Fanfic: Aulas de Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Concentrar-se no trabalho durante o resto da tarde foi tão impossível quanto enganar a Maite. Anahí não pensava noutra coisa a não ser na chegada de Mia.

Quando Alfonso abriu a porta do seu escritório para pedir-lhe alguns papéis, ela não resistiu. Resolveu tocar no assunto, casualmente.

- Poncho, é hoje que vai buscar Mia e o irmão no aeroporto, não?

Ele a fitou por alguns instantes antes de responder.

- Não - falou por fim. - O irmão dela me ligou ontem à noite para avisar que só vão poder vir amanhã.

- Oh... - Anahí não sabia o que dizer. - Você deve ter ficado desapontado, quero dizer, agora terão pouco tempo juntos, não é mesmo?

- Espero que não.

- Não...? - Anahí sentiu um aperto no peito. - Mas Mia vai ter que voltar logo para Nova York, não é mesmo?

Com um ar pensativo, Alfonso aproximou-se.

- Acredito que sim - disse, parando bem junto da escrivaninha de Anahí. - Mas se tudo correr bem, espero que ela queira ficar comigo para sempre. - Pelo menos a última parte não era mentira, pensou mais aliviado.

- Vai conseguir convencê-la, Poncho - Anahí forçou-se a dizer. - Tenho certeza de que vai, não se preocupe.

- Espero que sim. - Ele a tocou de leve no ombro.

– E tudo graças a você, Anahí... Que tal irmos ao Ricetti esta noite?

Anahí levou um choque:

- Como?!

- Quer sair comigo esta noite?

- Mas... Poncho...

- A não ser que tenha algum outro compromisso, é claro.

O único compromisso dela era com o travesseiro onde pretendia chorar até às lágrimas.

- Não, é claro que não, Poncho! Eu adoraria ir com você ao Ricetti.

- Seis e meia, então?

- Combinado, estarei esperando.

Quando ficou a sós, a vontade de Anahí foi começar a chorar ali mesmo, no escritório.

Anahí olhou para Alfonso do outro lado da mesa e sorriu. Ele estava maravilhoso.

Usava o pulôver que ela lhe havia dado e parecia tão à vontade, tão seguro de seu charme, que a fazia sentir-se como uma adolescente bobinha.

Ele mesmo encomendou as pizzas e para surpresa de Anahí pediu uma garrafa de vinho tinto.

- Para comemorarmos - disse-lhe, sorrindo.

Comemorarem o quê? Anahí pensou com tristeza. Só se fosse a desgraça dela. Criando coragem, falou a respeito da festa do dia seguinte.

- Não está nervoso por ter de dançar com Mia, está, Poncho?

- Não. - Ele a fitou, com muita emoção. - Só espero que ela entenda que tudo que fiz foi por amá-la.

Anahí engoliu em seco. Havia um nó em sua garganta, uma tal pressão no peito que temia não agüentar a espera para chorar no travesseiro.

Mikaella Borges: Calminha florzita Continuando..