Fanfics Brasil - Capitulo 147 - 2ª temporada Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada

Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria


Capítulo: Capitulo 147 - 2ª temporada

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— Teve a amabilidade de deixá-lo uma vez sobre a minha mesa para eu ler, antes de dormir.
— Ah!...  pego o garfo e começo a aprofundar no arroz, não me apetece nada.


Qualquer coisa para escapar da enorme amargura que emana de Fernando.
— Sua mãe podia ser muito cruel, Dulce.


Assinto. De repente eu vejo muito claramente por que ela escreveu aquele o diário. Ela gostava de escrever todas aquelas passagens que descrevem os intermináveis encontros com uma série de homens com todo o luxo de detalhes. Não era porque ela gostava do que estava fazendo. Ou talvez sim, quem sabe? Mas ela o escreveu para torturar Fernando. Gostava de saber o dano e a raiva que causava ao homem que amava.
— De qualquer forma... – suspira, — São águas passadas.


Pequeno insulto.
— Para você, pode ser! – Eu contestei. – Em contra partida para mim, o fato de ter me abandonado permanece sendo um mistério com o qual eu tenho que viver todos os dias!
— Não se torture, Dulce.
— Bem, eu faço! Me ofende que você tome meu abandono de forma tão leve. Tentando me convencer de que o fato dela ter me abandonado não teria importância, era muito mais fácil de lidar com a dura realidade. Uma história de amor atormentado não melhora as coisas e nem me ajuda compreender nada.
— Acalme-se. - Fernando inclina-se sobre a mesa e acaricia a minha mão para me confortar, mas a retiro.


Há muitas coisas na minha vida que me enfurece, e eu sinto tudo escapando do meu controle.
— Estou calma!  grito, e então ele se apoia no encosto da cadeira com um olhar de reprovação em seu rosto bonito. — Estou tranquila.


Volto a remexer no meu risoto.
—Você acha que ela está viva?


O homem que está sentado à mesa na minha frente deixou escapar um enorme suspiro carregado de dor.
— Eu...– ele remexe na cadeira e desvia o olhar. — Eu...-
— Diga-me – eu rogo com calma, me perguntando por que eu me importo tanto. Seja como for, para mim ela está morta.
— Não sei.– Pega o garfo e mergulha no prato. – Blanca tinha o dom de me deixar louco de frustração e desejo, e é possível que tenha deixado alguém louco o suficiente para lhe estrangular, acredite em mim.


Deixa o garfo sobre a mesa. A conversa acabou com a sua fome. Eu faço o mesmo.
—Parece que foi uma boa peça. – digo isso porque eu não consigo pensar em mais nada.
— Você não tem ideia, - ele suspira, quase sorrindo, como se ele estivesse recordando.
— Mas vamos focar no presente.


Limpa da mente as memórias e fica muito sério, como se estivesse em uma reunião da negócios. Imagino que era assim que ele tratava a minha mãe. Basta falar sobre ela que esse homem forte e poderoso se torna vulnerável.
— Christopher Uckermann —  diz então.
— O que tem ele? —  Eu ergo o queixo com altivez, como se tivesse importância.
— De onde você o conhece?
— E você de onde o conhece?


Após a vaga explicação de Christopher me sinto mais curiosa do que antes. Muitos avisos, tantas preocupações... A troco de quê?
— É uma ruína de homem.
— Isso não responde à minha pergunta.


Fernando se aproxima e eu retrocedo receosa.
— Esse homem vive na escuridão, Dulce. Muito mais do que eu. Ele joga com o diabo.


Eu engulo em seco com força e a dor atravessa meu coração. Não consigo pronunciar uma palavra e embora eu quisesse, eu não acho que eu poderia mover a minha língua de pano.
— Eu sei o que ele faz e como ele faz, —  continua Fernando. – Ele é o acompanhante de luxo mais famoso de Londres, Dulce. Me custou muito te manter longe do meu mundo; não vou permitir que você caia cegamente nas trevas de Christopher Uckermann. Eu estou há bastante tempo neste negócio. Poucas coisas me escapam, se é que me escapa alguma. E se algo eu sei com certeza... – ele parou por um momento e fez um silêncio constrangedor entre ambos.É que ele vai te destroçar.


