Fanfic: Aulas de Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Nem tanto. Derrick deve ter uns vinte e dois, talvez dois ou três anos a menos que eu. Mas que importância tem isso?

- Que importância tem?

Maite já completara vinte e oito, era divorciada e trabalhava na mesma companhia de seguros que Anahí. Durante dois anos as duas haviam sido datilógrafas no mesmo departamento, até que Maite fora transferida para a seção dos computadores. Pouco depois Anahí tivera a sorte de conseguir um posto bem mais alto, como secretária particular do vice-presidente da firma!

Não era justo, Maite vivia repetindo a si mesma. E, como ela, todas as outras mulheres na firma também não se conformavam com a sorte de Anahí.

Não era justo que alguém tivesse cabelos tão loiros e sedosos. Não era justo que alguém comesse tantos doces e pães e ainda continuasse parando o tráfego com sua silhueta atraente, curvilínea, sem um dedinho sequer de gordura fora do lugar. E havia mais: Anahí possuía olhos azuis maravilhosos, lábios carnudos na medida exata. Perfeitos para o beijo, como diziam todos os rapazes no departamento de Maite. E um nariz muito lindo e arrebitado junto com um queixo perfeito! Não era para menos que jamais sofria por falta de atenção do sexo oposto!

Mas não eram só os predicados físicos que faziam de Anahí uma mulher atraente e insinuante. Maite não conseguia definir aquele "algo mais" que ela possuía, mas jurara a si mesma que no dia em que descobrisse ficaria milionária como "consultora feminina"!

- Acha que a diferença de idade faz alguma diferença, Maite? - Anahí insistiu.

- Para você, sem dúvida não - Maite respondeu sem entusiasmo. - Afinal o seu lema sempre foi ame-os e deixe-os, não é mesmo? Ou então, troque-os com tanta freqüência que não terão tempo de se ligarem em você.

- Ora, Maite - Anahí fez um gesto brusco demais, espirrando café em sua gravata nova. - Droga! Só espero que o resto do meu dia não continue assim - disse limpando a mancha com um guardanapo umedecido no copo d`água. - Vamos começar hoje o relatório trimestral e o Sr. Herrera fica impaciente enquanto não o vê terminado.

- Impaciente? - Maite riu. - Eu diria mais: que o seu "Homem das Neves" vira um leão enjaulado!

- Maite! O sr. Herrera é um ótimo chefe. Você sabe que ele cuidou pessoalmente para que eu tivesse um aumento este ano.

- É claro que sei. E aposto como as suas minissaias tiveram muito a ver com a história. Talvez ele tivesse ouvido dizer que suas pernas foram seguradas e decidiu ajudá-la a pagar o seguro.

- Se quer saber, o sr. Herrera nunca notou se tenho uma ou duas pernas. Mulherengo é o que ele não é.

- Aquele colarinho engomado como uma mulher? - Maite riu. - Aposto como a única coisa que Herrera leva para a cama são os relatórios da firma.

- O sr. Herrera é muito competente.

- Em que departamento, posso saber?

- Quer parar, Maite? - Anahí perdeu a paciência, levantando-se. - Acho melhor irmos agora ou vamos nos atrasar. Só faltam cinco minutos e eu já deveria estar no escritório.

As duas passaram pelo caixa e antes de sair vestiram os casacos abotoando-os até o alto.