Fanfic: Simply Love: Deixe-me Te Amar. | Tema: Rebelde, TVD & Outros.

"Às vezes as palavras machucam mais do que podemos chegar a imaginar..."

Acordei com a pequena mãozinha da Sophie no meu rosto, abri os olhos lentamente e a mesma sorria pra mim com os olhinhos azuis brilhando, não tive como não sorrir. Senti o braço do brutamonte em cima de mim e sorri de leve, tirando o mesmo dali com cuidado, sentei-me no chão olhando ao redor. Estava tudo claro pela luz natural do dia, olhei pra cima e a luz estava apagada, franzi o cenho. A energia ainda não voltou?

Sophie: Titii. – ela disse com a vozinha manhosa, sentando-se e coçando os olhinhos. Sorri prendendo meu cabelo em um coque alto.

Maite: Oi minha princesa. Bom dia! – sussurrei e levantei, pegando-a no colo. Alfonso dormia pesadamente. Fui até a cozinha e coloquei-a sentada em uma cadeirinha própria para as crianças dali. — Fica ai um pouquinho que a tia vai preparar seu mingau.

Sophie: Iau? – ela indagou e eu sorri.

Maite: Mingau, meu amor.

Sophie: Iau. – ela disse gargalhando em seguida. Neguei com a cabeça sorrindo e fiz seu mingau, enquanto a mesma brincava distraída com a própria cadeira. Peguei uma banana e comi enquanto Sophie acabava todo o seu mingau.  Alfonso chegou na cozinha com uma cara de bravo – creio eu que ele tem a cara de bravo por natureza.

Maite: Bom dia, brutamonte. – ele revirou os olhos, foi até Sophie e deu um beijo na sua testa.

Poncho: Só se for um bom dia pra você. Minhas costas estão doendo por causa da merda daquele tapete, eu estou muito put* com a Zoraida e não estou a fim de ficar nessa porr* dessa creche nem por mais um segundo. – ele disse e parecia estar mais estressado que o normal. Bateu na mesa com uma força tão grande que as coisas chegaram a tremer, pulei assustada e arregalei os olhos pra ele. Sophie começou a chorar pelo susto e terminou derrubando o mingau no vestidinho que usava. Levantei irritada com ele por sempre agir assim e olhe que nos conhecemos noite passada apenas e ainda assim, não consigo ver um ponto positivo nesse brutamonte.

Maite: Santo Deus, será que da pra pensar no próximo também? Pelo menos um pouquinho. Você não é o único a estar preso aqui. Eu tenho uma família que deve estar revoltada comigo, tenho uma Faculdade para ir e tenho diversos compromissos. Então não venha com a sua grosseria cotidiana para o meu lado porque eu também estou "p" da vida com toda essa situação ridícula e constrangedora que a Zoraida nos colocou e nem por isso desconto em você, muito menos na Sophie. – eu disse apontando o dedo para sua cara. Ele tinha a testa franzida e estava visivelmente surpreso. — Você não ter nenhum tipo de respeito por mim eu entendo, mas tenha pela sua filha que no momento está chorando pela sua revolta ridícula. – eu disse e fui até ela, pegando-a no colo, a mesma ainda chorava.  — Eu vou dar um banho nela e trocar essa roupa, espero sinceramente que até lá a Zoraida chegue pra sairmos dessa "poxa" dessa creche como diz você. – eu disse e virei indo pro dormitório tentando acalmar Sophie.

Ele não disse nada e eu tampouco. Peguei uma peça de roupa limpa na mochila da Sophie, uma fralda, uma calcinha e um sapatinho. Dei um rápido banho nela no banheiro da creche e a arrumei, passei um perfume que estava na cômoda do dormitório e quando estava penteando o seu cabelo enquanto ela mexia em um brinquedo qualquer que eu a entreguei para distraí-la, ouvi a voz do Alfonso e da Zoraida. Finalmente.

Poncho: QUE PORR* ESTAVA PENSANDO? TÁ MALUCA? COMO NOS DEIXA AQUI TRANCADOS ASSIM? PARA DE SER TÃO INCONSEQUENTE, ZORAIDA. VOCÊ NÃO TEM MAIS 10 ANOS. VOCÊ TEM VINTE, POR*, VINTE.

