossa!! Arrasou Maite!

Anahí: Ah meu amor! Você é tão linda!

Ela me entregou as flores e me deu um selinho.

Maite: Que saudade meu amor!

Anahí: Eu também! Te encheram muito saco hoje?

Maite: Um poquinho... eu pedi que não me filmassem, porque meus olhos enchiam de lágrimas quando eles peruntavam qualquer coisa. Até que me respeitaram bem hoje...os mais chatinhos não estavam.

Dulce: Ainda bem!

Maite: E vocês? vão no show hoje?

Dulce: Estou com peso na consciência de faltar na faculdade...

Maite: Que nada! É bom pra distrair a cabeça! Chega de tensões por hoje! - ela me olhou - mas você que decide amor...

Anahí: Eu quero ir justamente por isso!

Maite: Ótimo! Vamos nós três! Dulce, um dia sem aula não vai te matar!

Dulce: Ok... - disse rindo. Espero que ninguém me veja.

Maite: estaremos no camarote só para convidados!

Maite me deu mais um selinho e sorriu para a mãe e a para Dulce.

Maite: Vocês podem dar uma licencinha? Queria namorar um pouco a sós com a minha pequena...

Anahí: Mai!!!!! - eu fiquei com muita vergonha.

Dulce: Claro! Fica a vontade! - saindo.

D. Maite: Com certeza queridas!

Elas saíram do quarto e fecharam a porta. Maite segurou meu rosto e me beijou, eu continuei o beijo mas logo interrompi.

Anahí: Amor...eu queria fala uma coisa antes... Falei com a minha mãe que ganhei uma passagem para ela vir para o México! Eu não contei nada senão ela vai ficar preocupada sem saber o que fazer...Então eu insisti para ela vir.. Ela vai conversar no trabalho para ver se consegue a folga!

Maite: Então vamos comprar a passagem para fazer mais pressão par ela vir...

Anahí: Amor... mas eu juro que vou pagar cada centavo!

Maite: Só aceito se esse pagamento for em beijos! - disse sorrindo.

Anahí: Ah Mai... estou falando sério...

Maite: Eu também! - ela me deu um selinho e pegou o celular. - Vou ver uma passagem que seja logo... hum... para quantos dias? Tenho que comprar a volta dela também, eles não autorizam a compra da ida sem comprar a volta...

Anahí: Se ela conseguir tirar férias, pelo menos uns 15 dias ela vai ter...

Maite: 15 dias! ok! Vou comprar e qualquer coisa a gente manda trocar... Marichelo o que?

Anahí: Portilla

Maite: Que sobrenome lindo!

Anahí: Prefiro "Perroni" - sorri e ela me deu um selinho.

Ela mexeu no celular e sorriu.

Maite: Protinho! Passagem comprada pra segunda-feira já! Vou te mandar aqui para você repassar para ela!

Anahí: Obrigada! Quanto custou?

Maite: Deixa eu ver.... Hum... custou caro! Oito mil duzentos e trinta e três beijos! Acha que consegue me pagar logo?

Anahí: Deixa de ser boba amor... me fala o preço!

Maite: É o preço! Está aqui no site! E eu quero que comece a pagar a patir de agora!

Ela tirou as flores da minha mão e colocou do lado da cama. Segurou meu rosto e começou a me beijar. Nossa, como eu amo o beijo dela! A lingua dela se enroscava na minha e dava voltas. Eu explorava a boca dela como se fosse o primeiro beijo, como se eu nunca tivesse beijado na vida. Aliás, eu fazia isso sempre. Ela não tentou tirar minha roupa e eu também não queria isso, não me sentia preparada ainda!

Meu celular tocou avisando mensagem e eu interrompi o beijo, poderia ser minha mãe...e era.

Anahí: "Filha, tirei férias para a semana que vem! Já tem a data da viagem"

Maite: Tudo perfeito!

Anahí: É mesmo!! Vou digitar! - comecei a escrever : "Que ótimo mãe! Estou enviando a passagem por e-mail! É para segunda!!!! Obaaa que bom que você vem!!! Quero muito você aqui mãe! Beijos te amo!"

Maite observava eu escrever e acariciou meu rosto.

Maite: Será que minha sogrinha vai me aceitar?

Anahí: Bom, ela sempre soube que eu te amo né? - eu disse rindo.

Maite: Acho que vai ficar mais fácil então! Ela gostava de mim?

Anahí: Gostava, mas nada muito forte... via as novelas comigo e não reclamava quando eu ouvia suas músicas... nem das milhares de fotos que tenho sua pelo meu quarto!

Maite: Que linda!!

Anahí: Quando você ver meu quarto, vai achar que é de uma namorada obsessiva - eu ri e ela também - mas eu era apenas uma fã louca!

Maite: Não meu amor... era meu amorzinho já, sempre foi... - me dando outro selinho.

Voltamos a nos beijar.

Ela me levou para banho e tomamos banho juntas. Apesar de estarmos nuas, ela não foi maliciosa comigo durante o banho, me respeitou muito.

Fomos até o quarto e ela me deu uma roupa para eu vestir e ficar em casa.

Maite: Amor... Você quer escolher uma roupa minha para ir ao show ou quer ir na sua casa?

Anahí: Melhor ir em casa, não quero incomodar...

Maite: Deixa de besteira! Porque você tem falado tantas besteiras hoje? Todas minhas roupas são suas! Agora pra Dulce eu quero ver se ela quer emprestado... - deu risada - Minhas roupas não são dela, eu só empresto! Pode escolher aí que eu ja volto.

Comecei a olhar as roupas enquanto ela foi na sala. Peguei um vestido preto liso, ele era simples mas era lindo. Dulce voltou toda contente.

Dulce: Juro que eu não aceitei de primeira! - disse rindo - Mas bem que eu queria ter a oportunidade de vestir roupas da uma estrela!

Maite: Para com isso Dul! Olha... vem ver as roupas! Tem algumas aqui que são da minha linha de roupas... - mostrando no cabide.

Dulce: Quero usar esse azul! Muito lindo!

Maite: Perfeito! - olhou para mim - Já escolheu amor?

Anahí: Já! - mostrei o vestido.

Maite: Que linda!!

E assim começamos a nos arrumar... Apesar de pensar em tudo o que aconteceu, eu me animava um pouquinho.