Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria
— Dulce! Por Deus! — Corre para me encontrar, ela agarra meu cotovelo e me leva para casa. —Meu Deus, o que aconteceu? Oh, Virgem!
— Eu estou bem, — murmuro.
O cansaço toma conta de mim e não me deixava falar. Devo fazer um esforço porque a Vovó parece que vai ter alguma coisa. Seu cabelo está selvagem, ela que sempre vai tão bem penteado, e parece ter envelhecido de repente.
— Você precisa me ouvir dizer que estou bem.
—Vou fazer um chá. — Me leva para a cozinha, mas eu congelei na porta quando eu sinto que me arrepiam os cabelos na nuca.
—Onde ele está? — Vovó bate contra as minhas costas, não esperava a minha freada brusca.
Ela não responde, mas me empurra em direção a cozinha.
—Venha. Vamos tomar um chá, — repete tentando evitar responder a minha pergunta.
—Vovó, onde ele está? — Eu pergunto sem me mover do lugar.
— Dulce, estava fora de si... — com um empurrão, eu entro na cozinha e, em seguida, eu o vejo.
Ucker está sentado junto à mesa, magoado e aborrecido. No entanto, a raiva e o desagrado que me produz não me impedem de desejar que volte a me beijar como fez antes no metrô. Eu perdi. Ele se levanta e me dá um olhar de advertência. Me analisa. Não tem escrúpulos; usa uma velha para conseguir o que ele quer... Ela não tem ideia do horror que tem sido o nosso relacionamento e, consequentemente, o meu coração morreu. Estou prestes a gritar quatro coisas na sua cara em uma tentativa desesperada para mostrar o quanto me irritam suas táticas sujas quando, sem dar tempo ou que eu pudesse reunir forças, uma picada afiada me atravessa a têmpora. Eu levo as mãos à cabeça, uivo de dor e me derrubo dos saltos.
— Dulce, meu Deus. — Eu o tenho do meu lado em um segundo, acariciando meu rosto, me beijando em todos os lugares, murmurando palavras incoerente e xingando baixinho.
Eu estou muito cansada para me livrar dele, então eu espero até que ele tenha terminado sua abundância de mimos e me afasto. Então eu lanço um olhar frio e penetrante.
—Vovó, acompanhe Ucker até a porta.
— Dulce —, rebate ela gentilmente, — Christopher estava muito preocupado com você. Eu disse que você tinha que comprar um novo celular.
—Eu não vou comprar outro porque não quero falar com ele —, eu digo, com uma voz tão fria como o meu olhar. —Vovó, você já se esqueceu de como eu tenho estado nessas últimas semanas? — Eu não posso acreditar que ele voltou para me encurralar assim.
Ele não tem nenhuma moral.
—Claro que me lembro, mas Christopher explicou tudo. E está muito arrependido e diz que é tudo um mal-entendido. — Ela pega a toda velocidade três xícaras do armário, determinada a servir o chá, como se isso fosse apaziguar-me. Ou como se beber uma boa xicara de chá Inglês vai resolver tudo.
—Um mal entendido? — Olho para ele e ali estão os olhos azuis impassíveis. Que ironia: o encontro reconfortante depois de passar a noite de ontem com um maníaco. Me é familiar, e que certamente é ruim. —Diga-me, o que eu entendi mal? — Ucker dá um passo em minha direção e eu instintivamente um passo atrás.— Dul... — Passa a mão pelos cachos escuros, frustrado, e tenta corrigir seu terno, que está arruinado. — Podemos conversar? – Ele diz em sua mandíbula tensa.
—Vamos, Dulce. Seja razoável, – intercede Vovó.
Ucker fica com a mandíbula ainda mais tensa.
—Nem em sonho. — Eu me viro e deixo os dois na cozinha. Embora ninguém esteja mais desolada do que eu. Eu estou desmoronando, me desintegrando.
Tenho a cabeça como um tambor quando subo as escadas, incapaz de processar o que aconteceu. Eu nunca me senti tão confusa, tão desesperada, tão irritada e tão frustrada.
— Dul. — Sua voz me assustou no meio da escada e puxou a força para enfrentar o inimigo do meu coração. Seus olhos estão vidrados e seus ombros caídos, mas ainda o rodeia essa aura de segurança em si mesmo. —Você tem subestimado o quão determinado eu estou para consertar tudo.
