Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria
Quero sair correndo, mas meu coração bate tão rápido que não permite que as ordens do meu cérebro cheguem às minhas pernas. Voltam para trás para minha cabeça e me deixam tonta e me confundem.
— Dul...— Ucker aparece sob os meus olhos para baixo. Seu rosto não transmite a beleza inexpressiva a que estou me acostumando em tão pouco tempo. — Ela está bêbada. Não dê ouvidos a ela, por favor.
— Aceita dinheiro em troca de sexo..— minhas próprias palavras me acertam como punhais. — Me deixou dizer tudo sobre minha mãe, sobre mim. Você colocou uma cara de surpresa quando parece que você é igual a ela. Eu...
— Não. — sacode a cabeça com veemência.
— Sim — reafirmo. Meu corpo inerte retorna à vida e começo a tremer. — Você se coloca à venda.
— Não, Dul.
Em minha visão periférica posso assistir Beatrice descendo do banco.
— Eu amo o drama, mas eu tenho um marido gordo, careca e safado que eu vou ter que me conformar esta noite.
Ucker se vira violentamente contra ela.
— Melhor não contar a ninguém!
Beatrice, sorri e acaricia o braço dele.
— Eu não sou uma fofoqueira, Christopher.
Ele bufa, ela ri e sai se pavoneando do bar. Pelo caminho recolhe o casaco de pele com o encarregado do guarda-roupa.
Ucker pega então a carteira do bolso e joga um punhado de notas por cima do bar. Em seguida, apanha minha nuca.
— Vamos.
Eu não resisto. Estou em choque. Eu quero vomitar e minha cabeça dói. Nem mesmo posso pensar com clareza e entender o que está acontecendo. Sinto que minhas pernas estão se movendo, embora parece-me que não vou a lugar nenhum. O coração zumbe em meus ouvidos não posso respirar. Eu tenho os olhos bem abertos, mas a única coisa que vejo é minha mãe.
— Dul?
Olho para ele confusa. Vejo um rosto angustiado, triste e atormentado.
— Me diga que isso é um sonho ruim. — murmuro.
É o pior pesadelo da minha vida, mas enquanto não é real, dá no mesmo. Eu quero acordar.
Torce a testa como um sinal de derrota e para bruscamente. Ficamos parados ao lado das portas de vidro enorme. Parece completamente desanimado.
— Dulce, quem me dera poder te dizer que é.
Me abraça com força contra seu peito, com desespero, mas não posso dar "o que mais gosta". Estou atordoada. Insensível.
— Vamos para casa — diz.
Passa o braço pelos meus ombros, me coloca a seu lado e saímos para a rua. Nós andamos um tempo em silêncio. Não digo nada porque estou fisicamente incapaz, e Ucker não diz nada porque não sabe o que dizer. A surpresa me deixou feito um amontoado, mas meu cérebro funciona melhor do que antes e me faz reviver memórias que já gastei muito tempo ultimamente. Minha mãe. Eu. E agora Ucker.
Ucker me coloca no carro com muito cuidado, como se achasse que vou quebrar. É possível, se é que eu já não estou quebrada. Eu gostaria de rebobinar a noite, mudar muitas coisas, mas o que ganharia com isso? Continuar na escuridão, ignorante da verdade?
— Gostaria que eu te levasse para casa? — pergunta se acomodando no assento do motorista.
Me viro para ele como um autômato. As mesas viraram. Agora é ele quem carrega tudo escrito no rosto, não eu.
— Onde, se não, iria querer que me levasse?
Baixa o olhar e coloca o motor em marcha. Me leva para casa com um tema de Snow Patrol soando ao fundo que me lembra de abrir os olhos.
O caminho parece longo e lento, como se ele tentasse que não chegássemos nunca, e quando para o carro na casa da vovó, abro porta aberta para sair imediatamente.
— Dul — diz e parece desesperado.
Me pega pelo braço e me impede de continuar, mas não diz mais nada. Não tenho certeza se há algo para dizer, e é evidente que ele tampouco.
— O quê? — inquiro, esperando acordar a qualquer momento e encontrar-me envolta em "o que ele mais gosta", segura na sua cama, longe da realidade dura e crua que descobri. Uma realidade que é muito familiar para mim.
Mas então o telefone de Ucker rompe o silêncio. Amaldiçoa e pressiona o botão de "Rejeitar". Ele volta a tocar.
— F/oda-se! — exclama, atirando-o contra o painel de controle.
Depois de um momento, ele soa novamente.
— É melhor você atender — cuspo libertando-me de sua mão. — Imagino que elas morrem por pagar milhares de libras para passar uma noite com o acompanhante mais famoso de Londres. Então você pode obter dinheiro extra enquanto f/ode alguém. Tenho certeza que te devo uma fortuna.
Ignoro seu gesto de dor e o deixo no carro, decidida a investir minha energia em esquecer da segunda pessoa envolvida na prostituição que conheci na minha curta vida. Exceto que este me aceitava e me consolava. Esse vai me custar a esquecer. Já sinto a fria e triste solidão que me espera.
Autor(a): dricapentas
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Continuo olhando o meu quarto quando amanhece. Isso não tem solução. Se eu durmo, tenho pesadelos. Se permaneço acordada, os sofro ao vivo. No entanto, eu não escolhi nada disto. Eu não consigo dormir. Meu pobre cérebro não pode parar e recebe um bombardeio constante de imagens do passado. Eu não sou capaz de enf ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 488
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aucker Postado em 14/12/2020 - 23:38:15
Estou morta com a avó da Dul kkkk
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babiihvondy Postado em 26/01/2017 - 11:33:44
Aaaa continuuua 😥😒
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vondyfforever Postado em 11/11/2016 - 23:00:21
Posta maaaais*-*-*-*-*-*
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hanna_ Postado em 10/11/2016 - 21:02:32
3º ttemporada! Continua ;)
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hanna_ Postado em 24/10/2016 - 01:11:58
Wow, nossa! Essa cliente obsessiva só parece ser a cereja no bolo. Perigo por tdos os lados. Q cheguem bem. Tadinho do Christian...
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vondyfforever Postado em 13/10/2016 - 19:04:34
Postaaaa maaaais *-*-*-*
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saah_ Postado em 11/10/2016 - 20:00:15
SOCORRO, É A BLANCA!!! Continua drica
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saah_ Postado em 04/10/2016 - 23:01:39
Nao to entendendo nada, socorro...mas okayy, continua
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amanda_mp Postado em 03/10/2016 - 21:27:48
Continua Amo essa fic Venho ver se você postou tds os dias
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vondyfforever Postado em 02/10/2016 - 22:59:20
Postaa maaais *-*-**-*-*-*-