Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria
— Dul? —Sussurra baixinho.
Gemo.
— Apesar do passado, você continua sendo minha menina. Nada vai mudar isso.
Abro os olhos e reúno forças para responder.
— Sou uma mulher, Ucker.
Preciso que se dê conta que não sou uma menina. Sou uma mulher, tenho necessidades, e uma dessas necessidades — a maior de todas — é Christopher Uckermann.
(...)
Era inevitável que me abandonasse. Suas ações, suas palavras e conforto foram também bons demais para ser verdade. Deveria saber pela culpa que inundou seu rosto quando me impediu de ir embora. Quem me dera que não tivesse vindo atrás de mim. Quem dera não tivesse deixado sua compaixão forçá-lo a me confortar. Agora tudo é muito mais difícil. O vácuo é constante, a agonia sem fim. Tudo dói: a cabeça de tanto pensar e o corpo de sentir falta de suas carícias. Até meus olhos doem de não vê-lo. Não sei quanto tempo se passou desde que me deixou. Dias. Semanas. Meses. Pode ser que mais.
Não me atrevo a deixar minha escuridão silenciosa. Não me atrevo a mostrar minha alma ferida ao mundo. Vivo ainda mais isolada do que antes de conhecer Christopher Uckermann.
As lágrimas rolam por minha bochecha. O rosto de minha mãe se transforma no meu e viro o rosto ao receber um tapa de minha avó.
— Dul?
— Me deixe em paz — soluço dobrando meu corpo dormente e escondendo meu rosto banhado em lágrimas no travesseiro.
— Dul...
Mãos puxam meu corpo. Resisto, não quero ver ninguém. Não quero fazer nada.
— Dul, por favor.
— Deixe-me ir! —grito me mexendo como uma cobra.
— Dul!
Estou cravada no colchão, com as mãos em ambos os lados da cabeça.
— Dul, abra os olhos.
Todo meu corpo treme e fecho os olhos com força. Eu não estou pronta para fazer frente ao mundo. Ainda não. Pode ser que nunca. Meus braços estão mais uma vez livres, mas alguém segura minha cabeça. Logo noto a suavidade de lábios que me parecem familiares em minha boca, e ouço a respiração lenta que tanto amo.
Abro os olhos e tento me recompor. Estou atordoada, desorientada e transpirando. Tenho palpitações e não vejo nada, porque meu cabelo loiro e despenteado tapa o meu rosto.
— Ucker?
Afasta o cabelo do meu rosto e consigo focar nele pouco a pouco. Seu lindo rosto é a imagem viva da preocupação.
— Estou aqui, Dul.
Finalmente, estou consciente e me lanço em seus braços com tanta força que o atiro de costas contra a cama. Estou louca, mas viva. Aterrorizada, mas tranquila.
Foi apenas um sonho.
Um sonho que me fez sentir em carne viva, de como seria perdê-lo.
— Me prometa que não vai me abandonar — murmuro. —Me prometa que você não vai para nenhuma parte.
— Ei, de onde veio isso?
— Me prometa isso.
Afundo o rosto em seu pescoço, não quero deixá-lo ir. Tive sonhos outras vezes. Tinha acordado me perguntando se realmente tinham acontecido, mas dessa vez foi diferente. Isto foi tão real que foi assustador. Ainda sinto o aperto no peito e o pânico que me afligia, e isso que está me sacudindo em seus braços.
Custa para ele, mas enfim consegue retirar minhas unhas das suas costas e me separar do seu corpo. Ele se senta e me acomoda entre as coxas dele. Acaricia meu pescoço, desenhando círculos com as palmas das mãos e inclina minha cabeça até que nossos olhos se encontram. Os meus estão banhados em lágrimas e os seus são um mar de ternura.
— Eu não sou sua mãe — diz muito seguro.
— Doía muito. — estou soluçando, tentando me convencer que foi só um pesadelo. Um maldito pesadelo.
Fica muito sério.
— Sua mãe te abandonou, Dul. Claro que te dói.
— Não. — nego com a cabeça entre suas mãos. — Isso já não me dói.
Este novo medo apagou qualquer sensação de abandono que tinha antes.
—Estou melhor sem ela.
Ele pisca e fecha os olhos ao ouvir minhas palavras duras. Eu não ligo.
— Eu estou falando de você — sussurro — Você me abandonava. — sei que pareço fraca e necessitada, mas o desespero é mais forte que eu. Em comparação com o que eu sinto agora, superar o abandono da minha mãe era como costurar e cantar. Miller tem me mostrado o que é estar à vontade com outra pessoa. Me aceitou. — Nunca nada tinha doido tanto.
— Dul...
— Não, — o corto. Tem que saber isso.
Me afasto de seu espaço pessoal e me sento do outro lado da cama, onde não pode me tocar.
— Dul, o que você está fazendo? — pergunta tentando me alcançar.— Venha aqui.
— Você tem que saber de uma coisa — sussurro nervosa. Me recuso a olhá-lo no rosto.
— Há mais?
Retira a mão, como se eu fosse mordê-lo. Está receoso, age com cautela. Não me inspira confiança. O surpreendi mais com meus segredos do que ele com as oscilações de humor (de dominante para passivo, de frio para carinhoso num piscar de olhos).
— Há mais uma coisa — confesso, e o ouço suspirar, se preparando para a próxima bomba.
Para ele, é possível que seja o mais terrível de todos.
