Fanfic: Aulas de Amor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Anahí!

- Oi, Poncho! - Ele parecia tão chocado que Anahí teve de ajudá-lo. - Não vai me convidar para entrar?

Alfonso deu um passo atrás. A visão de Anahí tão linda, perfumada, o deixara completamente atordoado.

- Va... vamos entrar?

- Obrigada, Poncho.

Anahí passou por ele indo direto à sala maior. O pinheiro de Natal ainda se encontrava armado, mas as luzinhas estavam apagadas. Sob ele, todos os presentes da inexistente Mia ainda embrulhados.

Ciente de que Alfonso vinha logo atrás dela, Anahí parou no meio da sala e voltou-se para ele com um sorriso nos lábios.

- Feliz ano-novo, Poncho!

- Obrigado, Anahí... - Havia muita tristeza na voz dele. - Mas felicidade é a última coisa que sinto no momento.

- Fico contente que esteja infeliz, Poncho.

- Acredito. - Ele passou a mão pelos cabelos em desalinho. - Deixou bem claro ontem à noite o quanto me despreza.

- Oh, mas não foi o que eu quis dizer.

Alfonso arqueou as sobrancelhas.

- Não? Então o que foi?

- Estou contente que não esteja feliz porque isto significa que você me ama de verdade.

- Mas é claro que eu te amo! - Ele indignou-se.

– Acha que um homem seria idiota a ponto de passar por todas aquelas... aquelas aulas se não amasse loucamente?

Anahí aproximou-se dele. Seus olhos brilhavam com a suavidade de quem estava amando. E de quem compreendia.

- Poncho... Pensei muito em tudo o que aconteceu. Seu plano foi genial. Funcionou, não é mesmo?

- Não do meu ponto de vista.

Anahí colocou as duas mãos na cintura.

- Poncho! Está tentando me dizer que depois de todo o sacrifício para me conquistar, vai desistir? Esperava mais perseverança de sua parte.

- Eu... - Alfonso não ousava acreditar no que estava imaginando. - Anahí, por que veio até aqui? O que está querendo me dizer?

- Vim até aqui, meu brilhante executivo, para dizer que te amo. E que é bom nunca mais se atrever a mentir para mim!

De repente ele começou a rir. Ria enquanto abraçava Anahí. Ria sem saber que a cabeça enterrada em seu peito trazia o rosto banhado em lágrimas.

- Oh, meu amor! Eu te amo tanto, tanto. Nunca desejei magoá-la, acredite em mim. Apenas mostrar-lhe o meu amor, nada mais.

- Também te amo muito, Poncho. - Ela ergueu os olhos para ele. - Jurei nunca mais confiar num homem depois que meu pai nos abandonou. Mas você me ensinou que o amor existe e que é importante confiar.

- Pelo jeito, nós dois ensinamos muitas coisas um ao outro, minha querida. Então me perdoou? Quer se casar comigo?

- É claro que sim, Poncho!

Alfonso segurou-lhe o rosto entre as mãos e a beijou suavemente nos lábios.

- Diga-me, meu amor, o que a fez mudar de idéia?

- Algo que Lawrence me perguntou. Ele queria saber se eu não acharia bem pior se Mia existisse mesmo. Foi então que percebi o quanto estava sendo tola. Você havia inventado Mia justamente por me amar. E que bom que ela não existe, Poncho!

- Sempre soube que Lawrence era um garoto muito esperto.

- Tanto quanto serão nossos filhos!

- Concordo. Mas nossos filhos não serão pressionados a se tornarem milionários, certo?

- Absolutamente certo! Serão crianças normais. Inteligentes mas normais como qualquer outra.

- Irão a festinhas, aprenderão a dançar e comerão cachorros-quentes e hambúrgueres sempre que tiverem vontade.

- Apenas me prometa uma coisa, Poncho.

- Qualquer coisa que quiser, amor.

- Que o pai deles estará sempre por perto para amá-los. E a mãe deles também.

- Jamais imaginaria nossa vida de outra maneira, minha querida.

Anahí suspirou e o beijou com paixão. Vários segundos depois ela conseguiu falar de novo.

- Diga-me, meu futuro marido. Como um executivo, ultra-conservador como você, pode ser tão malandro, malicioso, sexy e carinhoso?

- Não sabe? Nesse caso acho que vou ensiná-la.

- Boa idéia, Poncho. - Anahí o fitou com um ar provocante. - Estou morrendo de vontade de ter você como professor.

FIM