Fanfic: O Pai Ideal AyA (Terminada)

Enquanto ouvia os detalhes do que parecia ser o final do casamento de Freddie, Anahí quis demonstrar solidariedade, mas não podia deixar de pensar em como seria afetada. Hunter representaria a figura paterna para o filho, que estava gerando. O que aconteceria se Freddie e Hunter se separassem?

No mesmo instante, Anahí ficou com vergonha de si mesma e de seu pensamento egoísta. Freddie estava sofrendo e deveria preocupar-se coma amiga.

—  O que pretende fazer, Freddie?

—  Estou seguindo-o.

—  Oh, Freddie, isso é terrível!

— Não. Estou tentando conhecê-lo. Hunter falou que não nos conhecíamos... O problema é que ele não está tentando me conhecer. Ele está tentando conhecer outra pessoa! E ela... ela é loira! Vou reconquistá-lo, Annie. Eu juro. E quero que me ajude.

—  Claro!

—  Obrigada. — Freddie segurou a mão da amiga. — Você é uma boa garota, e não queria envolvê-la em meus problemas, mas achei que devia lhe dizer porque nossos planos sobre a gravidez terão que esperar. Isso se você ainda estiver interessada em ter nossos filhos na mesma época.

Anahí ficou calada.

— Sinto muito, Annie. Sei que estava animada com a idéia de conseguir um doador, mas não... não deve demorar muito.

Anahí engoliu em seco.

— Não está comendo seu sanduíche. — Freddie empurrou o prato para perto de Anahí.

Anahí afastou-o.

—  Acaba de me dizer que seu marido está tendo um caso e espera que eu sinta fome?

—  Já terminei com as más notícias. Pode comer agora.

— Está bem. — Anahí observou o sanduíche cheio de molho. Pegou-o e deixou-o no prato logo a seguir. — Talvez daqui a pouco. Ainda estou preocupada com você.

Encarou Freddie, que a fitava com sua costumeira expressão de advogada.

—  Está grávida, não é?

—  Como sabe?

— Quando fica aborrecida, você come. Quando está feliz, idem. Quando está de dieta, a mesma coisa. Não está comendo, portanto, é evidente que está grávida.

Era por isso que Freddie era uma das melhores advogadas em Houston.

—  Não estou certa?

Anahí não devia sentir-se tão feliz quando a amiga estava triste, mas concordou, incapaz de conter o sorriso.

—  Oh, Annie! Estou exultante por você! — Assoprou o nariz no lenço.

— Freddie, as coisas darão certo para você também. Freddie enxugou o rosto, limpando parte da maquiagem.

— Não se eu continuar chorando assim. Pode imaginar se isso acontecesse em um tribunal?

—  De jeito nenhum. Freddie conseguiu sorrir.

—  Estou felicíssima por você, acredite. Foi rápido, não foi? Estávamos escolhendo possíveis doadores algumas semanas atrás. Na verdade, achei que tivesse que ter várias consultas com os médicos, e preencher formulários, e checar temperaturas do corpo... Pensei que fosse demorar alguns meses.

—  Estive verificando a temperatura de meu corpo.

—  Entendo. Qual foi o doador que escolheu? Não foi o levantador de pesos?

— Não, não foi ele.

Freddie fitou-a, aguardando. Anahí também a olhou, mas não era tão boa naquilo.

— Ele tinha cabelos pretos e olhos castanhos, Annie?

—  Sim.

Freddie piscou, e Anahí ficou corada.

—  Oh, Anahí... ele já sabe?

Anahí negou com um movimento da cabeça.

— Precisa contar-lhe.

— Por quê?

— Você sabe o motivo,

— Não sei, não. É meu bebê. Poncho não se importa. Está naquela estúpida biosfera!

—  Talvez não estivesse lá se soubesse que espera um filho dele!

— E acha que quero Poncho nesses termos?

— Sim, acho que quer.

— Não sei...