Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria
Sim, calculou o tempo na perfeição. E, então, quando o relógio der as sete e trinta, vou ser colocada no olho da rua? Vou ser transformada numa abóbora? Se ainda nem sequer começámos e já me sinto abandonada, como me irei sentir quando foram sete e meia da manhã? Na m/erda, é assim que me vou sentir - rejeitada, indigna, deprimida e abandonada.
Abro a boca para colocar um ponto final em todo aquele acordo diabólico, mas nessa altura ouço o som de passos cansados subindo as escadas.
- Oh, m/erda, minha avó vem aí! - Minhas mãos encontram o peito do seu terno e o empurram, o guiando para um guardaroupa embutido. Estou em panico, mas não consigo deixar de apreciar a solidez sob as minhas palmas. Meus passos hesitam, sinto o coração batendo loucamente. O olho de relance.
- Sabe bem? - pergunta ele, deslizando as mãos pelas minhas costas e me envolvendo a cintura. Contenho a respiração; depois ouço o ranger das escadas. É o suficiente para me fazer acordar do meu estado de luxuria.
- Tem de se esconder.
Ele ronca o seu descontentamento e me agarra os pulsos, me soltando do seu peito.
- Não me vou esconder em lado nenhum.
- Christopher, por favor, ela irá ter uma paragem cardiaca se lhe apanhar aqui dentro. - Me sinto tão boba por estar o obrigando a fazer isto, mas não posso deixar que minha avó entre no quarto e o veja. Eu sei que ela vai ter um ataque, sei que vai ficar chocada, mas não será o choque vulgar. Não, minha avó vai desmaiar por alguns segundos; depois vai fazer uma festa. Solto um grito abafado de frustração, esquecendo todo o embaraço pela minha falta de roupa, e lhe faço um olhar de suplica.
- Ela vai ficar toda excitada. - explico. - Todos os dias reza ao Senhor pela minha autodescoberta. - Estou ficando sem tempo. Ouço o soalho a ranger à medida que ela se aproxima da porta de meu quarto. - Por favor. - Meus ombros nus descaem, derrotados. Mal consigo fazer isto a mim mesma, quanto mais à minha avó idosa. Seria cruel permitir que ficasse com esperanças por uma coisa que não vai a lado nenhum. - Não lhe peço mais nada, mas, por favor, não deixe que ela veja você.
Seus lábios formam uma linha reta e sua cabeça descai um pouco para a frente, a madeixa de cabelo dourado lhe caindo para a testa, e, sem uma palavra, me solta e atravessa o meu quarto, mas não entra no guardaroupa; se coloca atrás das minhas cortinas. Não o consigo ver, por isso não discuto.
- Dulce Saviñón!
Dou meia volta e vejo minha avó na ombreira da porta, percorrendo o quarto com o olhar como se soubesse que estou escondendo alguma coisa.
- Então, tudo bem? - pergunto, e mordo a lingua. Então, tudo bem? Eu nunca falo assim, e o rosto desconfiado de minha avó também repara nisso.
Ela semicerra os olhos, me fazendo sentir ainda mais exposta.
- Aquele homem...
- Qual homem? - Tenho de me calar e deixá-la falar, não interrompê-la e deixá-la ainda mais desconfiada.
- Aquele homem no carro à porta. - continua, pousando a mão na maçaneta da porta - Seu chefe.
Devo ter relaxado, porque ela percorre meu corpo seminu com os olhos azuis-escuros, a perspicácia plasmada no rosto. Ela ainda pensa que ele está lá fora, o qu é perfeito.
- O que tem? - Retiro uns jeans justos da gaveta e me enfio lá dentro, os puxando pelas pernas acima e apertando o ziper antes de pegar na enorme t-shirt branca pendurada nas costas da cadeira.
- Se foi embora.
Estaco com a t-shirt meio enfiada na cabeça, um braço numa manga e o cabelo preso no decote.
- Para onde? - pergunto, sem saber que mais poderia dizer.
- Não sei, mas num segundo estava ali, eu lhe via o alto da cabeça pela janela; depois me virei para o George para lhe dizer que ele tem um desses Mercedes todos modernos e, quando voltei a olhar... puf, tinha desaparecido. Mas o carro está lá está - o pé dela começa batendo no chão - estacionado num sitio proibido, devo acrescentar.
Fico imobilizada pela culpa. Car/amba, ela é pior do que Miss Marple.
- Se calhar foi só a alguma loja - digo, me desemaranhando da t-shirt e a puxando para baixo. Enfio os meus Converse rosa vivo. Cristo, tenho de o fazer sair dali e, com a policia em cima de mim, parece uma tarefa impossivel.
