Fanfic: In Bed Wíth A Highlander (HERRONI) | Tema: Herroni
Ela se encolheu com o rugido do laird que veio de baixo e atravessou a porta do quarto. Alfonso gritou alto suficiente para abalar as vigas. Com um aceno de cabeça, ela pegou o pente e fez um rápido trabalho nos cabelos emaranhados. Não conseguia mover o braço esquerdo por causa do ferimento, então demorou um pouco mais para trançar seus cabelos.
— Maite, venha rápido! Ela soltou o pente e fez uma careta. Senhor, o homem era impaciente.
Depois de mais uma ajeitada no vestido, desceu as escadas. Quando ela chegou ao andar de baixo, viu Alfonso em pé no meio da sala, com os braços cruzados sobre o peito e uma profunda carranca.
Ao seu lado, estavam Arthur e Magnus junto de Gannon e Cristian. Outros homens de Alfonso estavam sentados em torno das mesas e olhando com grande interesse para a confusão. Maite parou na frente de Alfonso e sorriu recatadamente para ele.
— Você me chamou, laird? Alfonso olhou para ela mais sério ainda. Então, passou a mão pelos cabelos e olhou para o céu.
— No decorrer da última hora, você roubou um cavalo e de alguma forma deixou meus estábulos sem um encarregado. Gostaria de explicar isso, moça?
— Eu acabei com uma briga. – ela disse. – E quando descobri que o homem que cuidava de seus cavalos era o mesmo que maltratava animais, laird, eu resolvi a situação.
— Você não tem autoridade para resolver nada. – Alfonso disse, firmemente. – Suas funções são muito simples. Obedecer-me e não interferir com o funcionamento da fortaleza.
O peito dela se apertou. A humilhação queimou suas faces quando Maite voltou o olhar para todos os homens ali reunidos. Ela viu simpatia na expressão de Gannon, mas não encontrou nenhum apoio em Cristian. Não querendo ser mais humilhada, voltou-se e caminhou rigidamente para fora do salão.
— Maite! – Alfonso rugiu.
Ela o ignorou e caminhou mais rápido. Contornou as escadas e saiu por uma das portas que levava ao exterior. Odiosos. Impossíveis. Intratáveis. Todos eles. Eles a acusaram de ser maluca, mas este era o clã mais estúpido que conheceu. Lágrimas de raiva queimaram seus olhos. O crepúsculo já havia caído sobre o castelo, cobrindo-o com tons de lavanda e cinza. O frio a abrangia, mas Maite nem sentia e se afastou do pátio vazio. Um dos guardas chamou sua atenção, mas ela acenou e disse que não tinha a intenção de ir longe.
Só precisava caminhar um pouco. Longe dos gritos de Alfonso e da censura em seu olhar. Manteve-se perto da parede da torre, procurando um lugar que oferecesse privacidade e segurança. Lembrou-se da velha casa de banhos atrás da torre. Entrou por uma porta baixa e sentou-se em um dos bancos. Finalmente, um lugar longe do resto do clã, onde poderia chorar e lamentar o vergonhoso comportamento de seu marido.
Era importante que Alfonso não corresse atrás de sua esposa, especialmente na frente de seus homens. Era óbvio que a moça não tinha ideia do que tinha aprontado. Resolveu dar-lhe um tempo para se acalmar e então explicaria as coisas. Alfonso voltou-se para os homens que estava atrás dele. Gertie já estava colocando o jantar na mesa e, a julgar pelo cheiro, havia carne fresca que um dos homens trouxe da caçada.
— Tenho minha posição de volta, laird? – Arthur perguntou.
Alfonso concordou, cansado.
— Sim, Arthur. Você é um dos melhores com meus cavalos. No entanto, já tive brigas suficientes entre você e Magnus e é obvio que isso perturba a minha senhora.
Arthur não parecia feliz, mas balançou a cabeça e correu para tomar seu lugar à mesa. Magnus quis zombar de Arthur, mas o olhar de Alfonso o deteve. Ele também tomou seu lugar ao lado de Arthur. Alfonso então se sentou e foi seguido por seus homens. Quando Maddie começou a colocar comida nos pratos, ele a deteve.