Zoraida: ABAIXA O TOM, ALFONSO. VOCÊ SABE MUITO BEM O PORQUÊ DE EU FAZER ISSO. POR VOCÊ E PELA SOPHIE. – ouvi ela gritar e Sophie me olhou assustada, peguei-a no colo e caminhe até onde eles estavam, fiquei encostada na porta escutando, eles nem me notaram. Sophie deitou a cabeça do meu ombro, enquanto eu acariciava suas costas a fim de acalmá-la e para que ela não chorasse.

Poncho: Ah, claro! Por mim e pela Sophie, entendo. Nos deixou presos com uma patricinha idiota e fútil e foi para o nosso bem, procurando a lógico nisso aí. – ele disse e eu engoli a seco. Meus olhos marejaram e não era só por aquilo, eu estava presa ali também droga, eu passei por tudo que ele passou e ainda ajudei-o com a Sophie, pra ele me chamar de patricinha idiota e fútil?! Aquilo me magoou e eu não entendi o motivo.

Zoraida: NÃO A CHAME ASSIM, ALFONSO. EU SEI MUITO BEM O MOTIVO DA SUA REVOLTA! FICOU SEM AS DROGAS, NÃO É? TÁ NERVOSO ASSIM PELA PORR* DAS SUAS DROGAS E É EXATAMENTE POR ISSO QUE EU DEIXEI VOCÊS DOIS AQUI. DE UMA FORMA ESTRANHA EU PENSEI QUE UM PUDESSE SERVIR PARA O OUTRO. MAITE É A PESSOA MAIS GENEROSA QUE EU CONHEÇO, ELA É MILIONÁRIA E NEM POR ISSO ESNOBA AS PESSOAS, NÃO PENSA APENAS NELA, MAITE ME AJUDA MAIS DO QUE VOCÊ ME AJUDOU A VIDA TODA E NÃO ESTOU JOGANDO NA SUA CARA, ESTOU RELATANDO A REALIDADE. ENTÃO NÃO A CHAME DE PATRICINHA IDIOTA E FÚTIL, PORQUE ISSO É UM ABSURDO. E EU REALMENTE ME ARREPENDO! ME ARREPENDO DE TER TENTADO TE AJUDAR, MAS NÃO ME ARREPENDO DE PROPORCIONAR A SOPHIE A MARAVILHA QUE É TER UMA PESSOA COMO UMA MÃE PARA ELA. NÃO ME ARREPENDO DE TENTAR FAZER COM QUE A SUA VIDA E A DA SUA FILHA MUDASSE. SINTO MUITO POR ELA E PELA MAITE TAMBÉM. MAS PODE DEIXAR, NÃO TENTO TE AJUDAR NUNCA MAIS E OUTRA, ACABEI DE PERCEBER QUE VOCÊ NÃO MERCE ALGUÉM COMO MAITE. – ela gritou irritada e eu arregalei os olhos. Ele usava drogas... meu Deus!

Poncho: Você... Você não pode simplesmente decidir que eu e a Maite temos que ficar juntos e viver um conto de fadas e fazer isso que você fez. Nós somos incompatíveis, eu e a Maite jamais daremos certo. E mesmo que se fosse pra dar, você não poderia fazer isso. Não cite a palavra mãe e Sophie numa mesma frase nunca mais, porque a mãe dela a abandonou e eu sinceramente não quero mais ninguém que preencha esse espaço na vida da MINHA filha. – ele deu ênfase no minha e eu engoli a seco, passando a mão no rosto para secar as lágrimas. — Eu não acredito no amor, você sabe disso. E mesmo que ele exista, eu não quero sentir, eu não quero amar ninguém e você sabe que eu tenho motivos de sobra para isso. E se fosse para amar alguém, a última pessoa nesse mundo que eu escolherei nesse mundo seria a Maite. Ela não é pra mim, não temos nada em comum. Pra mim, ela é apenas uma patricinha. E como você diz, eu sou um drogado egoísta, não é mesmo? Pois bem...

Zoraida: Em momento nenhum eu disse que era um drogado egoísta.

Poncho: Não disse, mas foi isso que eu entendi e foi isso que você quis dizer. – ele falou com a voz dura. Eu passei novamente a mão no rosto e funguei. Fui rapidamente para o dormitório, calcei minha sandália e novamente passei a mão no rosto, para que não percebessem que eu estava chorando. Zoraida e Alfonso me olharam assim que eu cruzei a sala, pegando minhas chaves que havia deixado ali na mesinha desde a noite anterior. Caminhei até Alfonso e depois de dar um beijo na testa de Sophie o entreguei a mesma, que me olhou confusa.