Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria
— Como está o trabalho?
— Como sempre — murmura sem entusiasmo, matando essa linha de conversa.
— Seus pais estão bem?
— Estupendamente.
— Como vão as coisas com Ben?
— Regular.
— Ele saiu do armário?
— Não.
Rolo os olhos.
— Do que nós falávamos antes de eu conhecer Ucker?
Ele encolhe os ombros enquanto a porta se abre. Saio primeiro e procuro em minha mente em branco algo para falar que não seja Ucker e a inevitável intromissão que se aproxima. Não me ocorre nada.
Saúdo amavelmente o porteiro com a cabeça, e ignorando o reflexo da figura relutante de Christian arrastando os pés atrás de mim, empurro a porta e emerjo em um dia ensolarado e fresco de Londres. Acreditava que o imenso espaço aberto que me rodeia me provocaria uma sensação de liberdade, mas não é assim absolutamente. Me asfixio ao pensar no interrogatório eminente de Christian, e estou desesperada para voltar correndo junto a
Ucker e obter minha liberdade através de seus beijos, em seu apartamento. Através – “do que mais gosto”-. Nele.
Me viro, suspirando, e encontro Christian com certo ar incômodo atrás de mim. É evidente que ele tampouco sabe o que dizer ou fazer. Ele insistiu em conversar.
Deve ter coisas a dizer e, ainda que não desejo especialmente escutá-las, eu gostaria que as soltasse já e dizer-lhe que está perdendo tempo... outra vez.
— Vamos tomar café ou não? — pergunto acenando a direção da cafeteria.
— Claro. — resmunga mal humorado como se soubesse que está a ponto de desperdiçar saliva.
Se aproxima de mim e começa a avançar pela rua. Um metro ou menos nos separa, mas o desconforto parece preencher esse espaço. As coisas nunca haviam sido assim entre nós, e não estamos conversando, o que me proporciona tempo demais de reflexão silenciosa pra me perguntar como chegamos a isso. Nossa estúpida discussão em meu quarto foi motivo de preocupação, mas parece que a hostilidade entre Ucker e Christian diminuiu, o que certamente é algo positivo.
Cruzamos um quarteirão com bastante facilidade, já que é bem cedo, e seguimos caminhando tranquilamente. Christian toma ar constantemente para falar, mas nunca chega a dizer nada, e eu procuro ansiosa um sinal que me indique que estamos perto da cafeteria. O mal estar que nos oprime está ficando quase insuportável.
— Apenas me diga o que você vê sobre ele.
Christian me detêm e eu abro e fecho a boca tentando procurar a melhor maneira de explicar para ele.
Em minha mente está claríssimo, mas quando tento colocar para fora não encontro as palavras adequadas. Não tenho porque me explicar para ninguém, mas de repente é muito importante para mim que Christian entenda porque continuo aqui.
— Tudo. — Balanço a cabeça, desejando que tivesse me ocorrido algo melhor.
— O fato de que ele é um acompanhante?
— Não!
— Por dinheiro?
— Não seja idiota. Sabe que tenho uma conta no banco cheia de grana.
— Porque é intenso?
— Muito, mas não tem nada a ver com isso. Não seria Ucker se não tivesse seus problemas. Esse homem é resultado da vida que ele teve até agora. Era órfão, Christian. Seus avós o colocaram em um orfanato de reputação duvidosa e obrigaram sua jovem mãe a voltar para a Irlanda, deixando ele para trás porque sua existência seria uma vergonha para a família.
— Isso não lhe dá direito a se comportar como um legítimo bastardo — murmura arrastando as botas sobre o chão de cimento abaixo de seus pés. — Todos temos problemas.
— Problemas? — exclamo indignada. — Ser órfão, indigente, sofrer de TOC e recorrer a prostituição para sobreviver não é um problema, Chris, é uma fo(dida tragédia!
— Indigente?
— Sim, era indigente.
— Tem TOC?
— Não está diagnosticado, mas é bastante óbvio.
— Prostituição?! — grita com efeitos atrasados.
Sou consciente de meu erro imediatamente. Garoto de companhia. Não é preciso que Christian saiba que Ucker foi um prostituto regular, ainda que não exista muita diferença, o último parece menos horrível. O que é totalmente ridículo.
— Sim. — Levanto o queixo, desafiando ele a fazer algum comentário, e penso no que ele diria se acrescentasse as drogas a lista.
Minha estratégia fracassa em todos os níveis.
— E fica melhor! — ele ri, mas é um sorriso nervoso. — Eu estou bastante certo de que é um psicótico também, assim você tem uma aberração completa.
— Ele. Não. É. Louco. — digo pausando em todas as palavras com os dentes apertados, e sinto que meu sangue começa a ferver. — Você não o vê quando estamos sozinhos. Ninguém o vê. Só eu. Sim, pode ser tenso, e quem se importa se ele gosta que as coisas estejam de uma determinada maneira? Nem que estivesse matando alguém!
— Provavelmente ele fez.
Recuo enojada. As palavras se acumulam na ponta da minha língua e em meu cérebro, sem saber com quais começar a insultar Christian.
— Vá se f/oder! — Opto por essa expressão banal e, uma vez que a arremesso em seu rosto, me viro e começo a voltar para o apartamento de Miller pisando com força na calçada.
— Dul, vamos lá!
— Cai fora! — Não me viro para olhar para ele.
É possível que exploda se fizer. Mas então me vem algo a mente e dou meia volta de novo. – De onde você tirou o cartão de Ucker?
Ele dá de ombros.
