Fanfic: Aulas de Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Capítulo IV

Anahí encontrava-se concentrada na máquina de escrever quando ouviu uma leve batida na porta. Antes que dissesse para entrar, Christian surgiu à frente dela.

- Ora, ora, vejam só! Que garota mais esforçada você tem me saído nestes últimos dias!

Anahí parou de datilografar e olhou para ele por cima dos óculos.

- É uma visita de negócios ou veio aqui para arruinar meu dia, Christian?

Ele deu uma risada, ignorando a pergunta.

- Ouvi dizer que deixou Derrick na mão ontem à noite.

- Mesmo? E como conseguiu essa informação?

- Cruzei com ele no corredor quando já ia indo embora. O pobre homem estava com lágrimas nos olhos. É um pecado o que você faz com o sexo masculino.

- Pecado é o que eu gostaria de fazer com você, Christian!

O rapaz sentou-se na beira da escrivaninha chegando com o rosto bem próximo do dela.

- Estou às ordens para quando você quiser, fofura.

- Christian! - Ela se esquivou. - Você tem a mente mais suja que conheço.

- E quem não tem a seu lado, boneca? Só mesmo nosso geninho lá dentro. - Ele fez um gesto indicando a sala de Poncho. - E por falar no "Homem das Neves", soube que vocês dois tomaram café da manhã juntos hoje no Maria`s.

Anahí ajeitou-se na cadeira. Ali vinha coisa!

- O sr. Herrera fez a gentileza de me dar uma carona ao escritório, Christian.

- Sr. Herrera? Pensei ter ouvido Maite dizer que já o chama de Poncho.

Anahí lançou-lhe um olhar furioso.

- Você e Maite cansam a minha beleza, Christian. Não sabem fazer outra coisa a não ser falar da vida alheia. E quando não têm o que dizer, inventam.

- Calma lá, mocinha. Não foi invenção minha que vocês tomaram café da manhã juntos, sabe muito bem. E nem que o chamou de Poncho.

- Para seu governo... - Anahí se interrompeu ao ouvir a campainha do interfone. - Sim, Poncho?

- Anahí... - a voz de Alfonso soou no aparelho. - Por acaso não encontrou minhas abotoaduras no seu carro? Deixei-as no porta-luvas ontem à noite.

Anahí olhou para Christian no mesmo instante. A expressão atônita do rapaz era digna de uma fotografia.

- Não, eu. ..eu não achei nada - respondeu, sentindo que corava. - Mas acredito que ainda estejam lá.

- Espero que sim, porque elas me custaram muito caro. Não costumo ser tão descuidado, mas ontem, depois que nós... quero dizer, depois que saí do seu apartamento, esqueci-me de pegá-las.

Anahí sentia que seu rosto estava ficando cada vez mais vermelho. Podia bem imaginar que conclusões Christian estaria tirando daquela conversa.

- Não se preocupe. Tenho certeza de que vou encontrá-la quando chegar em casa.

- Obrigado.

- Não há de quê.

O interfone silenciou mas Anahí não teve coragem de olhar para Christian.

Retomou à máquina como se nada tivesse acontecido.