Fanfic: Simply Love: Deixe-me Te Amar. | Tema: Rebelde, TVD & Outros.

"Não devemos julgar ninguém pela aparência. Rostinho bonito nunca foi sinônimo de bom ou mau coração. Parecer, nunca foi sinônimo de ser..."

Alfonso Narrando.

Eu estava tão put*. Tão irritado, precisava tanto das drogas, que realmente acabei descontando na Zoraida e na Maite. Eu não podia controlar isso, talvez a Zoraida estivesse certa e minha revolta toda fosse por contra das drogas, mas isso não mudava o fato de eu estar revoltado com ela. Depois das palavras de Maite e da raiva e ao mesmo tempo angustia com que ela falava me olhando, me deixaram um pouco abalado, eu exagerei, eu sei. Mas eu nem lembrava que ela estava ali, ouvindo tudo. E também não queria chama-la de idiota e fútil, mas saiu. Na hora da raiva saiu. Sophie começou a chorar assim que viu a Maite cruzar a porta e Zoraida me olhou como se dissesse "Viu o que fez seu idiota". Eu respirei fundo, tentando acalmar a Sophie. Estava estressado, era tanta coisa misturada. E eu sabia que tudo que eu fazia afetava a minha filha, infelizmente, afetava.

Zoraida: Você é tão estúpido. Acabou de magoar uma menina tão... tão...  Ahrg! – disse e caminhou até mim, pegando Sophie do colo e a levando dali. Fiquei um tempo parado, olhando para porta. Merda, merda, merda! Que merda de vida! Bufei e fui até o dormitório. Peguei a mochila da minha filha, minha jaqueta que havia tirado e olhei para o colchão que a Sophie havia dormido. O casaco que a Maite a cobriu estava ali, engoli a seco e me abaixei pegando-o. Droga, Alfonso. Você realmente vacilou com ela, ahrg! Involuntariamente, o levei até meu rosto, cheirando-o. Era um cheiro tão bom... Tão delicado e ao mesmo tempo marcante, assim como ela... — Maite? – ouvi quando Zoraida disse e rapidamente levantei indo até a sala, deixando o casaco ali. Maite estava parada na porta com um envelope na mãe. Franzi o cenho. Ela não me olhou, Sophie rapidamente a chamou com as mãozinhas.

Maite: A Rocio me ligou ontem a tarde e... E falou que estavam passando por dificuldades. Eu ia te dar isso ontem, mas eu esqueci no carro pelo desespero. – ela disse e caminhou até a mesinha da sala, deixou o envelope ali e mirou Sophie, as lágrimas dela escorriam pelo seu rostinho, o que me fez sentir pena. — Cortaram a energia daqui e eu só percebi isso agora, mas ontem eu já mandei pagar. Ligue e reclame, pois todas as contas já estão pagas, inclusive a desse mês, que vence daqui a uma semana. Nesse envelope tem uma quantia boa de dinheiro para ajudar vocês com o que precisam. – ela disse e eu apertei os olhos frustrado. Put* que pariu, Maite. Você não podia ser menos diferente de tudo que eu imaginei? Isso seria menos doloroso. Zoraida engoliu a seco e seus olhos se encheram de lágrimas.

Zoraida: Obrigada... – ela conseguiu dizer apenas isso e depois suspirou. — E me desculpe. – disse por fim. Maite não tirava os olhos de Sophie que chorava a chamando.

Maite: Sophie... Não faz assim... – ela implorou, seus olhos estavam marejados.

Poncho: Maite, eu... – eu comecei a falar, mas ela me olhou. Séria e impassível.

Maite: Eu sinceramente não quero conversar você. Passar bem. – disse e novamente saiu, mas agora, era definitivamente.

Olhei Zoraida e respirei fundo, peguei Sophie do seu colo e ela caminhou até a mesinha, pegando o envelope que Maite havia deixado em cima da mesa.

Zoraida: Mil e quinhentos reais. Meu Deus! – ela leu, as lágrimas caiam em seu rosto. — Zora, espero que aceite, é de coração e você sabe disso. E lembre-se: Isso não é uma caridade pra você, não se sinta rebaixada. É apenas uma ajuda para as crianças! Beijos! – ela leu e me olhou com raiva. — Viu, seu idiota? Ela é uma pessoa boa. Mas você é tão egoísta e estúpido que não viu isso. Sai daqui, Alfonso. Daqui a pouco as crianças vão chegar e eu tenho trabalhos a fazer. – ela disse e dessa vez, eu não protestei.

Poncho: Para de chorar, meu amor. E desculpa o papai, por favor... – eu pedi baixinho, beijando o pescoço dela, que se encolheu soluçando deitando a cabeça no meu ombro. Levou sua mãozinha até o meu queixo e começou a mexer ali. Peguei novamente o casaco de Maite e tudo que faltava, saindo dali rapidamente. Era muito coisa pra processar, só depois tentaria conversar com a Zoraida e com... E com a Maite.

Emma Narrando.

Sabem o que é um primeiro dia de aula super-ultra-mega-hiper perfeito? Não, não sabem, porque isso não existe. Na verdade existe e é exclusivamente MEU. O Adam repetiu de ano – ele nem se envergonha disso, então não sou que vou me envergonhar – e está bem na MINHA SALA, isso mesmo, NA MINHA SALA. Vocês não tem noção do que é felicidade. Hoje, ele sentou do meu lado e toda hora me lançava aquele sorriso lindo, perfeito, maravilhoso. Oh meu Deus! A verdade é que eu estou loucamente apaixonada pelo Adam, desde quando eu tinha doze anos, que foi quando eu o conheci, bom, na verdade, não conheci, conheci... Mas eu o vi e me apaixonei, ele sempre foi o galã do colégio. E eu sempre fui a mais popular, mas parecia que ele não me via, só se interessava nas mais velhas. Porém, foi no fim do ano passado que ele finalmente falou comigo, que os anjos digam amém! Passamos as férias toda conversando e eu me apaixonei ainda mais. Mas ele é meio galinha, bem festeiro e pegador. Já eu, embora muitos meninos fiquem aos meus pés, nunca beijei ninguém, não posso sair muito por conta da minha família e por isso nem vou a festas sem os meus pais, ou minha irmã mais velha. Meu aniversário de 15 anos está chegando e essa vai ser a oportunidade perfeita para o Adam finalmente me beijar, torço muito por isso e mais uma vez: que os anjos digam amém. Acordo cedo por um milagre de Deus e me levanto, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, lavo o rosto, escovo os dentes e saio do meu quarto, dando de cara com a Maite. Vestida com a blusa de dormir, porém com uma calça jeans e uma rasteira, parecia estar chegando agora. Ela arregala os olhos quando me vê.

Maite: O que faz acordada uma hora dessas, em? – ela pergunta.

Emma: E você? Onde estava pra chegar em casa uma hora dessas, em? – pergunto e ela suspira, parece cansada.

Maite: Depois eu te digo! Onde está a Angel e o papai?

Emma: Ontem à noite tiveram que viajar, você sabe, negócios e blábláblá, foram no seu quarto te avisar, mas pelo jeito... Não estava lá.

Maite: É, eu realmente não estava. Mas os travesseiros sim no meu local. Eles saíram daqui bravos?

Emma: Não! Não comentaram nada, acho que não sentiram a sua ausência.

Maite: Ah! Graças a Deus! Agora eu tenho que correr pra não me atrasar pra Faculdade. Mas e o Matt?

Emma: Pode ficar tranquila porque o Joaquim já o levou.

Maite: Okay, maninha. Muito obrigada e por favor...