Fanfic: Mau Até os Ossos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

De saco cheio e com vontade de sangue, chamou de novo ao número de telefone.

Ninguém respondeu.

Então marcou o número do escritório de Christopher, onde a noiva de Christopher, Madison, respondeu ao terceiro sinal.

—Madison, aqui é Alfonso. Christopher está?

Madison  era a extremamente atraente assistente do diretor da agência. Era uma imigrante vietnamita, e sua inteligência saía da escala. O que ajudava a sua memória e sua necessidade de exigir vingança a qualquer um bastante bobo para burlar-se de seu nome. Era um engano que Alfonso cometeu sozinho uma vez, e era afortunado por não ter uma claudicação permanente da experiência.

Ela era uma agente de primeira e a mão direita de Christopher, e não deixava nunca a ninguém que esquecesse ambas as coisas.

—Bem, bem, Sr. Herrera — disse com seu seco, impecável inglês. Madison podia falar em qualquer lugar com soltura como se fosse nativa em quinze idiomas. — Que agradável que contate. Fazendo explodir algum ônibus escolar ultimamente?

—Perdão?

—Por favor, não se desculpe, não vai Sr. Raptar-a-uma-mulher-e-arrastar-até-minha-caverna. Christopher está tão de saco cheio contigo agora, que é afortunado de seguir vivo. Está falando por telefone com Diego Boyer, da Livros Rose, tentando lhe assegurar que não feriu Anahí e lhes será devolvida breve.

—Não sou eu quem a machucou. Retter pegou ela esta manhã.

O silêncio lhe respondeu durante uns poucos pulsados até que Madison começou a rir.

—Não é divertido, Madison.

—Claro que é. Deve estar como louco desde que a pegou. Ao menos, não te deu um murro no nariz antes de levá-la. O ator que fazia Brad Ramsey, em caso de que lhe pergunte isso, está bem mas machucado. Ele também deixou seu emprego e estava tentando nos demandar até que apresentei Tessa e o convenci de que um julgamento poderia ser extremamente arriscado para sua saúde.

Tessa era a estimada Glock 33 de Madison, que só era levemente mais letal que a outra arma mortal de Madison, Petey, o assassino Rottweiler.

—Juro, vou matar Retter por isso.

—Uh,  não, não o fará céu. Ele é vital para a segurança da nação, e se encontra sob extrema proteção.

Alfonso grunhiu através do telefone.

—Então me diga como fazer para lhe dar uma bronca.

—Ohhh — suspirou ela. — Não acredito que seja possível. Verá, ele estava no Rio de Janeiro, passeando em uma bela praia, quando Christopher o chamou para que arrebatasse a turista do Diego. Foi mau, Alfonso. Então, sinto muito. Se quer falar com Retter, então chama-o. Não há nada que eu possa fazer.

E desligou o telefone.

—Estupendo — disse com voz forte, esperando que qualquer micro que tivesse escondido captasse sua voz. — Melhor te esconder Retter, porque esta noite te vou chutar seu podre traseiro por toda a praia.

Três horas mais tarde, Alfonso cruzava a praia, estava preparado para atacar, neste caso, estava preparado para Retter.

Tinha lutado ao lado desse bastardo o suficiente para saber o que necessitava para derrotá-lo. E derrotá-lo é o que ia fazer. Durante as três últimas horas, tinha feito um total reconhecimento da ilha. Havia apenas um lugar onde Anahí poderia estar.

Um lugar que Retter poderia considerar seguro.

Ele já tinha a pequena cabana à vista. Assentava-se solitária na base de uma pequena colina. Usava-a para fornecimentos que Christopher não queria perto do hotel, no caso de que um fogo ou algo pudesse fazê-los explodir.

Alfonso não afrouxou o passo nem duvidou enquanto se dirigia para ela. Estava a menos de três jardas da porta quando ele ouviu um agudo clique.

Girando, lançou-se longe um instante antes que a choça estalasse em pedaços.

Choveram escombros sobre ele.

Alfonso não podia respirar do temor que o embargava. Anahí!

—Não está anoitecendo, Alfonso.

Alfonso viu um walkie-talkie na areia, a poucos pés de onde se encontrava. Levantou-se e o agarrou.

—Onde diabos está, Retter? — Olhou ao redor, examinando tudo.

—Olhe para cima.

Assim o fez, e viu o Retter, Derrick e Eddy de pé no alto do escarpado. Anahí não estava em nenhum lugar à vista.

—A que tipo de jogo estão jogando?

—Ao esconderijo. Se puder encontrar Anahí, deixarei que fique com ela.

—E se não?

—Perde-a. De vez. — Viu Retter mover-se, afastando-se de Derrick e Eddy. Uma vez que esteve fora do alcance de seus ouvidos, Retter falou de novo. — Sentiria perdê-la, Alfonso? Diga-me a verdade.

Sim, sentiria. Estivera com uma sensação de vazio desde que despertou pela manhã e se encontrou sozinho de novo. Cada minuto que passava longe dela, doía-lhe. A desolação de seu interior não era como nada que ele tivesse conhecido jamais.

Não queria viver sem Anahí.

Mas o inferno congelaria antes que ele o admitisse isso para Retter.

—Vá para o inferno!

—Quase com certeza irei, mas enquanto isso o tempo está acabando para você. Se não a encontrar antes que caia a noite, acabou-se e você, amigo, estará em um avião saindo daqui.

Era o que Alfonso queria antes. Mas isso foi antes conhecer Anahí, e que tivesse aprendido a divertir-se sem usar explosivos. Divertir-se sem que ninguém lhe disparasse a cada momento.

O que faria sem ela?

Não queria descobri-lo. Baixando o rádio, retrocedeu entre as árvores e se concentrou aonde Retter a teria escondido agora.