Fanfic: Aulas de Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Esmeraldas! Anahí só faltava morder a língua de forma a manter-se calada.

Havia sido um tremendo sacrifício não dizer a ele que Mia certamente não valia um par de brincos de esmeralda! Mas Alfonso lhe parecera tão decidido que tratara de sorrir, apenas, afinal, a jóia de fato era lindíssima.

Anahí sacudiu a cabeça, resolvida a afastar todos aqueles pensamentos. Não iria se preocupar com Mia naquela noite. Era o dia da festa de Natal e, em menos de uma hora, Alfonso chegaria para acompanhá-la. Queria estar maravilhosa para ele.

Tão deslumbrante que um simples olhar o faria esquecer completamente a mulher por quem se dizia apaixonado.

Talvez não fosse um jogo muito limpo, mas estava decidida. Segundo Alfonso, Mia nunca lhe havia dado uma chance quando estiveram juntos na universidade. Se a nova-iorquina havia sido cega o bastante para não perceber o tesouro de homem que estava desprezando, ela trataria de tirar vantagem da situação.

Amava-o. Sim, amava-o demais! A princípio ficara com medo de admitir a si mesma. Mas vê-lo comprar todos aqueles presentes para Mia, como que a forçou a examinar os próprios sentimentos.

A mãe não havia lhe dito que algum dia encontraria o homem certo? Pois bem, Poncho era esse homem.

Mesmo se dizendo apaixonado por outra mulher. Cabia a ela, Anahí, mudar a situação de alguma maneira. Mostrar a Poncho que a verdadeira mulher ideal para ele era sua secretária!

Durante o dia todo, o tempo foi se tornando cada vez mais frio. Uma vez que a festa não seria formal, o mais indicado era usar calças compridas. Mas Anahí não quis. Preferia estar mais arrumada e decidiu que não seriam alguns flocos de neve a mais que a fariam mudar de idéia.

Há uma semana vinha planejando usar um vestido de lã lilás, marcante nos quadris e com gola e punhos de pele no mesmo tom. Após maquilar-se cuidadosamente e prender os cabelos num pequeno coque na nuca, perfumou-se toda.

Alfonso chegou cinco minutos antes do combinado.

Incrível como se sentia nervosa. Já havia dado umas dez voltas pela sala quando a campainha tocou. Nenhum homem até então a deixara naquele estado. Mas por outro lado nunca desejara tanto agradar a alguém como a Alfonso Herrera.

Ao abrir-lhe a porta, encontrou-o com flocos de neve nos cabelos e nos ombros.

- Poncho! Está tão ruim assim o tempo?

- Péssimo. - Ele entrou rapidamente, fechando a porta. - Está um gelo, você não imagina. Pelo visto vamos ter uma tempestade de neve ainda esta... - ele se interrompeu ao olhar para Anahí. Os olhos verdes brilhavam. - Você está linda! As outras mulheres vão desaparecer ao seu lado.