— Quando terminar de servir os homens leve uma bandeja até sua senhora. Ela está em seu quarto e não quero que fique sem jantar.
— Sim, laird. Farei imediatamente.
Meia hora depois, no entanto, Maddie correu para dizer que sua esposa não estava no quarto. Alfonso percebeu que foi um erro acreditar que sua impulsiva esposa faria algo tão simples como ir para o quarto. Ela o fez sentir-se incompetente em seus esforços de mantê-la segura no castelo. Estava zangado, pois não se sentia assim desde que era um rapaz. Ele podia treinar um exercito inteiro. Podia ganhar uma batalha, mesmo que estivesse em menor número de guerreiros. Mas não conseguia controlar a moça. Ela desafiava toda a sua razão.
Levantou-se e seguiu a direção que Maite tinha tomado. Era claro que ela não subiu as escadas, então tomou a direção da porta que conduzia para fora do castelo.
—Você viu sua senhora? – perguntou a Rodrick, que estava de vigia.
— Sim, laird. Faz uma meia hora.
— E para onde ela foi? — Para a sala de banhos. Gregory e Alain estão cuidando dela. Ela estava chorando muito.
Alfonso estremeceu e soltou um suspiro. Preferia enfrentar um animal zangado às lágrimas de uma mulher. Seguiu na direção da sala de banhos. Gregory e Alain estavam fora dos muros e pareciam aliviados quando viram Alfonso se aproximando.
— Graças a Deus você está aqui, Laird. Tem que fazê-la parar. Ela vai ficar doente de tanto chorar. – disse Alain. Gregory franziu o cenho.
— Não é bom para uma moça chorar muito. Ela vai se afogar!
Alfonso ergueu a mão.
— Obrigado por sua proteção. Podem ir, agora. Eu cuidarei de sua senhora.
Os soldados não esconderam o alívio de seus rostos. Quando saíram, Alfonso ouviu os soluços vindos de dentro. Droga, ele odiava a ideia de vê-la chorar. Entrou no interior escuro e olhou ao redor, ajustando os olhos para ver na escuridão. Seguiu os sons até que a encontrou sentada em um banco ao longo da parede mais distante. A luz da lua parcialmente iluminava sua silhueta.
— Vá embora. – ela disse com voz abafada.
— Ah, moça. – ele disse enquanto se sentava ao lado dela. – Não chore.
— Eu não estou chorando. – ela disse em uma voz que indicava claramente o contrário.
— Mentir é um pecado. – ele disse, sabendo que estava provocando-a.
— Pode ser, mas gritar com sua esposa também é. – ela disse tristemente. – Você prometeu me amar. Sim, você prometeu. Mas não me sinto muito amada.
Alfonso suspirou.
— Maite, você testa a minha paciência. E imagino que vai continuar a fazê-lo nos próximos anos. Posso dizer que essa não será a única vez que gritarei com você. Se disser o contrário, estarei mentindo.
— Você me envergonhou na frente de seus homens. – ela disse com voz baixa. – Na frente do cretino de seu encarregado dos estábulos. Ele é um asno e deveria ser proibido de se aproximar de um cavalo.
Alfonso tocou-lhe o rosto e roçou atrás de sua orelha. Estremeceu quando sentiu a umidade em sua pele.
— Ouça, carinho. Arthur e Magnus têm brigado desta forma desde antes de eu nascer. No dia em que pararem de brigar, será o dia em que os enterramos no chão. Vieram falar comigo sobre o cavalo, mas me recusei a prestar um julgamento, porque isso os manteve ocupados. Se eu resolvesse o assunto, eles encontrariam outro motivo para brigar. Pelo menos, o cavalo era uma coisa bastante inofensiva.
— Eu tirei a égua de ambos. – ela disse. – Essa briga pode ser antiga, mas o animal merece algo melhor do que ser disputado por dois velhos estúpidos. Alfonso riu.