— Me parece que isso é uma conversa, Dul — diz em um tom forte e intimidante, que faz com tire sarro dele ou me encolha como um inseto. Desta vez, me encolho.
— Continua me parecendo fascinante. — digo olhando para ele. — Todas as suas manias e seu perfeccionismo, o fato de que você está sempre arrumando as coisas que já estão mais que perfeitas e do jeito que você gosta de ter tudo preparado em uma determinada maneira.
Olha-me muito sério, com a testa franzida, e por um segundo sinto que vai negar tudo, mas não.
— Tem de me aceitar como sou, Dul.
— Me refiro a isso.
— Explique — exige bruscamente.
Me encolho ainda mais.
—Me dá ordens — digo feito um monte de nervos — E isso deveria me estarrecer ou talvez deveria me dar vontade de te mandar passear, mas...
— Acho que ontem você me disse que eu estava indo para o inferno.
— Culpa sua.
— Provavelmente — concede um grunhido e coloca aqueles olhos azuis tão divinos em branco. – Continue.
Sorrio para mim mesma. Ele está fazendo. Está sendo brusco e superior, mas é atraente até mesmo quando me dá nos nervos. Sinto-me segura com ele.
— Não sei se meu coração poderá sobreviver a você — digo em voz baixa observando sua reação— Mas vou aceitar você como você é.
Não deveria me surpreender que permanece impassível e não me surpreende, mas seus olhos me dão uma pista. Me dizem que já sabe como me sinto. Seria um idiota se não soubesse.
— Estou apaixonada.
Seus olhos azuis, acariciam minha alma. Tudo é compreensão.
— Por que está do outro lado da cama, Dul? — me pede com uma voz rouca e segura. Meus olhos percorrem a distância entre nossos corpos. Um bom pedaço de colchão nos separa. Talvez tenha me perdido um pouco ao dizer que precisava de distância, mas não queria sentir como seu corpo ficaria tenso ao me ouvir dizê-lo. Eu não disse isso, mas Ucker é um homem inteligente. Mostrei minhas cartas e agora elas estão viradas para cima, para que todos vejam.
— Não, não foi...
— Por que está do outro lado da cama, Dul?
Nossos olhos se encontram. Olha para mim muito sério, como se lhe doesse meu distanciamento, mas continuo a ver entendimento em seus olhos.
— Eu não...
— Já fez com que eu me repetisse — me corta. — Não me obrigue a ter que repetir.
Demoro para reagir. Quando estou prestes a voltar para ele, decido não fazê-lo porque não sei o que estará passando nessa cabeça tão complicada.
— Você está pensando demais, Dul — me adverte. — Eu quero "o que mais gosto".
Hola meninas! Estou de volta <3
Pelo o que vi nos comentários maioria ficou surpreso com o segredo de Dul! Ai meu Deus...
Espero que estejam gostando. E porque há tantas leitoras fantasmas? Têm que perder a vergonha, hein e comentar!
Favorite e comente! Las amo ♥
jaqueline: Dul sempre continuará a ser a nossa menina doce rsrsrs! Sim, a escolha dela de entrar nesse mundo foi muito compreensivel. Eles meio que são sim :)
stellabarcelos: Ele foi um querido! Quero um!
gleyce_castro: Hey, bem vinda :D Ainda bem que ama minhas adaptações, deus! Fico muito feliz... Pois é, mas eu tive que fazer escolhas :/ Mas sempre pode baixar e ler o livro :D
lenevondy: Acho que todas queremos, né... Ele tá sendo muito fofo! Queria que ele fosse sempre assim. :o
deborapv: Pois é, ela parece tão doce, mas na verdade ela nos surpreendeu com o seu segredo! Ucker tá sendo um bom cara para Dul. :)
taina_vondy: ahahahah continuando :P
Autor(a): dricapentas
Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Me movo um centímetro, lentamente, mas não me recebe de braços abertos e também não vem até mim. Observa-me impassível, em seguida meu olhar se aproxima dos seus olhos até que me aconchego em seu colo, e o circulo tão hesitante com braços. Sinto suas mãos nos meus quadris, acariciando minhas co ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 488
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
aucker Postado em 14/12/2020 - 23:38:15
Estou morta com a avó da Dul kkkk
-
babiihvondy Postado em 26/01/2017 - 11:33:44
Aaaa continuuua 😥😒
-
vondyfforever Postado em 11/11/2016 - 23:00:21
Posta maaaais*-*-*-*-*-*
-
hanna_ Postado em 10/11/2016 - 21:02:32
3º ttemporada! Continua ;)
-
hanna_ Postado em 24/10/2016 - 01:11:58
Wow, nossa! Essa cliente obsessiva só parece ser a cereja no bolo. Perigo por tdos os lados. Q cheguem bem. Tadinho do Christian...
-
vondyfforever Postado em 13/10/2016 - 19:04:34
Postaaaa maaaais *-*-*-*
-
saah_ Postado em 11/10/2016 - 20:00:15
SOCORRO, É A BLANCA!!! Continua drica
-
saah_ Postado em 04/10/2016 - 23:01:39
Nao to entendendo nada, socorro...mas okayy, continua
-
amanda_mp Postado em 03/10/2016 - 21:27:48
Continua Amo essa fic Venho ver se você postou tds os dias
-
vondyfforever Postado em 02/10/2016 - 22:59:20
Postaa maaais *-*-**-*-*-*-