Fanfic: Aulas de Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

O filme começou. Não era ruim, mas também não prendia muito a atenção. Anahí tentou acompanhá-lo, mas acabou encostando a cabeça no ombro de Alfonso e em poucos minutos dormia.

A princípio ele não quis nem se mexer com medo de acordá-la. Continuou assistindo o filme, mas a certa altura não agüentou mais. Com Anahí ao seu lado só pensava no quanto seria bom estreitá-la nos braços. No quanto adoraria tê-la para sempre ali com ele.

O sono veio e Alfonso também adormeceu.

Anahí foi a primeira a acordar. Antes mesmo de abrir os olhos percebeu que alguma coisa estava estranha. Sentia muito frio nas costas, mas a parte da frente de seu corpo encontrava-se aquecida. Devagarinho ela abriu os olhos.

Céus! Estava deitada abraçada a Poncho!

Na posição em que se encontrava não dava para ver o rosto dele, mas, aparentemente, também dormia. De repente ele abriu os olhos.

- Anahí!

- Poncho!

- Você dormiu -ele murmurou.

- Acho que você também.

Anahí não compreendia o que se passava com ela. Tinha consciência de que devia sair do sofá o quanto antes, mas uma força misteriosa não a deixava. O choque de ter acordado abraçada a Poncho aos poucos foi sendo substituído por sensações muito diversas.

Aquele era o homem que amava. Achava agradável toca-lo, estar tão perto dele. Perceber-lhe a respiração. Podia senti-lo quente e viril. Era impossível afastar o desejo de beijá-lo. De ser acariciada, amada...

- Anahí...

Seu nome soou como música nos lábios de Poncho. Era impressão ou ele também queria beijá-la? Antes que tivesse tempo de pensar no assunto, suas bocas se uniram.

Alfonso soltou um gemido e estreitou-a com força. Não devia prosseguir com aquela loucura, mas Anahí se mostrava tão receptiva, tão cheia de desejo quanto ele. Era impossível separar-se dela. Tanto tempo amando-a, sonhando com momentos iguais àquele e agora ali se encontrava ela agindo como se realmente gostasse dele!

- Anahí... Oh, Anahí...

Parecia um sonho, Anahí pensou entreabrindo os lábios para a língua ansiosa de Alfonso. Começava a perder todo o senso de realidade para mergulhar num mundo mágico onde apenas ela e Poncho existiam. Nunca desejava um homem com tal intensidade. E sentia que ele também partilhava seus anseios.

Mas não era possível! Amava Poncho, sim, mas ele não a amava. Esperava por uma outra mulher, como podia querê-la daquele jeito?

A lembrança de que Alfonso estaria pensando em Mia naquele instante fez com que Anahí perdesse todo o entusiasmo. As chamas do desejo se apagaram quando ela lembrou que Mia era mulher dos sonhos dele. Bruscamente, afastou-se.

- Poncho, eu...

- O que foi, Anahí? -Alfonso a fitou confuso. Os olhos dela estavam cheios de lágrimas. - Magoei você?

Ela balançou a cabeça, negando. Não conseguia nem falar. Queria dizer que sim, que ele a havia magoado, mas não pelo motivo que pensava.

- Escute, Anahí... - Ele sentou-se no sofá. - Não tive intenção de...

- Tudo bem, Poncho... - Anahí o interrompeu ajeitando as roupas. - Não estou culpando você de nada. Eu... eu me esqueci de Mia, foi só.

- Acho que eu também. - Ele mentiu passando a mão nos cabelos.

Céus! Como desejava tomá-la nos braços de novo. Quem sabe não seria o momento ideal para contar-lhe que Mia era uma invenção? No meio daquela tempestade Anahí não teria como fugir.

Alfonso a fitou por alguns instantes, mas percebeu que não teria coragem. Ainda não se sentia preparado.