Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria

Dessa vez não contenho a respiração, mas meu coração aquece de imediato, meu coração acelera, substituindo o embaraço pelo desejo.
O desejo mais do que me tinha apercebido. 

Respondendo ao seu olhar viciante com o meu olhar em transe, envio instruções aos musculos dos meus braços para se erguerem ao peito dele, mas, antes de o conseguir, ouço meu celular começar a tocar no interior da minha bolsa. 
- É melhor atender. - Ele se recosta para trás, me deixando sair da intimidade de seu espaço. - Diga-lhe que ainda está viva. - Não há divertimento no seu rosto, mas o ouço no tom de voz.

Me levanto de imediato, ansiosa para tranquilizar minha avó. Não olho para o visor antes de atender,  mas devia ter olhado.
- Alô! - digo num tom demasiado alegre, dadas as circunstâncias.
- Dulce? - A voz do outro lado da linha me faz afastar o celular da orelha e olhar para o visor, embora já saiba muito bem quem é. 

Suspiro, imaginando minha avó a ligar freneticamente a Christian para o informar dos eventos daquela tarde. 
- Olá. 
- Aquele homem. Quem era?
- Meu chefe. - Fecho os olhos com força, esperando que ele acredite, mas o ouço soltar um ronco incredulo, e percebo que não o consegui enganar.
- Dulce, me poupe! Diga lá quem é.

Estou revirando ansiosa meu cerebro em busca de um disparate qualquer para o contentar. 
- É... ele é... não interessa! - expludo, começando a andar de um lado para o outro. Christian não vai ficar contente, depois da nossa conversa sobre Christopher Uckermann. 
- É o que odeia seu café, não é? - Seu tom é acusador, fazendo aumentar minha irritação. 
- Talvez. - replico. - Talvez não. - Por que acrescentei isto é um mistério. Claro que é o que odeia meu café. Quem mais poderia ser?

Estou tão ocupada tentando enganar meu amigo que não reparo que sobre meu ombro, a respiração pesada na minha orelha. Arquejo quando dou meia volta e desligo o celular na cara de Christian. 
O cenho de Christopher está cerrado de confusão. 
- Era um homem. 
- É feio escutar a conversa dos outros. - Carrego no botão vermelho de meu celular quando começa a tocar outra vez. 
- Talvez. - Ergue o copo, um dedo afastado do vidro e apontando para mim. - Mas, como eu disse, era um homem? Quem é?
- Isso não é da sua conta. - respondo, me virando e evitando os seus olhos acusadores. 
- Se lhe vou levar para a cama, é da minha conta Dul - observa. - Importa-se de olhar para mim quando estou falando com você?

Me importo. Mantenho os olhos no chão, me perguntando em silencio porque não lhe respondo e pronto. Não é quem ele pensa, por isso que importância tem? Não tenho nada para esconder, mas sua exigência de uma informação está desenterrando uma rebeldia infantil dentro de mim. Ou então pode ser minha audácia. Não preciso de ir à procura dela, porque parece que gosta de aparecer para vir brincar quando estou com este homem, o que é, indubitavelmente, um bom trabalho. 
- Dul. - Se baixa e me prende o olhar, o cenho erguido num ar de autoridade. - Se há alguma obstrução, tenho todo o gosto em eliminá-la. 
- É um amigo.
- O que queria?
- Saber onde estou.
- Por quê?
- Porque é obvio que minha avó lhe contou que você esteve lá em casa e ele juntou dois mais dois e percebeu quem você era. - Minha mortificação cresce a cada segundo.
- Ele sabe de mim? - pergunta, aquele cenho escuro parecendo não querer descer.
- Sim, ele sabe de você. - Isto está ficando estupido. - Posso ir ao banheiro? - pergunto, querendo escapar e me recompor. 
- Pode. - Seu braço se estende e aponta para um corredor. - Terceira porta à direita. 

Não perco tempo observendo seu olhar de interrogação. Sigo o copo estendido, desligo o celular quando volta a tocar e entro na terceira porta à direita, me deixando cair de imediato encostada à parede. Mas o meu exaspero é interrompido quando me apercebo do espaço colossal na minha frente. Não é o banheiro. É um quarto. 

Olha quem está de volta galera... Quero muitos comentários!!!