Fanfic: Aulas de Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Mas naquela tarde, enquanto dirigia para casa, as palavras de Maite voltaram-lhe à mente. Estaria mesma se apaixonando por ele?

Provavelmente. Pelo menos não se lembrava de ter pensado em nenhum outro homem com tanta freqüência quanto pensava nele. Alfonso a levava a desejar coisas incríveis, como ter filhos e constituir uma bela família.

Ao mesmo tempo, quanto mais pensava, mais Anahí se convencia de que era uma tola. Ele só tinha olhos para uma pessoa: Mia. E que, por sinal, se punha entre ambos como uma parede invisível!

Anahí estava quase chegando ao seu apartamento quando de repente mudou de idéia. Virou à direita dois quarteirões antes, tomando a direção da casa de sua mãe. Há dias não se encontravam e por qualquer razão sentiu uma vontade enorme de vê-la.

Bárbara Portilla era uma mulher muito atraente. E jovem também. Havia tido a filha muito cedo, por isso pouco passava dos quarenta agora. Quando Anahí entrou, ela se encontrava no banheiro, arranjando-se diante de um espelho enorme todo iluminado.

- Oi, querida, como vai? - Bárbara beijou a filha. - Tudo em ordem?

- Bem. Estava indo para casa quando resolvi dar uma olhada em você.

- Uma olhada em mim? Que filha adorável!

Anahí sentou-se num banquinho e ficou observando a mãe se maquilar. Não podia compreender como o pai a deixara por outra. A mãe era gentil, bonita, inteligente, a mulher mais sensacional que ela conhecia.

- Vai sair, mãe?

- Uma festa em Nichols Hills. O doutor vai receber alguns colegas esta noite. Que acha que devo usar, querida?

- Vermelho. Você fica linda de vermelho.

- Obrigada, amor. - Bárbara olhou para a filha. - Algum problema, anjo? Estou achando você tão desanimada.

- Cansada, isso sim. - Anahí disfarçou.

– Estamos em época de relatórios e o trabalho se acumula. Você disse festa em Nichols Hills? É onde Poncho mora.

- Poncho...?

- Meu chefe.

- Nesse caso ele é um dos milionários também?

- Deve ser. - Anahí tentou sorrir. - A Sooner paga a ele uma fortuna.

- Então nós duas temos chefes milionários, querida. Por que não damos um golpe nos dois e vamos viver em Nichols Hills?

- Mãe! - Anahí fingiu-se escandalizada. - O dentista para o qual trabalha é solteiro?

Bárbara começou a passar creme no rosto.

- Divorciado. É bonitão, loiro, musculoso e divertido. Que tal?

- Não entendo como pode pensar em casamento depois do que papai lhe fez.

- O que é isso, filha? Seu pai é uma pessoa. Nem todos são iguais a ele.

- Como sabe? Acaso pergunta antes se serão honestos e fiéis?

- Anahí! Não gosto de ouvi-la falar desse jeito. Se pude aceitar os defeitos de seu pai você também pode.

Anahí fechou os olhos.

- Ele magoou você, mãe. Magoou a mim. Não sei se algum dia vou poder esquecer ou perdoá-lo inteiramente.

Bárbara colocou o vidro de creme sobre o aparador e olhou para a filha.

- Mas deve. Nunca será feliz se não o fizer, querida. Nunca poderá ter um relacionamento duradouro com um homem.

- E quem disse que quero um relacionamento duradouro? - Anahí disse com amargura. - Encontros passageiros me bastam.

- Querida. - A mãe balançou a cabeça de um lado para o outro. - Um dia desses vai se cansar dessa vida agitada que leva. Vai encontrar um homem e não vai se satisfazer apenas com uma noite divertida ao lado dele. Será terrível para você. E para ele também, se não aprender a confiar, filha.