Fanfic: O Pai Ideal AyA (Terminada)

Depois de alguns dias, em uma das expedições oficias para a cidade mais próxima para comprar mantimentos, Poncho passou o tempo todo tentando conseguir uma ligação internacional, mas foi em vão. Tentou conseguir uma ligação várias vezes naquele mês, usando todas as folgas que conseguiu, até desistir.

— Se não queria que eu voltasse para participar do terceiro ano do projeto, então, por que me disse para eu ir, doutora? Levávamos semanas para poder enviar e receber cartas, e eram sempre censuradas. O que eu poderia fazer? Então achei que ela devia ter conhecido outra pessoa e não quis me contar pessoalmente.

Podia ser imaginação sua, mas achou que a médica estava um pouco mais simpática com ele.

— E ela encontrou outra pessoa?

— Não sei. Não estava casada quando voltei.

— Vocês ainda mantêm contato?

— Não. Encontramo-nos para um almoço e... — Fora um verdadeiro desastre. — Não tínhamos nada a conversar.

A Anahí que o encontrou para almoçar não se parecia em nada com a Anahí com quem Poncho se casara, ou com a Anahí que estudara com ele. Não era tão suave, nem o olhava do mesmo modo transparente. Os advogados eram assim. No entanto, Poncho chegara a pensar que poderiam ter uma chance e recomeçar, sem que Freddie se intrometesse na vida deles e desse palpites o tempo todo.

Eles haviam pedido os drinques e Anahí estava tão fria quanto o gelo de seu cálice. Poncho já imaginava como suportaria o almoço, quando o bip apitou. Era apenas o aviso de que a bateria estava fraca, mas ele aproveitou como desculpa para fugir do ambiente hostil. A médica escrevia sem parar, mas ele não se importou.

— Você é mulher; o que acha que houve?

— Minha opinião não é relevante.

— Claro que é. Nenhum outro psicólogo jamais perguntou sobre Anahí.

— Não posso especular, mas qualquer pessoa perceberia que uma longa separação prejudica o relacionamento. Vocês mal tinham um relacionamento para sustentar.

— Tínhamos, sim. Saímos durante os anos em que estávamos estudando. — Seu sorriso desapareceu. — Eu estava um ano à frente dela. Nós nos conhecemos quando eu era assistente de laboratório da turma dela nas aulas de botânica. Jamais saí com outra mulher depois que a conheci.

— E nunca voltou a se casar.

— Não, mas não creia que ainda estou apaixonado por Anahí. Não me casei porque não conheci nenhuma outra pessoa com quem tivesse tido vontade de me casar. Não tenho nada contra o casamento, nem contra mulheres — acrescentou para garantir que a médica não fizesse mal juízo.

comentem plixxxx.....