Fanfic: Dust-Lucky to Unlucky | Tema: The Walking Dead
Assim que abre os olhos, Diana coloca as mãos na frente do mesmo, com o propósito de impedir a luz do sol que vinha da janela de atingir seu olho. Ela vira seu corpo contra a janela e tem a visão mais linda do seu dia. Stuart ainda dorme, seu cabelo longo e preto cobre seus olhos. Delicadamente, Diana estica a mão e coloca o cabelo do amado no lugar.
Stuart acorda, e se estica em direção a ela. Ele lhe dá um beijo calmo e rápido. Seguido de um sorriso.
— Bom dia querido. — ela fala. — Como está se sentindo?
— Melhor do que ontem. — ele fala se sentando na cama. — Aquela dor de cabeça estava me matando.
— É melhor não fazer muito esforço... Deite-se e aproveite o seu domingo. — Diana fala, se levantando. — Eu irei preparar para você um café.
Ela abre a porta do quarto e caminha no corredor até a cozinha. A casa de Diana só tem um andar, é pequena já que ela e Stuart não ganham o suficiente para comprar uma casa maior. Ao chegar na cozinha, ela coloca água e café na cafeteira e a liga, abre o armário e pega um pote de biscoitos.
Sobre a mesa da cozinha, tem um rádio, ela o liga e começa a tocar There`s to much love, Belle e Sebastian. Aquela música lenta a acalma enquanto passa manteiga no pão.
Uma batida na porta.
Uma batida mais forte do que o normal. Seguida de mais duas batidas.
— Quem está ai? — ela pergunta, andando calmamente até a porta. Outra batida é escutada. — Não estou brincando, se forem crianças idiotas, é melhor saírem daqui.
Ela coloca o olho no "olho mágico". Nada. Mais ainda com o olho ali, alguém bate na porta, a assustando. Ela se afasta um pouco da porta e a abre.
Assim que o faz, uma mão segura sua perna, ela não sabia imediatamente o que era aquilo, mas parecia uma pessoa... Uma pessoa deformada. As mãos eram magras e podres, a boca possuía um corte enorme e os dentes eram sujos. A criatura parecia ser uma mulher, mas a falta de pernas assustou Diana. Diana bateu a porta na mão da criatura, que soltou sua perna. Ela trancou a porta e com um grito se encostou na mesma.
Um tiro vindo do quarto a preocupou. Ela correu até o mesmo e seu olhar logo foi até a janela, tinham várias daquela criatura lá. Stuart tinha uma pistola em sua mão.
— Corra Diana. — ele gritou, enquanto dava tiros nas criaturas, mas nada as matava.
Um deles conseguiu pular a janela, e logo os outros o seguiram. Diana saiu do quarto e Stuart saiu logo atrás dela, trancando a porta. Mais criaturas apareceram na porta do corredor, o que os fez correr para o banheiro. Stuart trancou a porta do banheiro, mas muitos deles já tinham entrado na casa. As criaturas se espremiam na porta do banheiro e algo dizia que eles não demorariam a conseguir entrar. Stuart revira o banheiro em busca de uma saída. O basculante.
— Suba Diana. — ele diz.
— Não vou te deixar aqui.
— Estarei logo atrás de você. — ele diz, abrindo o vasculhando e a ajudando a subir.
Diana se espremeu na saída e caiu do lado de fora, estava no quintal. Ela olhou para o basculante, aonde Stuart tentava sair, mas era muito apertado para ele. As batidas na porta ficaram mais fortes e a porta começou a ceder, as criaturas começaram a fazer buracos na porta. Stuart olhou para Diana sabendo o que viria.
— Eu te amo... — foram as últimas palavras antes que Stuart fosse puxado para dentro do banheiro.
Diana gritou e uma lágrima desceu pelo seu rosto. Mais uma criatura surgiu de detrás da casa e seu reflexo foi correr pro lado oposto. Ela chega na frente da casa, e corre até o meio da rua. Foi ai que ela viu o caos do lado de fora. Muitas das criaturas invadiam casas, pessoas corriam com machados, homens sendo devorados. Diana percebeu que as coisas estavam piores do que ela podia imaginar. Algumas das criaturas perceberam a presença dela e começaram a andar em sua direção. Ela correu o mais rápido que pôde, até chegar a uma esquina onde tinham dois caminhos. Olhou para um lado e tinham muitas criaturas para seguir por ali. Olhou para o outro e não teve nem tempo de gritar.
Um carro a atingiu e seu corpo caiu no chão.
(...)
