Fanfic: In Bed Wíth A Highlander (HERRONI) | Tema: Herroni

Maite andou pelo corredor, cercada por quatro guardas. Estava mais nervosa a cada minuto com a ideia de ficar cara a cara com seu tio. Estava preparada para defender Alfonso e dizer-lhe tudo o que William tinha feito. Depois de ouvir o que tinha a dizer, o rei não poderia ficar a favor de Levy.

O guarda bateu e a porta foi aberta por Archibald, que a convidou para entrar. Ele sorriu, pegou a mão de Maite e guiou-a para uma cadeira confortável na sala de estar luxuosamente decorada.

— Receio que o rei não virá hoje. - ele disse suavemente. — Ele foi forçado a se recolher e transmite suas mais profundas desculpas por não falar com você em particular, como esperava. Agirei em seu nome e julgarei o assunto em nome da coroa.

O alarme soou no peito de Maite quando ela se sentou de forma mais confortável na cadeira. Suas mãos tremiam e as escondeu nas dobras de suas saias, de modo a não trair seu mal-estar.

— Espero que a doença de Sua Majestade não seja grave. - disse ela educadamente. —Tinha esperança de conhecer meu único parente de sangue.

— Isso não é inteiramente correto. - disse Archibald. - Sou o primo do rei, de modo que também estamos ligados pelo sangue.

— Sim, é claro. - ela murmurou.

— Gostaria de pedir que aguarde aqui, prima, até que seja convocada para o grande salão. Eu, é claro, proporcionarei lhe um refresco, durante o seu confinamento. A referência casual ao confinamento fez os cabelos na nuca de Maite se arrepiarem. Ainda assim, ele parecia genuinamente preocupado com seu bem-estar. Então, ela sorriu e agradeceu.

— Gostaria de falar com você sobre o assunto, se me permitir, meu senhor. Ele bateu, de leve, no braço de Maite.

— Não é necessário, querida. Certamente tenho bastante experiência e ouvirei os dois senhores. Eu lhe asseguro, serei justo.

Ela teve que se segurar para não discutir. A última coisa que queria era a ira do homem que tinha sua vida em suas mãos.

— Agora, se me desculpar, devo seguir para o grande salão e convocar os lairds para falarem. Eu, claro, a chamarei no momento certo.

Maite balançou a cabeça e apertou as mãos em seu colo. Quando o primo do rei saiu da sala, ela sussurrou uma fervorosa oração pedindo que a justiça prevalecesse.

Alfonso ficou fora do grande salão com seus irmãos e seus comandantes, aguardando a convocação. Logo à frente, estava William Levy com seus homens. Alfonso se segurou para não lançar-se sobre o homem e matá-lo ali mesmo. Levy foi chamado primeiro e passou por Alfonso com um olhar de satisfação presunçosa. Não foi apenas o ar de superioridade que incomodou Alfonso. Foi a suprema confiança em seu jeito de olhar.

Levy era um homem que não temia o resultado da audiência de hoje. Cristian colocou a mão no ombro de Alfonso.

— Não importa o que aconteça, estamos com você, Alfonso. Alfonso assentiu,e em seguida, murmurou em voz baixa para que somente seus irmãos pudessem ouvir.

— Se as coisas forem mal, quero que vocês deixem a audiência, encontrem Maite e levem-na embora do castelo. Sua segurança é a coisa mais importante. Tudo o que vocês precisarem fazer para protegê-la, façam. Crhistopher acenou, confirmando sua ordem.

Em seguida, Alfonso foi chamado para apresentar-se no salão. Quando ele entrou, ficou ombro a ombro com os irmãos atrás dele. Sabia que seus guerreiros pareciam impressionantes. Eram maiores, mais musculosos, mais ferozes que qualquer outro guerreiro no salão.

Eles seguiram pelo caminho aberto no meio do salão até o estrado onde Archibald sentou-se. No trono de David. O salão estava repleto de pessoas, todas insaciavelmente curiosas para saber como o rei julgaria a questão. Murmúrios animados saudaram a entrada de Alfonso, seus irmãos e seus comandantes. Na frente do povo reunido, Alfonso ficou no lado esquerdo e Levy à direita, esperando a chegada de David. Mas, em vez da chegada do rei, os soldados encheram a sala, cercando o caminho para o estrado. Mais soldados chegaram em torno da plataforma e de pé em uma linha na frente de Archibald.

Alfonso franziu o cenho. Era como se eles esperassem uma batalha. E, em seguida, sua esposa entrou no salão, ladeada por soldados de David. Ela lentamente fez seu caminho até o corredor em direção ao palanque, onde estava Archibald.

