Fanfic: In Bed Wíth A Highlander (HERRONI) | Tema: Herroni

Maite parecia sentir espasmos em seu estômago. Aconchegou-se ao lado do marido e envolveu um braço ao redor dele. Então, soltou um suspiro e caiu em sono profundo. Alfonso ergueu-a pela nuca e apertou os lábios em sua testa. O fato de que ela tivesse despertado era um bom sinal, mas odiava vê-la sentir tanta dor. Seu corpo estava tentando se livrar do veneno e ela valentemente combatia seus efeitos.

— Viva. – ele sussurrou. – Não vou deixá-la morrer.

Crhistopher, que tinha seguido Alfonso de volta ao quarto, e Cristian pareciam desconcertados pela demonstração de emoção tão atípica de seu irmão. Nesse momento, Alfonso não se importava se o vissem como um fraco.

— Você se importa com ela. – Crhistopher disse, rispidamente.

Alfonso sentiu algo dentro dele se romper. Sim, ele a amava e não podia suportar a ideia de perdê-la. Por Deus, ela acordaria, insolente como sempre, e então ele a seduziria, dizendo-lhe as palavras que mais queria ouvir. Sim, ela viveria, e o amaria da mesma forma como Alfonso a amava. Ele olhou para seus irmãos.

— Preciso da ajuda de vocês. Tentaram matá-la. Isso me dói muito, mas acho que é alguém de nosso clã. Há um traidor em nosso meio e temos que encontrá-lo ou Maite nunca estará segura. Não posso perdê-la. Nosso clã não pode perdê-la. Ela representa a nossa salvação e a minha. Se vocês não fizerem isso por ela, sua irmã, então faça isso por mim, seu irmão.

Crhistopher caiu de joelhos ao lado da cama e estendeu a mão, colocando os dedos na mão flácida de Maite. Cristian endireitou os ombros e também ficou de joelhos ao lado de Crhistopher. Ele tocou o ombro de Maite e seu olhar se suavizou, enquanto olhava para ela.

— Você sempre teve a nossa lealdade, Alfonso. – Crhistopher disse com uma voz grave. – Ela pertence a você. Agora prometo minha lealdade a Maite também. Irei protegê-la como sua esposa e minha irmã. Colocarei a segurança dela acima da minha.

A declaração solene de Crhistopher enviou uma onda de orgulho a Alfonso.

— Ela é uma boa mulher. – Cristian disse com voz rouca. – É uma boa mãe para Miguel e uma esposa leal. É um presente para você, Alfonso. Eu a protegei com minha vida e buscarei justiça para o que foi feito contra ela. Ela sempre terá um lugar de honra em meus pensamentos. Alfonso sorriu, sabendo como deve ter sido difícil para Cristian fazer tal promessa.

— Obrigado. Isto significa muito para mim. Devemos ter certeza que ela estará segura a partir de hoje. E não será fácil vigiá-la, quando se levantar.

— Você parece ter certeza de sua recuperação. – disse Cristian. Alfonso olhou para baixo novamente enquanto a esperança queimava suas entranhas.

— Sim, tenho certeza. A moça é muito valente para ceder à morte.

Alfonso se reuniu com seus irmãos até tarde da noite. Sentaram-se na sala, com apenas uma vela para iluminar o aposento escuro.

— Interrogamos todas as mulheres que serviram, todos na cozinha, todo mundo que entrou em contato com o alimento e os que estavam reunidos no salão. –relatou Cristian.

— Gertie está perturbada. – Crhistopher disse severamente. – Está doente por Maite ter sido envenenada. Não acredito que Gertie está por trás disso, mesmo que tivesse oportunidade. Ela pertence ao nosso clã desde antes de nascermos. Sempre foi leal ao nosso pai e tem sido firme, desde sua morte. Alfonso não podia imaginar alguém de seu clã tentando matar Maite. Por quê? Ela representava a esperança. Era a esperança deles e não havia quem não soubesse disso. Mas alguém fez isso. Gannon e Cormac entraram no salão com expressões sombrias. O cansaço vincava seus rostos.

— Laird, temos um relatório.

Alfonso fez um gesto para que eles se sentassem. Cormac tomou um assento, mas Gannon ficou em pé, com evidente agitação.

— Nós descobrimos a origem do veneno. – disse Gannon.

— Diga-me. – Alfonso ordenou. — Não estava na comida. Testamos todos os pratos que restaram, incluindo o de Lady Herrera. O veneno estava em uma taça. Ainda estava quase cheia, então ela não bebeu muito.

— Graças a Deus. – Alfonso respirou. Havia esperança ainda.

— Laird. – disse Cormac dolorosamente. – Não acreditamos que a taça era de Lady Herrera.

Alfonso bateu seus punhos sobre a mesa e se inclinou para frente.

— De quem era, então? Gannon deu um forte suspiro.

— Acreditamos que era a sua, laird. Crhistopher e Cristian quase caíram da cadeira.

— Que diabos você quer dizer? – Cristian perguntou.

— Conversamos bastante com as mulheres que serviram. Havia três taças. Uma delas foi a que Lady Herrera derrubou quando se levantou da mesa. Era a sua taça, mas não foi colocada corretamente na mesa e achamos que ela bebeu dela. Ela pegou sua taça e bebeu um pouco. Devia ter um gosto ruim porque empurrou para o lado e pediu a uma das mulheres para trazer outra taça para você. Logo depois, ela passou mal.

— Mas, por que...? – a voz de Alfonso foi sumindo e olhou para seus homens mais confiáveis e seus irmãos. – A flecha. Não foi destinada a Maite. Era para mim.

— Jesus! - Crhistopher disse agitado. – Alguém está tentando matá-lo, Alfonso. Não Maite.

— Faz sentido. – Cristian disse severamente.- Ninguém ganha se Maite morrer. Mas seria diferente se Alfonso morresse e deixasse Maite viúva e sem filhos.

— Levy está por trás disso, de alguma forma. De alguma maneira tem alguém infiltrado em nosso clã. Alguém que está trabalhando para ele. Por duas vezes tentou matar-me e Maite quase morreu por isso. – Alfonso golpeou a mesa com tanta força que chegou a rachá-la.

— Sim, mas quem? – Crhistopher perguntou.

— Isso é o que temos que descobrir. – Alfonso disse.- Até lá, Maite deverá ser vigiada o tempo todo. Não quero vê-la ferida em outra tentativa contra minha vida.