Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria
A janela se move para cima e o olhar sério de Fernando desaparece. Eu permaneço como tal na calçada. Suas palavras ecoando em meus ouvidos.
(...)
Vovó colocou o prato na minha frente e me dá um garfo. Revira meu estômago só de olhar para o enorme pedaço de bolo, mas resisto a afastá-lo para longe e corto um pedacinho sob o seu vigilante olhar. Não é a única que me observa atentamente. Christian e George têm vindo para jantar. Todos permanecem em silêncio e sem tirar os olhos de mim até que eu levo o pequeno pedaço de bolo a minha boca. Tem gosto de veneno de rato, e não se parece em nada com os bolos que minha avó costuma preparar. Tudo tem gosto rançoso, minhas papilas gustativas provavelmente estão me punindo por negligenciá-las.
—Delicioso! — Christian exclama para quebrar o silêncio constrangedor. Chupa os dedos.
—Deveria abrir uma confeitaria.
— Sim, homem! – zomba Vovó. Vinte anos atrás, talvez...
Ele ri, vira para a pia e abre a torneira. Agradeço por já não ser o centro das atenções.
George coloca o dedo na forma e arremata um pouco creme de limão. Vovó, como se tivesse olhos na nuca, se vira para olhar.
—George! — Ela dá uma chicotada com um pano de cozinha. —Onde estão suas maneiras?
— Desculpe-me, Frida. – ele se ajeita, como um menino travesso, e coloca as mãos no colo muito sério.
Christan me chuta por baixo da mesa e aponta com um gesto para a minha Avó, e ela por sua vez, nega com a cabeça para repreender o menino grande. Nós dois não estamos conseguindo mais segurar o riso, e quando George pisca um olho não podemos nos conter mais.
— Está pronto para arrasar na pista de dança com a minha Avó, George? — Pergunto tentando parar de rir antes que ela me censure também.
O bom e velho George está quase bonito em seu terno marrom, ainda que a gravata borboleta de cor mostarda é questionável.
— Frida não precisa de ajuda, – responde olhando para minha Avó. — Como vocês mesmo dizem, ela sempre arrasa em todas as partes sozinha.
Vovó não responde e nem se vira, mas está sorrindo. Eu sei.
— Ela vai te ensinar a remexer o esqueleto- respondo.
Eu ri e chuto Christian por baixo da mesa, mas não movo nem um cílio, enquanto Vovó se vira para pia e move a saia do vestido com alegria, deixando claro o que a espera na pista de dança. Ela olha para mim com as sobrancelhas levantadas enquanto seca as mãos no avental.
— Você está linda Vovó, — digo.
A irritação desaparece do rosto dela instantaneamente e olha para baixo com um sorriso.
— Obrigada, querida.
— O que é isso de - remexer o esqueleto? — pergunta George perplexo olhando para Vovó.
Adoro vê-la corar.
—É dança George. — Ela me dá um olhar de advertência que se suaviza quando me vê sorrindo. Como dança moderna. Então eu vou te ensinar.
Eu quase caí na gargalhada ao imaginar George e Vovó empurrando a pélvis e sacudindo os quadris.
— O que é tão engraçado? — Pergunta George olhando sem compreender ambos os lados.
— Isso eu já sabia — ofega novamente colocando os dedos no bolo de limão.
Vovó não o repreende desta vez. Está muito ocupada dançando pela cozinha.
— Talvez eu deva usar shorts, — ela diz com uma risadinha nervosa que faz com que Christian e eu nos rompemos de rir a gargalhadas.
— Esses shorts curtos que parecem calcinha? – Os olhos de George brilham. — Sim!
— George! – Vovó exclama.
— Pare, por favor! — Christian foi segurar o meu braço em busca de um ponto de apoio, mas ele cai e me arrasta com ele. Estamos histéricos chorando de tanto rir. —São de lantejoulas?
—Não de couro, –ela sorri, — e com fenda.
Eu engasgo e começo tossir. George parece que vai ter um ataque. Recupera-se e pega um jornal para se abanar.