Pestanejo ante a segurança de sua sentença. Estou morrendo de vontade de dizer que Christopher me mostrou nada mais que ternura... Exceto naquela noite no hotel. À noite em que Fernando me encontrou fugindo do lugar em que Christopher tinha me atado cabeceira da cama e tinha me tratado como uma de suas clientes. Não sei o que foi pior: a frieza impassível que me mostrou ou como seu hábeis dedos e sua língua ágil me torturaram requintadamente até que me fez go/zar.
— Obrigada por me avisar –, digo. São as únicas palavras que consegue atravessar a minha dor.
—Sem dúvida, você é a filha de sua mãe, Dulce.
—Não diga isso!– Eu grito. Fernando retrocede em seu assento, mas não contra ataca. Limitou-se a um gole de sua bebida e esperar que eu me tranquilizasse.
—Eu não me pareço em nada com a minha mãe. Ela abandonou sua filha por um homem que não a amava.


Ele se inclina para frente com brilhantes olhos cinzentos.
— Era impossível que Blanca Saviñón e eu mantivéssemos um relacionamento. Não pense por um momento que eu não tentei fazer o que era melhor para ela. Ou para você.


Ver Fernando chateado é tão incomum que me pegou desprevenida. Nunca o tinha visto perder a compostura.
Toma mais um gole de sua bebida antes de continuar:
— É igualmente impossível uma relação entre Christopher Uckermann e você.
— Eu sei —  suspiro. As benditas lágrimas se acumulam sobre as minhas pálpebras. – Eu sei disso.
— Me alegro, mas o fato de saber que algo é ruim, não nos impede de continuar desejando-o, ir por ela. Eu era ruim para Blanca, e ela não desistiu.
— Quer parar de me comparar com a minha mãe, Fernando, por favor? – nego com a cabeça. Eu não estou pronta para ouvir a dura realidade por mais tempo. — Deveria voltar para a casa. Vovó deve estar preocupada.
— Ligue para ela, —  diz ele, apontando para o meu bolso. – Eu estou gostando de sua companhia e ainda não pedimos nem a sobremesa e nem o café.
— Meu celular está quebrado. —  É a desculpa perfeita para escapar. Levanto-me, pego a minha bolsa no chão. – Obrigada pelo jantar.
— Eu não vejo qualquer traço de gratidão em seu tom Dulce. Como é que eu vou entrar em contato com você?


Esta pergunta me preocupa.
— Por que você quer entrar em contato comigo?
— Para garantir-me de que está segura.
— De quê?
— De Christopher Uckermann.


Eu reviro meus olhos e me esqueço com quem estou falando.
— Tenho sobrevivido até agora sem a sua supervisão, Fernando. Ficarei bem.


Eu me viro e começo a andar, rezando para não voltar a vê-lo. O jantar foi toda uma revelação, mas que não fez nada para remover a dor do passado que, somado à desolação dos últimos dias, é a gota que quebra o vidro.
— Não sobreviverá se Christopher Uckermann continuar em sua vida, Dulce.


Eu derrapo, até parar com meu Converse, e meu sangue gela nas veias. Não me atrevo em olhar com medo no rosto que deve estar pondo.
— Não faz parte da minha vida,– eu digo.


Ouço como retira a cadeira para trás e os seus passos quando começa a andar, mas mantenho os olhos à frente até que me rodeia e olha de cima minha patética aparência.
— Eu reconheço uma mulher cativada por um homem quando vejo uma, Dulce. Eu vi em sua mãe e também vejo em você.


Ele levanta meu queixo e inclina-me. Há um toque de compreensão em seus olhos cinzentos. —Sei que você está magoada e irritada, e essas emoções podem levar você a fazer besteiras. Sua conduta empresarial é no mínimo questionável. E você deveria saber que ele está passando alguns dias em Madrid. – Desafia-me com o olhar para que eu peça mais detalhes. Não é necessário. — Está com uma cliente.
— Eu sou uma mulher prudente. – limito-me a sussurrar. E percebo a incerteza na minha própria voz. Eu acredito em minha força tão pouco quanto Fernando, apesar de saber que tudo o que me disse é a dura realidade.


Ele tem motivos para se preocupar.
—Eu posso cuidar de mim mesmo.


Ele me beija na testa e seus lábios delicados suspiram.
—Vou precisar de mais do que palavras, Dulce. – diz. Então remove a bolsa do meu ombro e me leva para fora do restaurante. —Vou levá-la para casa.

