Fanfics Brasil - Capitulo 277 - 2ª Temporada Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada

Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria


Capítulo: Capitulo 277 - 2ª Temporada

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Meu corpo começa a tremer diante da escuridão de suas palavras. Minhas bochechas queimam quando seco meu rosto, tentando encontrar forças para substituir as que Ucker perdeu. Isso parece ruim, mais do que eu jamais havia imaginado. E penso em cair com ele se for preciso. Tomo fôlego com dificuldade e me aproximo dele. Recolho a bolsa do chão e o seguro pela mão trêmula. Ele deixa, mas quando se dá conta para onde estamos indo, fica tenso e ouço suas respiração agitada por causa do pânico. Ele resiste e dificulta levá-lo até onde precisa estar. Mas conseguimos.


Aperto o botão do elevador e rezo em silêncio para que esteja perto do último andar. Dirijo meu olhar até a porta das escadas dois por três.
— Dulce?


Olho para um lado e vejo que Christian está junto a Fernando. Parece perdido. Confuso. Estupefato. Sorrio para ele para tentar aliviar sua preocupação, mas sei que não consigo.
— Eu vou te ligar — prometo quando as portas se abrem e Ucker se afasta, me levando com ele.  Por favor, diga para a vovó que eu estou bem.


Coloco a bolsa no elevador, me viro e pego a outra mão de Ucker de maneira que fiquemos unidos por ambas. Então começo a retroceder lentamente, consciente de que nosso tempo está se esgotando, mas mais consciente ainda que isso não seja algo que possa apressar. Está olhando além de mim, até o espaço fechado. Todo seu corpo se agita com  violência e é na intensidade desse momento que me pergunto como pude ser tão cruel todas essas vezes que usei essa fobia contra ele.


Contenho as lágrimas provocadas por meu sentimento de culpa e continuo retrocedendo até que nossos braços estão esticados por completo e o espaço entre nossos corpos é amplo.
— Ucker  digo calmamente, desesperada para fazer que se concentre em mim ao invés do lugar monstruoso que vê as minhas costas.  Olhe para mim , imploro.  Olhe para mim , insisto com a voz trêmula por mais que tente me mostrar serena.


Sinto um alívio enorme quando dá um passo à frente, mas então começa a sacudir a cabeça com frenesi e dá dois passos para trás. Não para de engolir saliva, e tem as mãos cada vez mais quentes. As ondas de seu lindo cabelo perdem volume com o peso do suor que emana de seu coro cabeludo, de sua testa e de praticamente todo seu corpo.
—Não posso , arqueja engolindo em seco — Não posso fazer isso.


Olho para Fernando e vejo sua preocupação enquanto checa seu telefone e controla a escada, e ao olhar para Christian, vejo algo que nunca havia visto em meu melhor amigo quando Ucker está presente. Compaixão. Mordo meu lábio inferior quando as lágrimas começam a descer por minhas bochechas. Soluço quando seus olhos me incentivam. Então assente. É um gesto quase imperceptível, mas eu o vejo e entendo. Sinto-me impotente. Preciso tirar Ucker deste prédio.
— Vá você  diz ele me empurrando até o elevador. — Eu vou ficar bem. Vá.
— Não!  grito  Não, não vai se render!


Me lanço sobre ele e o envolvo com meus braços, jurando em silêncio que não o abandonarei jamais. Não me passa despercebido que fez com que sua tensão diminuísse quando o abracei.
— O que eu mais gosto.
— O que você mais gosta.
— O que nós mais gostamos.


O aperto com força, com os lábios em seu pescoço e seu rosto em meu cabelo. Então me afasto e puxo sua mão com mais força, implorando com o olhar que venha comigo. E ele faz. Dá outro passo adiante. E depois outro. E outro. E outro. Chega até o limite. Eu estou no elevador. Ele está tremendo e continua engolindo saliva e suando sem parar.
Então ouço um forte som vindo da escada, seguido de uma maldição suja de Fernando. Seguindo meu instinto, puxo Ucker até o elevador, aperto o botão do segundo andar e envolvo seu corpo agitado com os braços, mergulhando-o no “o que mais gostamos”.


O frenético ritmo de seu coração batendo em seu peito deve estar beirando a limites perigosos. Olho por cima de seus ombros até o corredor enquanto este desaparece lentamente conforme as portas vão se fechando, e no último instante vejo antes de ficarmos sozinhos o aterrorizante compartimento de passageiros é Fernando e Christian, observando em silêncio como Ucker e eu desaparecemos de suas vistas. Sorrio para eles, apesar de minha tristeza.


Não me surpreenderia nada que com a força que seu coração golpeia meu peito, deixe hematomas. Não para, por mais forte que o abrace. Minhas tentativas de acalmá-lo são em vão. Tenho apenas que me concentrar em mantê-lo de pé até que cheguemos ao segundo andar, coisa que no momento parece muito simples. Se mantêm rígido enquanto observo como vão diminuindo os andares na tela digital. Cada número demora séculos para mudar. É como se estivéssemos em câmera lenta. Tudo parece ir devagar.


