Fanfic: O Pai Ideal AyA (Terminada)

Anahí estava protestando apenas por protestar. Não acreditava que poderia sair da reunião sem conversar com Poncho em particular. Só desejava ocultar seus sentimentos, tanto os bons quanto os maus. Não deveria sentir nada por ele. Até naquele momento, Poncho fazia questão de deixar claro que o trabalho vinha sempre em primeiro lugar.

Os dois não conversaram até chegarem ao bar do hotel, o que deu a Anahí tempo para recuperar o equilíbrio.

Ela pediu uma xícara grande de café, com açúcar, e ele, café puro. Os dois levaram as xícaras até uma mesa de mármore, pequena demais para manter a distância que Anahí desejava. Sentando-se na incômoda cadeira com costas de ferro, ela tomou um gole e esperou até que o açúcar e a cafeína fizessem efeito.

Poncho fitou-a com intensidade, e ela desviou o olhar.

—  Como você tem passado, Anahí?

—  Quer saber hoje, ou todos esses anos?

Poncho tomou um gole de café, colocou a xícara a sua frente e girou-a até que o logotipo do hotel ficasse virado para ele, então apoiou os cotovelos sobre a mesa.

—  Vamos começar falando de hoje.

Anahí não queria começar a falar, pois estava perturbada com a presença dele. Sabendo que estava demonstrando mais do que gostaria, forçou-se a sorrir, fingindo tranqüilidade.

—  Hoje foi um grande desafio.

—  Espero que não tenha sido por minha causa.

—  Só se foi o responsável por me convocar para essa reunião, avisando-me apenas com quatro horas de antecedência.

—  O projeto deve começar daqui a duas semanas. Tenho muito trabalho a fazer antes disso.

—  Foi você quem me chamou para a reunião — afirmou, espantada.

Poncho continuou impassível.

— Aposto que também foi o responsável por insistir que eu representasse a Eduplaytion. — Poncho era responsável pela maior oportunidade de sua carreira. — Como pôde?

— Não retornou meus telefonemas e eu precisava vê-la.

—  Agora já me viu. Adeus. — Ficou em pé, mas Poncho segurou-lhe o pulso.

—  Fique. Por favor. Curiosa, Anahí sentou-se.

—  Diga-me como conseguiu que concordassem.

—  Sou dono da Engenharia de Nutrição.

—  Entendo. E apresentou um contrato fabuloso à minha empresa, exigiu que eu participasse do projeto, depois não nos deu tempo suficiente para nos prepararmos apenas para me humilhar? Não bastou o que fez da outra vez?

— Annie, não é nada disso — afirmou, alarmado.

—  Os outros sabem?

—  Sabem do quê?

— Que o contrato só seria assinado com a condição que eu participasse?

—  Meus funcionários sabem. Não sei se mencionaram para a equipe da Nasa.

— Ótimo. — Fechou os olhos lembrando dos olhares e comentários, e o modo como Poncho fitou-a durante todo o tempo. Anahí abriu os olhos. — Você me colocou em uma posição delicada.

—  Eu lhe dei uma oportunidade fabulosa.

— Que todos sabem que não conquistei por mérito. — Anahí percebeu que ele não tinha pensado nas conseqüências de sua atitude. O que era natural pensando em Poncho.

Ele tomou um gole de café e disse, cauteloso:

— Achei que todos entenderiam que queria você por ser a melhor.

— Na verdade, sou mesmo — afirmou, encarando-o.

comentem plixxx.....