— Eu prefiro caminhar, – digo me afastando.
— Dulce, seja razoável. É tarde da noite. —  Volta a me segurar agora mais firme do que antes. —  Além disso, temos que parar em uma loja e comprar um novo celular.
—Posso comprá-lo eu mesmo —  resmungo.

—É possível, mas eu gostaria de dar a você. —  ele levanta as sobrancelhas como um aviso e seus olhos cinzentos escurecem quando abro a boca para protestar. —E é um presente que você vai aceitar – eu não discuto mais. Eu só quero ir para casa e tentar processar o que Fernando me disse, e o que não disse, então me deixo ser levada para fora do restaurante e me leva até o carro sem dizer uma palavra.


Paramos em uma loja e compramos o mais recente modelo do Iphone. O motorista de Fernando me deixa na esquina da minha casa, para que a Vovó não me veja descer do carro.
— Não se esqueça de carregar. —  ordena-me Fernando enquanto fechava a caixa. Salvei o seu número e coloquei o meu na sua agenda.
— Para quê? – me aborrecendo em como se intromete na minha vida.
— Para eu ser capaz de dormir à noite. – me entrega a caixa e acena com a cabeça para a porta indicando que eu desça. —  Eu diria a você para dar os meus cumprimentos a Frida, mas eu não acho que seja bem recebido.
— Não duvide nem por um momento. —  Saio do Lexus e me viro para a fechar a porta. A janela começa a descer e me curvo para ver Fernando. Seus olhos cinzentos brilham, ele está inclinando-se para trás, assim destaca seu peito largo. É incrível estar em tão boa forma aos quarenta e pouco.
— Provavelmente sairia com um taco de beisebol e quebraria seu carro de bacana.


Ele joga a cabeça para trás e ri. Eu sorrio.
—Eu imagino, - diz.
— Fico feliz que voltou a ser o que era. —  Sorri por alguns instantes antes de ficar sério novamente. Eu também estou.

— Lembre-se o seguinte, Dulce.


Eu não quero perguntar o quê, não precisava, porque leva o ar para terminar a frase quando vê a minha hesitação. Ele vai me dizer ainda que não queira ouvir.
— Seu corpo sabe instintivamente quando você está em perigo. Se você perceber que te arrepiam os cabelos da nuca, um calafrio entre os ombros ou algo lhe dá uma sensação ruim na espinha, fuja.


 




 


 


Ohhh homem chato! Fernando parece não gostar tanto de Ucker... E até deu a informação que ele estava em Madrid com uma cliente..



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Autor(a): dricapentas

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A janela se move para cima e o olhar sério de Fernando desaparece. Eu permaneço como tal na calçada. Suas palavras ecoando em meus ouvidos.    (...)   Vovó colocou o prato na minha frente e me dá um garfo. Revira meu estômago só de olhar para o enorme pedaço de bolo, mas resisto a afastá-lo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 488



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  • aucker Postado em 14/12/2020 - 23:38:15

    Estou morta com a avó da Dul kkkk

  • babiihvondy Postado em 26/01/2017 - 11:33:44

    Aaaa continuuua 😥😒

  • vondyfforever Postado em 11/11/2016 - 23:00:21

    Posta maaaais*-*-*-*-*-*

  • hanna_ Postado em 10/11/2016 - 21:02:32

    3º ttemporada! Continua ;)

  • hanna_ Postado em 24/10/2016 - 01:11:58

    Wow, nossa! Essa cliente obsessiva só parece ser a cereja no bolo. Perigo por tdos os lados. Q cheguem bem. Tadinho do Christian...

  • vondyfforever Postado em 13/10/2016 - 19:04:34

    Postaaaa maaaais *-*-*-*

  • saah_ Postado em 11/10/2016 - 20:00:15

    SOCORRO, É A BLANCA!!! Continua drica

  • saah_ Postado em 04/10/2016 - 23:01:39

    Nao to entendendo nada, socorro...mas okayy, continua

  • amanda_mp Postado em 03/10/2016 - 21:27:48

    Continua Amo essa fic Venho ver se você postou tds os dias

  • vondyfforever Postado em 02/10/2016 - 22:59:20

    Postaa maaais *-*-**-*-*-*-


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