— Essa loira que estava no Ice na noite de inauguração. Quente pra c/aralho!
— Belinda. — Fico furiosa e a pressão se acumula em minha cabeça.
A v/adia! Acelero o passo, preocupada com a minha fúria crescente. Quero bater em algo. com força.
— Ah! — grito estridentemente quando Christian me levanta no ar pegando-me nos braços.
Muda de direção e atravessa de novo a rua em direção a cafeteria, ignorando meu olhar de descrença.
— Impertinente — diz simplesmente. — Fico feliz que se mostrou tão persistente.
A tensão acumulada desaparece do meu corpo e relaxo em seus braços.
— Eu o amo, Christian.
— Eu vejo — admite contrariado. — E ele, te ama?
— Sim — respondo, porque tenho certeza que sim. Não o diz diretamente, mas é seu jeito de ser.
— Te faz feliz?
— Mas do que você possa chegar a imaginar, mas seria muito mais feliz se as pessoas nos deixassem em paz.
Sinto que meu amigo murcha embaixo de meu corpo suspenso com um suspiro. Ele para, me coloca no chão e me segura por meus pequenos ombros.
— Baby, eu tenho uma sensação ruim. É tão... — Faz uma pausa, leva a mão a testa e a esfrega em um sinal claro de preocupação.
— Tão o que?
Enruga os lábios e deixa cair ambas as mãos em seus lados.
— Escuro.
Assinto e respiro fundo.
— Conheço toda a escuridão que há nele. E eu encho ele de luz. Eu estou o ajudando e, se aceite ou não ele tem me ajudado também. É o homem da minha vida, Christian. Eu nunca desistirei dele.
— Wow. — Meu amigo exala e em seguida enche as bochechas com ar. — O que você está dizendo é muito forte, Dulce.
Dou de ombros.
— É a verdade. Você não vê? Ele não me tem presa, nem me obriga a nada. Estou ali por vontade própria e porque é onde tenho que estar. Espero que encontre a pessoa certa para você um dia, e espero que morra por ele, tanto quanto eu por Ucker. Ele é especial.
Faço uma careta de dor para mim mesma ao me dar conta do que acabo de dizer, e em seguida afasto esse pensamento da minha mente o mais rápido possível.
Sinto uma imensa paz quando vejo a expressão clara de assimilação de Gregory. Não estou certa de que ele entenda, e talvez nunca o faça, mas se ele aceitasse seria o suficiente para começar.
Não espero que sejam melhores amigos. Não acredito que Ucker possa ter uma amizade assim intensa com alguém, não é uma pessoa sociável. Não se encaixa com as pessoas, e menos ainda com os intrometidos. Mas o mínimo que poderiam fazer é se comportarem de maneira civilizada. Por mim, deveriam achar a maneira de fazê-lo.
—cEu vou tentar —, sussurra Christian quase a contragosto, mas meu coração dá um salto de alegria. — Se ele estiver disposto a tentar, eu também.
Sorrio, provavelmente o maior sorriso que já esbocei, e me lanço em seus braços fazendo ele se balançar com uma pequena risada.
— Obrigada. Ele também se preocupa comigo, Christiam. Tanto quanto você. — Decido omitir que provavelmente se preocupe mais, porque sei que isso não me ajudaria em nada.
Não dizemos mais nada. Simplesmente nos abraçamos com alegria de semanas demais de tempo perdido, até que finalmente me separo vitoriosa e eufórica. Sua disposição, está clara, depende que Ucker ceda, mas não resta a menor dúvida que ele o fará. Enquanto Chris prometer não interferir e deixar que eu seja feliz, tudo ficará bem. Beijo sua bochecha atraente, me agarro a seu braço e nos viramos para continuar com nosso caminho até a cafeteria.
Então fico paralisada.
Olá nenas!
Aqui estou com mais capitulos, espero que desfrutem deles. Christian e Dulce estãoi se acertando, o que parece bom.
Sei que não tenho vindo postar muito, mas é que estou trabalhando muito e não tenho muito tempo disponivel para mim. Hoje estou de folga e consegui um pouco de tempo para vir postar.
Saibam que sempre estou lendo vossos comentários, ainda que não tenha a oportunidade de responder. Obrigada meninas & meninos (se é que há uns por aqui)...
O que estão achando?!
Beijinhos, comentem & favoritem muito!
Autor(a): dricapentas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 488
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aucker Postado em 14/12/2020 - 23:38:15
Estou morta com a avó da Dul kkkk
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babiihvondy Postado em 26/01/2017 - 11:33:44
Aaaa continuuua 😥😒
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vondyfforever Postado em 11/11/2016 - 23:00:21
Posta maaaais*-*-*-*-*-*
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hanna_ Postado em 10/11/2016 - 21:02:32
3º ttemporada! Continua ;)
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hanna_ Postado em 24/10/2016 - 01:11:58
Wow, nossa! Essa cliente obsessiva só parece ser a cereja no bolo. Perigo por tdos os lados. Q cheguem bem. Tadinho do Christian...
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vondyfforever Postado em 13/10/2016 - 19:04:34
Postaaaa maaaais *-*-*-*
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saah_ Postado em 11/10/2016 - 20:00:15
SOCORRO, É A BLANCA!!! Continua drica
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saah_ Postado em 04/10/2016 - 23:01:39
Nao to entendendo nada, socorro...mas okayy, continua
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amanda_mp Postado em 03/10/2016 - 21:27:48
Continua Amo essa fic Venho ver se você postou tds os dias
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vondyfforever Postado em 02/10/2016 - 22:59:20
Postaa maaais *-*-**-*-*-*-