Tudo menos a respiração e o coração de Ucker.
Sinto seus espasmos e tento me afastar, mas não vou a lugar nenhum. Não vai me soltar por nada no mundo, e de repente tenho medo da possibilidade de que não possa tirá-lo do elevador uma vez que este pare.
— Ucker?  murmuro em voz baixa e calma.


É uma vã tentativa de fazê-lo acreditar que estou calma. Nem perto disso. Não responde, e volto a olhar o indicador digital.
— Ucker, já estamos quase chegando , digo empurrando-o para obrigá-lo a dar um passo para trás até que suas costas estão contra as portas.


A vibração do elevador quando para me faz dar um pulo, e Ucker deixa escapar um leve gemido e se gruda à mim.
— Ucker, já chegamos.


Luto contra sua resistência feroz e ouço quando as portas começam a se abrir. É apenas nesse momento quando considero a possibilidade de que estejam nos esperando do outro lado da porta, e o pânico me invade. Fico tensa. E se estão ali? O que vou fazer? O que eles vão fazer? O padrão da minha respiração muda e se iguala a de Ucker enquanto espreito por cima de seus ombros. Meus pés começam a doer de estar na ponta dos pés.
As portas se abrem totalmente e não revelam nada mais do que um corredor vazio. Tento escutar para ver se escuto algum sinal de vida.
Nada.


Empurro o peso morto de Ucker e não consigo movê-lo. Como vai se comportar quando deixarmos esse espaço? Não tenho tempo de convencê-lo que saia do elevador, quem dirá do prédio.
— Ucker, por favor , imploro engolindo o nó de desespero que tenho na garganta.  As portas estão abertas.


Permanece imóvel, grudado a mim, e algumas lágrimas de pânico começam a inundar meus olhos.
— Ucker , sussurro com a voz trêmula e derrotada. — Eles estão a caminho. Vamos descer logo.


Deixo cair meu peso entre seus braços, mas então soa uma melodia e as portas começam a fechar novamente. Não tenho tempo de gritar a Ucker que saia. De repente parece recobrar vida, certamente ao ouvir as portas se fechando. Me solta instantaneamente e sai assobiando como se alguém tivesse disparado um canhão. Contenho o fôlego enquanto o observo. Está encharcado, com o cabelo grudado a cabeça e os olhos cheios de medo. E continua tremendo.


Sem saber que outra coisa fazer, me abaixo para recolher a bolsa e me dirijo a saída do elevador, tudo isso sem afastar o olhar dele enquanto olha ao seu redor e se familiariza com o entorno. E é como se de repente as peças de meu mundo feito em pedaços se unissem e me devolveram a esperança. A máscara cai, levando consigo todo o indício de medo, e Christopher Uckermann retorna.


Me olha com os olhos vazios, vê a bolsa e, antes de me dar conta, já está carregando ela. Depois reivindica minha mão e saio do elevador com a mesma velocidade. Começa a correr, forçando minhas pequenas pernas a se moverem em um ritmo vertiginoso para conseguir segui-lo, e se vira a cada pouco para comprovar se estou bem, e que ninguém está nos seguindo. 



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Autor(a): dricapentas

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— Você está bem? — pergunta sem mostrar nenhum sinal de esforço. Para mim, em contrapartida, a adrenalina que me alimentava, me abandonou. Talvez minha consciência tenha assimilado o ressurgimento de Ucker e queira me aliviar da pressão em levar as rédeas. Não sei, mas o esgotamento está se apoderan ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 488



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  • aucker Postado em 14/12/2020 - 23:38:15

    Estou morta com a avó da Dul kkkk

  • babiihvondy Postado em 26/01/2017 - 11:33:44

    Aaaa continuuua 😥😒

  • vondyfforever Postado em 11/11/2016 - 23:00:21

    Posta maaaais*-*-*-*-*-*

  • hanna_ Postado em 10/11/2016 - 21:02:32

    3º ttemporada! Continua ;)

  • hanna_ Postado em 24/10/2016 - 01:11:58

    Wow, nossa! Essa cliente obsessiva só parece ser a cereja no bolo. Perigo por tdos os lados. Q cheguem bem. Tadinho do Christian...

  • vondyfforever Postado em 13/10/2016 - 19:04:34

    Postaaaa maaaais *-*-*-*

  • saah_ Postado em 11/10/2016 - 20:00:15

    SOCORRO, É A BLANCA!!! Continua drica

  • saah_ Postado em 04/10/2016 - 23:01:39

    Nao to entendendo nada, socorro...mas okayy, continua

  • amanda_mp Postado em 03/10/2016 - 21:27:48

    Continua Amo essa fic Venho ver se você postou tds os dias

  • vondyfforever Postado em 02/10/2016 - 22:59:20

    Postaa maaais *-*-**-*-*-*-


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