— Frida Saviñón, você tem uma mente perversa— , diz.
— Muito. — Christian solta outra gargalhada e pisca para mim.
Acalmamo-nos e belisco um pouco de bolo. Ouço Vovó suspirar e me preocupo. É que essa classe de longo suspiro indica que eu não vou gostar do que ela vai dizer.
— Por que não sai com Christian?
Eu me afundo na cadeira. Há três pares de olhos me olhando. Acima, eu fico triste de novo.
—Sim, isso Candy, — intervém meu amigo, me bate no braço com a mão.
—Nós vamos para um bar de héteros.
—Você vê? — Vovó acrescenta sorrindo. — É muito amável. Ele está disposto a sacrificar uma noite de paixão por você.
Engulo em seco. George ri e Christian sufoca.
— Christian adora você, mas se recusa a reconhecer a sua condição sexual. Eu acho que é uma coisa da idade, mas meu amigo não se importa.
De fato, ele brinca a respeito de tudo o que pode, e quando eu o vejo tomar fôlego, eu sei que prepara uma delas.
— Sim, — ele diz inclinando-se para trás na cadeira. — Eu vou perder a chance de brincar com homem nu e suado para que eu saia com você.
Mordo meu lábio para não rir da mandíbula batente, ao ver o nervosismo de George. Vovó não se acanha tanto. Não, ela cai na risada e seu corpo treme como um pudim enquanto o pobre do George continua remexendo desconfortavelmente em sua cadeira e resmungando baixo.
— Vocês são malvados — balbucia. —Vocês tem uma mente muito suja.
— Você é um bom amigo, Christian, – Vovó diz rindo. É todo um detalhe!
George franze a testa e olha para Christian.
—Eu pensei que você fosse bissexual.
— Ah! Eu sou o que você quer que eu seja George.
O amigo da Vovó não pode evitar dar um respingo de nojo e ela não consegue parar rir.
Que bom. O riso que provoca a conversa sobre as travessuras sexuais de Christian, me salvou da pressão de ter que sair e fingir que eu estou bem. Eu olho como ele ri do pobre George e como Vovó o anima a continuar com suas gargalhadas. A pequena batalha verbal me lembra de que eu não estou feliz e não há distrações suficientes no mundo para remediar. Algumas coisas conseguem me distrair momentaneamente, mas o desconforto não demora a voltar com mais força, como se estivesse tentando compensar o tempo que esteve ausente, enquanto eu esboçava um sorriso.
Mastigo e engulo devagar. Além disso, meu estômago revirado vai a cem por hora, e eu tenho que correr para o banheiro e me agarrar ao vaso sanitário. Não há nada para vomitar exceto a bílis ácida. Minha boca tem gosto ruim.
Não tenho nenhum remédio.
Se preparem para o proximo capitulo...
Autor(a): dricapentas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 488
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aucker Postado em 14/12/2020 - 23:38:15
Estou morta com a avó da Dul kkkk
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babiihvondy Postado em 26/01/2017 - 11:33:44
Aaaa continuuua 😥😒
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vondyfforever Postado em 11/11/2016 - 23:00:21
Posta maaaais*-*-*-*-*-*
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hanna_ Postado em 10/11/2016 - 21:02:32
3º ttemporada! Continua ;)
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hanna_ Postado em 24/10/2016 - 01:11:58
Wow, nossa! Essa cliente obsessiva só parece ser a cereja no bolo. Perigo por tdos os lados. Q cheguem bem. Tadinho do Christian...
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vondyfforever Postado em 13/10/2016 - 19:04:34
Postaaaa maaaais *-*-*-*
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saah_ Postado em 11/10/2016 - 20:00:15
SOCORRO, É A BLANCA!!! Continua drica
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saah_ Postado em 04/10/2016 - 23:01:39
Nao to entendendo nada, socorro...mas okayy, continua
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amanda_mp Postado em 03/10/2016 - 21:27:48
Continua Amo essa fic Venho ver se você postou tds os dias
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vondyfforever Postado em 02/10/2016 - 22:59:20
Postaa maaais *-*-**-*-*-*-