- Uma loja? - Ela se ri. - A loja mais proxima fica a uns quilometros de distancia. Teria de ir de carro.
Me esforço para evitar um grunhido de irritação.
- Também não interessa, pois não? - pergunto, depois mergulho de cabeça na invenção da minha maior mentira. - Ah, e vou passar a noite na casa de Sherlyn. É uma colega de trabalho.
Meus ombros sobem na expetativa de a ouvir arquejar com o choque, mas isso não acontece, o que me faz virar para ver se ela terá saído do quarto. Não saiu, está ali sorrindo.
- A sério? - pergunta, com os olhos cintilando, deliciados, enquanto percorrem o meu corpo imóvel. - Não está vestida para trabalhar.
- Mudo de roupa quando lá chegar. - Minha voz é aguda e estridente enquanto me ocupo reunindo artigos de higiene e guardando tudo o que vou precisar para passar vinte e quatro horas com Christopher Uckermann, o que não é muita coisa, espero. - O evento em que vou trabalhar esta noite só acaba depois da meia noite e a Sherlyn vive perto, por isso mais vale dormir por lá. - Sou uma idiota e estou a desperdiçar meu folego.
É só naquele momento que me lembro que ele está no quarto. O que estará pensando? Não o posso censurar se se for embora neste preciso momento. Aquela representação para minha avó não tem nada a ver com a sua desaprovação por haver um homem na minha vida. Ela só não gosta do fato de não saber nada a esse respeito. E vai continuar sem saber, pelo menos oficialmente. O silencio que se ergue entre nós é um entendimento mútuo disso mesmo. Christian lhe disse que estou interessada em alguém, e ela não suporta que eu não lhe tenha feito confidencias. Já seria bastante dificil ter de lhe contar se me fosse envolver com um tipo normal, em circunstancias normais, mas falar de Christopher? E do nosso acordo de vinte e quatro horas? Não, isso vai contra tudo aquilo que conheço, me envergonha. Embora minha avó ande sempre me pedindo para me soltar um pouco, não creio que quisesse dizer que me soltasse tanto como minha mãe.
Ela olha para mim, pensativa.
- Fico contente - diz com suavidade - Você não pode se esconder para sempre por detrás da historia de sua mãe.
Me encolho um pouco, mas, não querendo estender esta linha de conversa, em especial com Christopher escondido atras das cortinas, me limito a anuir, a minha forma silenciosa de dizer que sim. Ela acena também e sai do meu quarto, com um ar calmo e descontraido, mas sei que vai a correr para a janela ver se o homem regressou para o carro chique. A porta do meu quarto se fecha e Christopher aparece de trás da cortina. Nunca me senti tão embaraçada, e a expressão interessada no rosto dele só piora as coisas, mesmo que seja bom vê-lo exibir outra expressão facial que não a total seriedade a que já me acostumei.
Autor(a): dricapentas
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- Sua avó é um prato, não é? - Ele está divertido com a cena do interrogatório, mas também vejo alguma curiosidade a pairar naquele rosto perfeito. Me endireito, só para fazer outra coisa que não alimente o seu divertimento e sua curiosidade. Encolho os ombros, me sentindo mais pequena que nunca. - É ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 488
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aucker Postado em 14/12/2020 - 23:38:15
Estou morta com a avó da Dul kkkk
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babiihvondy Postado em 26/01/2017 - 11:33:44
Aaaa continuuua 😥😒
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vondyfforever Postado em 11/11/2016 - 23:00:21
Posta maaaais*-*-*-*-*-*
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hanna_ Postado em 10/11/2016 - 21:02:32
3º ttemporada! Continua ;)
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hanna_ Postado em 24/10/2016 - 01:11:58
Wow, nossa! Essa cliente obsessiva só parece ser a cereja no bolo. Perigo por tdos os lados. Q cheguem bem. Tadinho do Christian...
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vondyfforever Postado em 13/10/2016 - 19:04:34
Postaaaa maaaais *-*-*-*
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saah_ Postado em 11/10/2016 - 20:00:15
SOCORRO, É A BLANCA!!! Continua drica
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saah_ Postado em 04/10/2016 - 23:01:39
Nao to entendendo nada, socorro...mas okayy, continua
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amanda_mp Postado em 03/10/2016 - 21:27:48
Continua Amo essa fic Venho ver se você postou tds os dias
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vondyfforever Postado em 02/10/2016 - 22:59:20
Postaa maaais *-*-**-*-*-*-