Ele gesticulou para que Maite tomasse a posição ao seu lado direito e ela graciosamente sentou-se. Seu olhar encontrou Alfonso instantaneamente, e ninguém na sala poderia ignorar o lampejo de emoção que brilhou como um relâmpago entre eles. Archibald ergueu as mãos e se dirigiu à multidão reunida.

— Sua Majestade, o rei David, está indisposto hoje. Ele está doente e nossas orações devem estar com o nosso rei. Ele pediu que eu presidisse a audiência de hoje e que a minha palavra deve ser recebida como a sua.

Alfonso virou-se bruscamente para seus irmãos para ver a incredulidade gravada em seus rostos. Algo estava errado. Estava tudo errado. Alfonso apertou seu punho e olhou para Duncan, que só tinha olhos para Maite.

— Laird Levy, você fez sérias acusações contra Laird Herrera. Venha para a frente. Gostaria de ouvir todas, desde o início.

Levy caminhou com confiança em direção ao palanque e se curvou diante de Lord Archibald.

— Maite Perroni chegou ao castelo Levy vinda da abadia Kilkirken, onde nos casamos diante do padre que atendeu as almas de meu clã por dois anos. Tenho uma carta escrita por ele ao rei que comprova esse fato. Os olhos de Alfonso se estreitaram de indignação ao ver que um homem de Deus teria participado desse engano. Duncan entregou o pergaminho a Archibald, que desenrolou e leu. — Nosso casamento foi consumado. - William puxou da bolsa que estava pendurada ao seu lado o lençol que continha a mancha de sangue de Maite. — Ofereço esta prova.

Alfonso cerrou os punhos com raiva. Sim, o sangue era o de Maite. Era o lençol que Alfonso entregou ao homem de Levy para levá-lo de volta a seu laird, a prova de que o casamento havia sido consumado. Archibald virou-se para Maite, cujo rosto estava tão pálido como a morte, o olhar preso ao lençol. Ela olhou para Alfonso, confusa, e Alfonso fechou os olhos.

— Você pode atestar o fato de que o sangue no lençol é seu, Lady Maite? Você reconhece a roupa? Suas faces se avermelharam e ela olhou para Lord Archibald, claramente insegura quanto a como proceder. — Quero a sua resposta. - Archibald solicitou.

—Sim. - ela disse, com voz embargada. – É meu sangue, mas este não é o lençol de William Levy. Foi tirado do leito de ...

— Isso é tudo que preciso saber. - disse Archibald, erguendo a mão no ar para silenciar Maite. —Precisava de uma resposta, nada mais. Fique em silêncio até eu lhe dar permissão para falar novamente.

Alfonso sentiu uma fúria subir por seu peito, fervendo, pela forma como Archibald dirigia-se a Maite. Ele mostrou flagrante desrespeito por ela, tanto como esposa de um laird, como sobrinha do rei.

Maite olhou como se fosse dizer algo, mas Alfonso rapidamente balançou a cabeça. Ele não tinha nenhum desejo de vê-la ser punida por falar na corte do rei. A punição para tal coisa era pesada, e mais ainda quando uma mulher se atrevia a falar sem permissão. Ela mordeu o lábio e desviou o olhar, mas não antes de Alfonso ver a raiva brilhando neles.

— O que aconteceu depois? - Archibald perguntou a Levy. —Poucos dias após meu casamento com Lady Maite, ela foi sequestrada do meu castelo por homens sob ordens de Laird Herrera. Ela foi levada e aprisionada nas terras Herrera. A criança que ela carrega é minha. Laird Herrera não tem direitos sobre ela. Nosso casamento é válido. Ele a manteve prisioneira e forçou-a contra a sua vontade. Peço a intervenção de Sua Majestade para que a minha esposa e meu filho sejam devolvidos a mim e seu dote liberado como solicitado na minha missiva ao rei informando-o de nosso casamento.

Maite engasgou com as acusações que saíram dos lábios de William. Alfonso avançou, mas Cristian agarrou seu braço e segurou-o.

— Primo, por favor. - implorou Maite. - Deixe-me falar.

— Silêncio! - Archibald rugiu. - Se você não consegue segurar a língua, mulher, será retirada deste salão. Ele se virou para William. — Você tem testemunhas que apóiam sua versão sobre o que aconteceu?

— Você tem a declaração do padre que nos casou. Que antecede qualquer reclamação que Laird Herrera faz sobre Maite, de seu dote, ou de suas terras. Archibald assentiu com a cabeça e depois voltou seu olhar frio para Alfonso.

— O que você diz sobre essas reivindicações, Laird Herrera?

— É um monte de merda, completa e absoluta. - Alfonso disse calmamente. As sobrancelhas Archibald se juntaram e suas faces se avermelharam.