Diana abriu os olhos e sentiu seu corpo em movimento, sentou-se e não demorou muito até que percebesse que estava dentro de um carro. Sua cabeça doía, olhou para os bancos da frente e viu dois garotos, um parecia ser mais velho, tinha aparência de ter vinte e cinco anos. O outro devia ter dezessete. Ambos eram negros, o mais velho tinha o corpo um pouco mais forte que o mais novo, que era bem magro. O mais novo usava um uniforme de um colégio perto dali.
— Não faça muito esforço. — diz o mais novo, estendendo a ela uma garrafa pequena de água. — Beba.
Ela aceita e bebe da água.
— Desculpe eu ter te atropelado. — disse o mais velho, com um sotaque americano. — Não sou muito bom motorista.
— É, eu percebi. — Diana diz, forçando um sorriso. — Minha cabeça está doendo, não sei o que está acontecendo... — e neste momento, vem em sua mente a cena de Stuart sendo puxado para dentro do banheiro, o que aquelas coisas fizeram com ele?
— Na verdade, nós também não sabemos o que está acontecendo. — o mais velho diz. — Eu estava dormindo quando recebi um telefonema do meu irmão desesperado dizendo que alguns de seus amigos estavam tentando mata-lo. Meu impulso foi pegar uma arma e ir até lá ver o que estava acontecendo, foi quando percebi que era mais sério do que parecia. Eu atirei neles... Matei pobres adolescentes.
— Eles estavam fora de si. — o mais novo fala. — Se não tivesse os matado, eles teriam nos matado. — o mais novo olha para Diana. — Ainda não sabemos seu nome.
— Me chamo Diana. — Diana fala, bebendo mais um gole da água.
— Eu sou Noé, — o mais novo diz. — E esse é Noah, meu irmão mais velho.
— São o mesmo nome, mas em línguas diferentes. — Diana fala.
— Nossos pais nasceram nos Estados Unidos, e o Noah nasceu lá também. Mas eles se mudaram para o Brasil e o Noah ficou com nossos tios. — Noé explica, calmamente. — Eu nasci aqui. A poucos dias atrás nossos pais morreram e ele teve que vir para o Brasil.
— Oh, aquelas coisas... — Diana começa a falar, mas para e começa a lacrimejar. — Mataram meu marido.
— Meus amigos se transformaram naquelas coisas... — Noé fala. — Vermes...
— Infectados. — Disse Noah, sem tirar os olhos da estrada. — Eu fiz uma pesquisa uma vez sobre fungos, entre estes fungos tinha um em especial, que matava os insetos mas faziam seus corpos continuarem funcionando. Se esse fungo for o causador de tudo isto, eles estão se alimentando dos humanos e os fazendo se alimentar de outros humanos. Assim o corpo nunca morre e o fungo também não.
— Mas que merda! — Noé exclama. — E o que faremos agora? Morremos devorados por aquelas coisas? Ou nos tornamos pragas que nem eles?
— Pragas... Eles são pragas. — Noah diz. — O fungo cresce nas criaturas e apodrecem seus dentes e unhas. Provavelmente seja assim que eles se multipliquem.
— Um deles segurou a minha perna. — diz Diana. — Oh meu Deus, me tornarei um deles?
— Não sei... — Noah diz, e olha para o painel do carro. A gasolina está acabando. — Vamos ter que descer e empurrar, Noé. Estamos muito longe da cidade, deve ter um posto por aqui.
Eles descem do carro e o empurram. Depois de alguns minutos chegam em um posto, mais dois carros estão parados neste posto. Diana sai do carro e percebe que sua perna esquerda dói. Ela levanta sua calça e vê que uma pequena parte de seu tornozelo está arranhado, e junto com o sangue, um verde podre se estabelece.
— Quem são vocês. — pergunta um homem moreno, jovem, com a barba por fazer, enquanto caminha até eles segurando uma espingarda.
— Talvez você deva dizer quem é você. — Diz Noé, tirando uma pistola de seu cinto e apontando para o outro homem.
— Solte a arma moleque. — diz uma mulher negra de cabelo corto, ela é magra e tem curvas pelo corpo. Ela segura um rifle e o aponta para Noé.
Noah tira uma pistola de seu cinto e aponta para ela. Um homem que aparentava ter quarenta anos e usava uma roupa de cowboy surgiu segurando uma espingarda, depois dele surgiu uma garota ruiva e baixinha segurando uma pistola e um garoto que parecia ter quinze anos segurando também uma pistola, ele parecia ter medo.
