Fanfic: O dia depois de amanhã | Tema: Amor Adolescente

É dia 10 de abril, à caminho da nossa nova casa, estamos no carro eu, minha mãe Rachel e meu querido pai Tom, são os senhor e senhora Stewart. Bem, é assim que costumo chamá-los quando tento ser engraçada com eles. 

Ahm... me chamo Emmy Stewart, mas prefiro só Emmy, tenho 17 anos, e pra quem nunca me viu devo parecer uma vampira macabra de olhos escuros, falsos na verdade, e que na maioria das vezes parece não estar muito para conversas. E realmente não estou... sou reservada, na minha, muito embora meus pais tentem fazer de tudo para que eu possa ser mais social com as pessoas... Logo eles que desde à 4 anos atrás buscam me confortar de todas as maneiras afim de me fazerem ser aquela antiga senhorita Stewart...

A cidade é calma, se chama Forks, está no estado de Washington, Norte dos EUA. Segundo meu pai, a população não passa dos 4 mil habitantes, a economia é impulsionada pela indústria madereira, e é um destino bastante popular para pescadores. Enfim, é um lugar perfeito pra quem quer se esconder do cenário mais que aglomerado de Nova York, nesse caso, EU.

     — O que acha? — pergunta meu pai ao abrir a minha porta do carro

     — Não posso achar nada ainda senhor Stewart. Acabei de chegar, mas posso dizer que qualquer lugar longe... você sabe, é mais q perfeito para mim — tento soar simpática mas acho que não funciona

     — Ok, senhorita Stewart. Vamos entrar então. Não quer conhecer seu novo quarto?

     — Claro! — e saio em direção a porta de casa enquanto meus pais terminam de tirar as malas.

A casa tem uma arquitetura antiga, gosto típico da minha familia, revestida por pisos de madeira e mármore, sua frente possui uma varanda e um enorme sofá, se é que posso chamar assim um enorme assento acolchoado que vejo. Vou em direção a entrada e abro a porta, onde uma enorme sala de estar com poltronas, mobília nova e uma enorme tv se deparam na minha frente:

      — Pensei que fossem trazer a nossa velha mobília.

      — Nós gostaríamos que nada do seu... ou melhor, do nosso passado, estivesse presente neste momento filha. Idéia de seu pai!

      — Você gostou filha? — Pergunta meu pai

      — Ficou legal... Será que posso dar uma olhada no meu quarto agora?

      — Claro. Enquanto isso irei preparar o jantar.

Saio em direção a escada e subo rapidamente para o primeiro corredor. Logo no último quarto a direita encontro um cômodo amplo, com uma enorme cama de casal recoberto por um jogo de cobertor cinza com detalhes de renda preta... No entanto o que me chama maior atenção são as portas no final do quarto proximo ao banheiro. Começo a ir em sua direção e ao abri-las dou de encontro com uma varanda, onde tenho uma bela vista da cidade... É incrível! Não haverá nada melhor do que acordar todos os dias e dar de cara com um belo nascer do sol!

      — Escolhi essa casa por causa desse quarto — é o meu pai entrando com minhas malas

      — Uau pai! Você realmente sabe me fazer feliz! Obrigada!

      — Você merece ser feliz filha! Sempre! E farei o que for preciso pra ver esse sorriso no seu rosto todos os dias!

      — Ah Pai! — Digo ao dar-lhe um apertado abraço — Sinceramente me sinto agradecida, mas tome cuidado para não me mimar demais! Posso ficar insuportável!

      — Minha querida filha insuportável!

      — Agora mudando de assunto, desde quando você conhece essa cidade?

      — Seus avós me traziam aqui nas férias de verão. Já tive muitas experiências por aqui. As pessoas são bastante hospitaleiras, o índice de criminalidade por aqui são muito pequenos e é um lugar perfeito pra abrir minha nova empresa madereira... é claro. 

      — E está realmente feliz por nós termos vindo pra cá? 

      — Responderei essa pergunta, quando você me responder ela também... mas, sempre sonhei em morar aqui... espero não me arrepender de ter tomado a decisão de ter vindo pra cá.

      — Você não vai pai...

São 11 da noite e ainda estou terminando de tirar as roupas das malas. Meu closet é enormemente exagerado, vou precisar comprar muito se quiser enchê-lo... Mas terei tempo pra isso... compras não é muito a minha praia desde que eu tinha 13 anos...

O dia foi cheio, estou muito cansada, enfim acabei de arrumar minhas coisas... só preciso de cama agora. Ao menos acho que fingi bem pros meus pais. Os coitados sempre deram duro pra me fazerem feliz novamente... uma missão impossível. Eu não sou mais aquela Emmy de antes, já tentei demonstrar isso a eles mas a esperança que ainda têm em mim ainda é gigantesca. Porém minha missão é deixá-los despreocupados comigo. Eles também merecem ser felizes...

Estou deitada agora... sinto mãos geladas pousarem sobre minhas pernas... O cheiro de grama fresca e odor de lama vasculham minha respiração e me dão ânsia de vômito... Ai meu Deus! Está Aqui... De repente algo surge na minha frente e cobre minha visão "É hora de brincar querida", seu soco é forte, seu hálito podre, não consigo me mexer "NÃÃÃÃÃO"

      — Filha! Filha! Acorda! — são meus pais me mexendo— É só um pesadelo!

abro meus olhos marejados e dou de cara com minha mãe chorando e meu pai comigo nos braços:

      — Estava aqui pai! — soluço — Não vai me deixar em paz! tô com medo!

      — Foi só um pesadelo querida! Não tem ninguém aqui. Você está segura...

      — Vou buscar um tranquilizante pra você — Diz minha mãe ao sair. Ela nunca superou aquilo... Nem se quer consegue olhar nos meus olhos direito... ma seu não tive culpa... não tive...

      — Vai ficar tudo bem... estamos aqui com você...

             — Você está! Ela não consegue conviver com isso, você sim.

             — Shh querida, — me silencia meu pai — dê um tempo pra ela.

             — Eu dei 4 anos pai... 2 anos nem estive com vocês. Não é tempo o bastante?

             — Não pra sua mãe. Agora deite. Vamos dar seu remédio e vai dormir bem agora.