—Não temos que consertar.
—Você está errada.
Eu seguro o corrimão. Sua resposta transpira segurança e confiança.
—Eu disse a você e, eu não posso consertar você e não posso arriscar que me destroce toda. — Minha voz falha antes de eu terminar o meu discurso.
Me enfurece não poder acabar com o mesmo valor com o qual eu comecei. Eu já estou em ruínas. Eu não estou quebrada, mas sim em ruínas. O que está quebrado pode ser consertado. O que está arruinado não tem conserto. Para os que estão em ruínas, não há esperança.
—Boa noite—, digo.
—Você me confunde com um homem que desiste facilmente.
— Não, te confundi com um homem em quem eu podia confiar. — Consigo chegar ao meu quarto e tiro a roupa antes de cair na cama e me esconder em baixo das cobertas. Eu sei o que estou fazendo é sensato, mas a força de vontade que eu preciso ter está acabando comigo. Ele vai acabar comigo.
Eu caio no sono imediatamente, principalmente porque o pensamento é uma agonia e meu cérebro se retira para se proteger, ele se fecha e me dá algumas horas de paz antes de eu enfrentar mais um dia de escuridão. Tenho calor, mas eu não posso mover ou me descobrir. Então eu ouço alguém respirando e não sou eu.
Eu também noto algo duro contra minhas costas, mas algo interpõe entre meu corpo nu e os músculos que me cravam. Pano caro. Pano de terno. Pano de terno feito sob medida. Se eu pudesse me moveria, mas é pior do que uma camisa de força, como se temesse que eu escapasse, enquanto ele tira um cochilo.
— Ucker. — Eu lhe dou uma cotovelada ele geme, e me abraça com mais força. — Ucker!
—Quero "o que eu mais gosto", — sussurra meio adormecido enterrando seu nariz no meu pescoço. — Espera. A sensação de estar rodeado por seu corpo é maravilhosa, mas o meu cérebro consciente acredita que é errado.
— Ucker, por favor! — Ele me solta e se afasta, deixando espaço para eu me reincorporar e afastar o cabelo do rosto.
Torço o gesto e afogo um grito, quando passo a minha mão no corte sem cuidado e a dor lembra que me machuquei na noite passada.
— Dulce... — Está na minha altura em um instante me segurando pelos braços, mas consigo me liberar. —Eu te machuquei? – Pergunta suavemente me dando o espaço que eu preciso.
Me permito levantar à vista para encará-lo. Eu sei que é uma má ideia, mas seus olhos são como um ímã poderoso. Continua lindo, apesar do seu rosto cansado e os cabelos revoltos. Tem os olhos apagados, leva o terno amassado como pode ser. Sua pele bronzeada parece pálida.
— Não mais do que você já me fez —. Digo meio chorando tentando lutar contra as lágrimas. —Fora daqui! — Inclino a cabeça, eu me levanto da cama e fujo para o chuveiro. Eu não quero olhá-lo porque eu não poderei me conter.
Autor(a): dricapentas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 488
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aucker Postado em 14/12/2020 - 23:38:15
Estou morta com a avó da Dul kkkk
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babiihvondy Postado em 26/01/2017 - 11:33:44
Aaaa continuuua 😥😒
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vondyfforever Postado em 11/11/2016 - 23:00:21
Posta maaaais*-*-*-*-*-*
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hanna_ Postado em 10/11/2016 - 21:02:32
3º ttemporada! Continua ;)
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hanna_ Postado em 24/10/2016 - 01:11:58
Wow, nossa! Essa cliente obsessiva só parece ser a cereja no bolo. Perigo por tdos os lados. Q cheguem bem. Tadinho do Christian...
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vondyfforever Postado em 13/10/2016 - 19:04:34
Postaaaa maaaais *-*-*-*
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saah_ Postado em 11/10/2016 - 20:00:15
SOCORRO, É A BLANCA!!! Continua drica
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saah_ Postado em 04/10/2016 - 23:01:39
Nao to entendendo nada, socorro...mas okayy, continua
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amanda_mp Postado em 03/10/2016 - 21:27:48
Continua Amo essa fic Venho ver se você postou tds os dias
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vondyfforever Postado em 02/10/2016 - 22:59:20
Postaa maaais *-*-**-*-*-*-