— Parece que vencemos. — disse o homem moreno, Noah e Noé jogaram suas armas para ele. — Ótimo. Nós não queremos brigar, só não queremos ser roubados.
— Não vamos rouba-los. — diz Noah.
— A sua amiga tem um machucado na perna. — diz a mulher ruiva.
— Ela foi arranhada.
— Então devemos sacrifica-la. — Fala a mulher negra, olhando friamente para Diana.
— Não! — a ruiva grita. — Devemos arrancar a perna dela. Podemos colocar uma prótese de madeira no lugar.
— Isto daria muito trabalho. — a mulher negra diz. — O que ganharíamos depois?
— Quanto mais aliados melhor. — a ruiva diz.
—Minha filha tem razão. — o cowboy fala.
— Você sempre dá razão para ela, seu velho idiota. — novamente a mulher negra retruca.
— Ela tem razão, Dalila. — o homem moreno diz, e Dalila o olha incrédula. — Se conseguíssemos tirar a perna dela antes do vírus se espalhar, isto quer dizer que poderíamos nos salvar caso sejamos mordidos ou arranhados.
— E ai fica todo mundo perneta e sem os braços para lutar contra um monte de infectados? — Dalila pergunta.
— Será só um teste. — o homem moreno fala.
Todos entraram em uma das lojas do posto de gasolina. Deitaram Diana em uma mesa e a garota ruiva procurou por algo nas prateleiras.
— Antes de fazerem isto, preciso saber se têm noção do que estão fazendo. — Noah pergunta.
— Minha filha está na faculdade de medicina. — o cowboy fala. — Isto não faz muita diferença agora, mas lhe garanto que ela sabe o que está fazendo.
— Eu me chamo Bill. — o homem moreno se apresenta para Diana. — É só para caso você morra... Saber seu nome seria legal.
— Me chamo Diana. — Diana responde. — E não pretendo morrer agora.
— Eu sou Dalila. — a mulher negra se apresenta. — O velho cowboy é o Bart, o loiro ali é o André. — Dalila fala apontando para o garoto loiro e jovem do lado de fora da loja.
— Somos Noah e Noé. — Noah fala.
— E eu me chamo Anabeth. — a ruiva diz. — Mas pode me chamar de Beth. — por alguns segundos, Beth olha nos olhos de Diana e um sorriso brota das bocas das duas. — Vou aplicar isto em você — ela mostra uma seringa — É para que não sinta dor... Você ficará inconsciente e quando acordar, estará sem uma perna.
Beth aplica o líquido na seringa em Diana. E ela começa a ver tudo em sua volta turvo. Bill entrega nas mãos de Beth uma serra, e ela começa a serrar a perna esquerda de Diana, mas a loira não sente nada. Só uma forte dor de cabeça antes de um desmaio.
A dor mesmo ela sentiu quando acordou. Levantou com a zoada de um trovão e um raio. Se virou e tentou se levantar, mas a falta de sua perna esquerda a fez cair. Zoadas de tiro a assustaram, a porta foi aberta bruscamente e Noah entrou, carregou Diana no colo e correu com ela até o lado de fora durante este caminho ela pôde ver um grupo de infectados indo em direção aos outros, Bill, André e Bart atirarem contra eles. Dentro de um dos carros, Beth gritava desesperada para que eles três entrassem no carro, eles correram até o carro em que ela estava no volante e muitos infectados os seguiram. Noah entrou no outro carro com Diana no colo. No banco da frente, Noé estava no banco do carona e Dalila no volante.
— Espera... — Noah grita. — Não dirige ainda, têm muitos infectados em volta do carro deles.
— Não podemos esperar. — Dalila fala. — Eles podem perceber nossa presença e vir atrás de nós.
— Eu não vou deixar ninguém morrer por conta da sua arrogância. — Noah grita, e sai do carro.
Ele atira em direção aos infectados e eles o perseguem. Ele continua atirando, mas as balas acabam. Ele corre em direção do carro aonde os outros estão, mas um dos infectados o alcança. Ele o morde no pescoço e os dois caem no chão, em menos de um segundo os outros infectados os alcançam e fazem do seu corpo um banquete. Arranham sua pele e abrem suas costas com mordidas. A carne começa a ser mordida e depois de alguns segundos, seu corpo já não se mexe mais.
—Noah! — Noé grita, as lágrimas começam a brotar de seus olhos, ele tenta sair do carro, mas Dalila trava a porta. — Abre esta merda!
— Se você for lá, só será um cadáver a mais! — ela grita.
Bill começa a dirigir o carro e Dalila o segue com o segundo carro.