— Sim, eles me contaram que você roubou o cavalo e dispensou Arthur de suas funções. Maite se moveu em seu lugar e segurou as mãos de Alfonso entre as suas.
— Como pode um homem tão deplorável cuidar dos cavalos? Por que, Alfonso, ele colocou seu próprio cavalo no frio, sem comida ou abrigo? Você confiaria em um homem que trata seu próprio cavalo assim? Um cavalo que um dia poderá ir para a batalha?
Alfonso sorriu pela sua veemência.
— Aprecio sua determinação em assegurar melhores condições para meus cavalos. Mas, na verdade, Arthur é um mágico com os animais. Sim, ele é hostil e briguento. Também não é muito respeitoso. Mas ele cuida dos cavalos desde o tempo em que meu pai era o laird. Ele não maltratou sua égua, moça. Eu mesmo o teria repreendido, se fosse esse o caso. Ele inventou essa historia para livrar sua cara depois de ser mordido no traseiro pelo animal. Ele ama seus cavalos. São seus bebês, embora morresse antes de admitir isso. Se importa mais com cada um deles do que com outro ser vivo.
Maite deixou os ombros caírem e olhou para seus pés.
— Fiz papel de boba, não é?
— Não, moça. Maite retorceu os dedos no colo.
— Eu queria apenas achar meu lugar aqui. Ser parte de um clã. Ter meus deveres. Ser respeitada. Costumava sonhar em ter um lar e uma família. Não passava um dia na abadia sem imaginar como seria viver assim, sem medo, capaz de seguir meu próprio caminho. Maite olhou para ele e Alfonso pôde ver a vulnerabilidade brilhando em seus olhos. — Isso era apenas um sonho, não era, Alfonso?
Autor(a): taynaraleal
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O coração dele se apertou dentrodo peito. Nunca pensou no que Maite tinha passado. Foi sequestrada de sua abadia onde vivia apenas na companhia de freiras. Cresceu esperando que sua vida fosse difícil e incerta, quando tudo o queria era liberdade e alguém para amar e ser amada. Todas as suas ações e desrespeito à sua autoridad ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 170
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poly_ Postado em 27/01/2017 - 18:09:15
Tayna das suas fics a minha preferida foi essa vc escreve muito bem fanfic de época, vc podia escrever mais uma, eu iria amar
poly_ Postado em 28/03/2017 - 08:34:57
Sério? Qnd vc começar a escrever me avisa em alguma das minhas fics, já estou anciosa kkkkkkk. Bjusss
taynaraleal Postado em 28/03/2017 - 01:01:41
Oi Poly, obrigada que bom que gostou, já tenho outras em caminho, estou apenas tentando achar tempo
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Juh Santos Postado em 08/07/2015 - 21:11:05
Agora eu vou para Never Love
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Juh Santos Postado em 08/07/2015 - 21:07:55
Não pera...
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Juh Santos Postado em 08/07/2015 - 21:06:35
POSTA MAIS
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Juh Santos Postado em 08/07/2015 - 21:06:06
PARABÉNS AMOR! FOI LINDA!
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Juh Santos Postado em 08/07/2015 - 21:05:29
AINDA BEM QUE TEM NEVER LOVE, EU NÃO AGUENTARIA O FIM.
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Juh Santos Postado em 08/07/2015 - 21:04:39
EU FIZ UM COMENTÁRIO GIGANTE NO DIA DO FIM, MAS O NEGÓCIO TEM QUE BUGAR E NÃO CARREGAR -_-
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Juh Santos Postado em 08/07/2015 - 21:02:59
SAUDADE DESSA FANFIC QUE FOI MARAVILINDA
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Juh Santos Postado em 15/06/2015 - 22:56:51
TAY, DESCULPA A DEMORA. É QUE EU ESTAVA ME PREPARANDO PARA LER O FIM =(((((
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chaverronis2forever Postado em 08/06/2015 - 16:30:47
Ooh meu Deus que pena que fic acabo amei acompanhar a história ansiosa pra sua próxima adaptação