Fanfic: Aulas de Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Após terminar o café, Anahí vestiu-se, arranjando-se o melhor que podia. Trazia apenas um batom e um pó compacto na bolsa, mas foi o suficiente para dar-lhe um ar mais de acordo com aquele dia especial.

Os dois optaram por um café da manhã bem leve. Assim sentiriam mais apetite para o pato que Anahí decidiu preparar com laranja e purê de maçã.

Por volta do meio-dia, quando o aroma de laranja começou a invadir a cozinha, ela disse sorrindo:

- Meu pobre peru deve estar se sentindo tão só e abandonado lá em casa. Judiação...

- Quem sabe não poderemos comê-lo no almoço de ano-novo? - Alfonso sugeriu. - Isto é, se não estiver cansada de me ver pela frente, é claro.

- Poncho! - Anahí o repreendeu. - Esqueceu-se de que estará com Mia?

- Puxa, é mesmo. - Alfonso sentiu que corava. Se não tomasse mais cuidado acabaria se traindo. - Esqueci-me completamente.

Ela o fitou ressabiada.

- A menos que queria levá-la à minha casa.

- Não! - Alfonso praticamente gritou. - Quero dizer, é melhor não, Anahí.

- Você acha que... que se contar à Mia sobre nossa amizade, porá tudo a perder?

- Indiscutivelmente - ele concordou com veemência. - Se Mia ficar sabendo não terei a menor chance. Será o meu fim.

Anahí o fitou intrigada. Às vezes estranhava as atitudes de Poncho. Ele passava de um extremo ao outro com a maior facilidade. Num momento parecia nem lembrar-se da existência de Mia. No instante seguinte, porém, falava dela como se conquistá-la fosse uma questão de vida ou morte.

Anahí suspirou abrindo a porta do forno.

E quanto a ela? O que faria a respeito de toda a situação? Entregaria de mão beijada o homem que amava a uma mulher cheia de pose que sempre o humilhara? Quem garantiria que Mia iria gostar de Poncho mesmo depois de vê-lo mudado? Droga! Era claro que a garota ia cair apaixonada assim que o visse!

- Um peru é sempre um peru, Poncho - disse sem entusiasmo. - Poderemos comê-lo num outro dia qualquer, se você quiser.

Somente os dois? Alfonso estranhou que Anahí não mencionasse Mia. Poderia ser um bom sinal. Talvez ela começasse a querê-lo para si.

- Não vou me esquecer de cobrar esse convite, Anahí. - disse, chegando bem perto dela, de propósito. - Posso ajudá-la em alguma coisa?

Anahí estremeceu. Suas reações à proximidade de Alfonso estavam se tornando mais intensas a cada minuto.

- Eu... Não me lembro de nada no momento - disse, afastando-se. - O que vai querer para sobremesa?

- Quais você sabe fazer?

- Muito poucas. Pudim, bolo de chocolate e torta de maçã.

- Bolo de chocolate!

- No Natal? Não é uma sobremesa típica.

- E quem se importa? Adoro bolo de chocolate, mas a sra. Gaines nunca faz. Insiste em preparar pratos complicados quando prefiro coisas simples.

- Por que não a deixa saber de suas preferências, Poncho? Deve dizer às pessoas do que gosta.

Não era necessário lembrá-lo. Alfonso já estava cansado de saber. Na verdade toda vez que olhava para Anahí ficava imaginando qual seria a reação dela se lhe dissesse que a amava.