— Meu irmão! Sua desgraçada! — Noé grita. — Tudo isso é culpa sua e da sua arrogância.
— Não sou arrogante, só sou realista! — Dalila grita. — Ele saiu do carro porque foi idiota!
— Sua puta! — Noé grita, e dá um tapa na cara de Dalila.
— Não encoste nem mais um dedo em mim, seu nojento! — ela grita. — Só não te bato agora por que estou no volante.
Diana se sentia desconfortável. A dor na sua perna era insuportável. Ela só se deitou no bando de trás e deixou que a dor a fizesse desacordar.
(...)
Diana acordou pela quarta vez naquele dia. Na verdade ela não tia certeza se ainda era o mesmo dia. A lua estava enorme, e clareava a janela do carro. Ela se sentou no banco e abriu a porta. Bill correu até o carro e a ajudou a andar até dentro de um celeiro no meio da estrada.
— Que lugar é este? — Diana pergunta sentando-se em um pedaço de feno. Todos ali então sentados em um semicírculo, menos André, que os observa de longe. Bill fecha a porta do celeiro. O lugar é iluminado por duas lamparinas. — Não é muito seguro.
— Mas foi o que conseguimos encontrar. — Bill fala.
— Se não gosta do estabelecimento, se retire mocinha! — Dalila exclama.
— Dalila! — Bill a olha sério.
Diana observa Noé. Ele está cabisbaixo e parece triste. André sai de onde está e se senta ao lado dele.
— Cara... Não fica assim. — André diz, o abraçando. — Pensa que ele morreu como um herói.
— Eu podia ter ajudado ele! — Noé diz. — Mas não o ajudei, graças a Dalila.
— Não foi minha culpa se seu irmão era um idiota! — Bill a puxa pelo braço.
— Já estou cansado das merdas que você fala! — ele grita. — Então é melhor calar a boca se não quer virar comida para os infectados.
Dalila se cala.
Beth se senta ao lado de Diana.
— Vocês se conheciam a muito tempo? — Beth pergunta.
— Não... Nos conhecemos hoje mesmo. — Diana responde, colocando seu cabelo loiro para trás da orelha. — Ele meio que me atropelou... Mas me salvou ao mesmo tempo. — Beth a olha confusa. — Depois que perdi meu marido, tudo ficou confuso, eu sai correndo feito uma louca, eu sinto que vivaria comida para estes monstros se ele não me tirasse de lá... — Diana começa a chorar. — Perdi duas pessoas importantes em um dia só...
Beth a abraça, e beija sua cabeça.
— Vai ficar tudo bem. — Beth fala, acariciando o cabelo da loira. — Nós vamos sair dessa.
— É melhor dormirmos na parte de cima, caso as criaturas nos ataquem durante a noite. — Diz Bill.
— Eu acho que alguém deve ficar na guarda. — Diz Bart. — Pode ser eu, depois de tantas coisas acontecendo de uma vez só, não conseguirei dormir.
— Tudo bem... — Bill fala. — Os outros, acho que devemos descansar. Tem uma cidade aqui perto, e precisamos estar bem acordados quando fomos lá.
Todos concordam e sobem a escada até a parte de cima do celeiro. Bart fica na parte de baixo. Noé se deita sozinho, André também. Dalila e Bill se deitam juntos. Diana se deita e Beth se deita ao seu lado.
— Eu não posso descrever o quanto estou triste. — Diana fala. — Mas toda essa confusão em minha cabeça é a pior parte. Porque isso tudo está acontecendo tão repentinamente?
— Não está acontecendo... — Beth fala segura de si. — Já aconteceu, os humanos não souberam cuidar do que lhes foi dado e seu castigo foi esse... O que “está acontecendo” é só o efeito colateral disso tudo.
— Mas as pessoas boas tem que pagar pelo que as outras fizeram? —Diana pergunta.
— Vai ver, não existam pessoas boas...
— Eu não tenho uma perna, isto é só um principio para que me usem como isca. — Diana fala.
— Não deixarei eles te usarem como isca. — Beth fala. — Não se preocupe, vou te proteger. E amanhã mesmo eu irei confeccionar uma perna de madeira para você. Aposto que na cidade devem ter materiais suficientes.
— Por que está sendo tão ótima comigo? — Diana pergunta, e Beth sorri para ela. As duas se olham nos olhos, um silencio e uma calma se põe entre as duas.
— Eu gostei de você. — Beth fala, chegando mais perto de Diana. — Muito...
Autor(a): thefreak
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