Fanfic: O Pai Ideal AyA (Terminada)

Após tentar dormir durante duas horas, Anahí acendeu as luzes.

- Está bem!

Colocou os chinelos, foi até o escritório e digitou a mensagem, irritada: "Acho maravilhoso fazer diferença na vida de alguém. Gostaria de ter feito diferença na sua".

Assim que enviou o e-mail, Anahí soube que tinha cometido um erro, mas não tinha como consertá-lo. Ficou sentada, olhando para a tela do computador. Quando sentiu o bebê chutando dentro de sua barriga, sorriu e colocou as mãos sobre o ventre.

- Querido, mamãe acabou de cometer um grande equívoco. A pergunta é: como seu pai irá responder?

Poncho leu o que Anahí escreveu, foi para a sala de ginástica e praticou quarenta e cinco minutos nos aparelhos. Anahí jamais o perdoaria por tê-la abandonado.  Ele a tinha perdido.

Depois de tomar um banho, Poncho voltou para a frente do computador, irritado. Ela sempre falava de seus erros. Já tinha passado muito tempo e deviam superá-los. Então, ele digitou: "Você me perdoa?".

Mandou a mesma mensagem todos os dias, durante uma semana. Se fosse preciso, pediria desculpas todos os dias. No entanto, não foi preciso. No domingo, enfim, chegou a resposta de Anahí: "Está bem".

- Já contou a ele? - perguntou Freddie, que estava ajudando Anahí a decorar o quarto do bebê.

As duas pregavam o papel de parede.

- Não.

- Por que não?

- Porque os últimos meses foram maravilhosos.

- Maravilhosos como?

- Poncho está mais atencioso comigo do que nunca. Mais atencioso até do que quando estávamos noivos.

- Ele manda alguns e-mails e você chama isso de atenção? - Freddie colou a faixa com cuidado.

- Ele me escreve todos os dias. Falamos de tantas coisas. E está prestando atenção a mim porque quer, não por eu estar esperando um filho dele.

- Mas você está esperando um filho dele.

- E ele não sabe disso.

Freddie tirou algumas rugas do papel e desceu da escada.

- Não acredito que tenha comprado essa faixa com os patos.

- Os patos são bonitinhos.

- Muito amarelo para uma criança.

- Há também azul e branco. Não é todo amarelo. - Entregou outro pedaço a Freddie.

- O azul é a única cor que salva este quarto. Se não tivesse azul, não viria até aqui para ajudá-la.

- Obrigada, Freddie.

- Então, quando dirá a ele?

Anahí riu. As táticas de Freddie não funcionavam mais. Já sabia que a pergunta viria há tempos.

- Depois do nascimento do bebê.

- Quanto tempo depois?

- Não sei. A princípio, achei que seria horrível para ele saber que eu estava grávida e não poder segurar o próprio filho, mas agora... - Suspirou. - Não sei. Além disso, gosto de receber os e-mails de Poncho. Gosto de como está nossa relação. Quando ele souber sobre o bebê, tudo mudará. Ele irá imaginar por que não contei antes e me acusará de estar punindo-o.

- Bobagem.

- Olhe, Freddie, não tenho orgulho do que estou fazendo. Poncho ficará irritado e... não quero que pare de me mandar as mensagens por estar zangado comigo.

- Devia ter decorado isso com galinhas em vez de patos. Covarde!

- Mas... e se Poncho disser "parabéns" e agir como se nada tivesse acontecido?

- Acha que isso é possível?

- Talvez não. - Passou as mãos pelos cabelos. - Não sei! Nunca me senti tão ilógica em toda minha vida! . - São os hormônios. Sabe, uma boa conversa iria esclarecer tudo entre vocês.

- Eu sei, mas não quero ter essa conversa. Freddie suspirou.

- Sabia que deveria ter batido na cabeça de vocês.