Fanfic: Aulas de Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Há alguma coisa errada, sr. Herrera? Porque se fiz...

- Não, srta. Portilla - ele a interrompeu. - Quero dizer, há. Isto é, não.

Os olhos de Anahí se arregalaram e ela ficou aguardando que ele se decidisse.

- Na verdade não sei bem por onde começar, srta. Portilla. Eu... bem, eu...

- Por que não vai direto à questão? - sugeriu com um sorriso. - Às vezes é mais fácil do que se imagina.

Pela primeira vez o sr. Herrera pareceu relaxar. Sorriu também, e pelo pouco que o conhecia, Anahí deduziu que não iria ouvir um sermão.

- Talvez tenha razão, srta. Portilla. - Ele concordou colocando a xícara de café sobre a mesa e levantou-se. Em seguida pôs-se a andar pela sala.

De sua cadeira, Anahí limitou-se a observá-lo. O sr. Herrera só tinha trinta anos, sabia disso através de documentos. Então por que diabos se vestia e agia como um velho?

Já notara que as roupas dele eram finas e caras, mas sempre tão antiquadas... Aquele terno cinzento que ele estava usando, por exemplo, era de um tecido lindíssimo, possuía um corte impecável, mas dava a impressão de ter pertencido ao avô dele!

Ninguém mais andava de calça, colete e paletó. Muito menos com gravata listrada de azul e branco e sapatos sociais pretos! Não se conformava que um homem com tão boa aparência e tão jovem se portasse como um senhor de idade!

- Como sabe, srta. Portilla, - ele finalmente começou a falar - os feriados de fim de ano estão chegando. Teremos festas e reuniões quase todos os dias.

Anahí se animou. Agora ele tocava num departamento do qual era grande conhecedora: festas!

- Oh sim, sr. Herrera. É a minha época favorita do ano.

- Fico contente em saber, pois nesse caso vai gostar de me ajudar.

Ajudá-lo? Estaria o sr. Herrera com intenção de dar uma festa e a queria como anfitriã?

- O que tem em mente, sr. Herrera? Sem querer ser convencida, já devo ir adiantando que entendo um bocado de festas.

Alfonso examinou satisfeito a expressão radiante de Anahí e sorriu consigo mesmo. Sim, ele havia feito a escolha certa. Aliás, sempre se orgulhara de sua capacidade de julgamento não só nos negócios, mas também das pessoas.

Anos de experiência o haviam ensinado a avaliar todos os ângulos e tomar decisões com muita frieza e bastante lógica. E daquela vez não fora diferente. O objetivo sem dúvida era um tanto inusitado, mas se tudo corresse como planejara, não havia por que não dar certo.