Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria
Não paro o dia todo. Entro e saio da cozinha, limpo um montão de mesas e preparo dezenas de cafés perfeitos. Nas pausas, aproveito para ligar para a avó, e ganho uma reprimenda cada vez por ser tão maçadora.
Por volta das cinco em ponto, me deixo cair sobre um dos sofás marrons de pele e abro uma latinha de Coca-Cola com a esperança de que a cafeína e o açúcar me devolvam à vida.
Estou morta.
— Dulce, vou jogar o lixo — diz Sherlyn tirando a saca preta de um dos baldes — Tudo bem?
— De maravilha.
Levanto a latinha e apoio a cabeça no descanço do sofá, me centro nas luzes do teto para resistir à tentação de fechar os olhos. Estou desejando chegar à minha cama. Me doem os pés, e preciso de um duche urgentemente.
— Trabalha alguém aqui ou é self service?
Salto do sofá ao ouvir o som dessa voz impaciente mas suave, e me viro para atender meu cliente.
— Desculpe!
Corro até ao balcão, golpeando a cintura com a esquina do banco e, aguentando o impulso de maldizer em voz alta, pergunto:
— Que deseja?
Esfrego a cintura e levanto o olhar. Fico pasmada e solto um grito afogado. Seus penetrantes olhos azuis se cravam nos meus. Muito profundamente. Desvío o olhar e observo a jaqueta aberta de seu terno, uum colete, uma camisa e uma gravata azul pálido, seu queixo coberto por uma escura barba incipiente, e como seus labios estão separados.
Então me concentro nos seus olhos de novo. São da cor azul mais intensa que vi alguma vez e me atravessam com um ar de curiosidade. Tenho perante mim a perfeição encarnada e fiquei maravilhada.
— Costuma examinar tão profundamente a todos seus clientes? — pergunta inclinando a cabeça a um lado com uma perfeita sobrancelha enacarda.
— Que deseja? — exalo movendo meu caderno para ele.
— Um café americano, com quatro expressos, dois de açúcar e cheio até a metade.
As palavras saem de sua boca, mas não as oiço. As vejo. As leio em seus lábios e as anoto enquanto mantenho a vista fixa neles. Sem me dar conta, a esferografica sai do livreto, e começo a rabiscar os dedos. Olho para baixo estranhada.
— Olá? — pergunta impaciente de novo, e levanto a vista.
Me permito retroceder um pouco para poder admirar todo seu rosto. Estou pasmada. Não só por o quanto tremendamente impressionante que é, também porque perdi todas as minhas funções corporais exceto os olhos, que funcionam perfeitamente e parecem ser incapazes de desconectar de sua impecável beleza. Nem sequer me desconcentro quando apoia as palmas no balcão e se inclina para a frente, encorajando que uma mecha rebelde de seu escuro cabelo despenteado caia sobre sua testa.
— Lhe incomoda minha presença? — questiona. O leio em seus lábios também.
— Que deseja? — exalo uma vez mais sacundindo de novo meu caderno para ele.
Aponta minha esferografica com a cabeça.
— Já me perguntou isso. Tem meu pedido na mão.
Olho para baixo e vejo que tenho os dedos manchados de tinta, mas não entendo o que escrevi, ne sequer ao colocar o livreto na altura de onde se me há desviado antes a esferografica.
Levanto lentamente os olhos e me deparo com os seus. Tem um ar de saber algo.
Parece convencido. Me tem totalmente desconcertada.
Consulto a informação armazenada no meu cerebro dos últimos minutos, mas não encontro nenhum pedido de café, só imagens de seu rosto.
— Um capuccino? — pergunto esperançada.
— Americano — responde suavemente com um sussurro. — Com quatro expressos, dois de açúcar e cheio até metade.
— Muito bem! — Saio do meu patético estado de encantamento e me dirigo para a cafeteira.
Me tremem as mãos e me sai o coração do peito. Golpeio o filtro contra a caixa de madeira para esvaciar a lia com a esperança de que o forte ruido me devolva a sensatez.
Não sucede. Continuo me sentindo... rara.
Eu puxei a alavanca do moinho e posiciono o filtro. Me está olhando. Sinto seus olhos azuis cravados na minhas costas enquanto eu preparo a cafeteira que acabei adorando. Mesmo que ela não me corresponda nestos momentos. Não faz nada do que lhe digo. Não consigo segurar o filtro no soporte; minhas mãos tremulas não ajudem em absolutamente nada.
Inspiro profundamente para me tranquilizar e começo de novo. Consigo meter o filtro e colocar a taça debaixo. Pulso o botão e espero a que faça seu trabalho de costas ao desconhecido que tenho atrás. Em toda a semana que tenho trabalhando na cafetería de Del, esta máquina nunca havia tardado tanto em filtrar o café. Desejo para meus adentros que se apresse.
Depois de toda uma eternidade, pego o café, lhe deito duas de açúcar e me disponho a acrescentar água.
— Quatro expressos — diz interrompendo o incómodo silencio com uma suave voz rouca.
— Desculpe? — pergunto sem me virar.
— Pedi com quatro expressos.
Olho a taça que contem só um e fecho os olhos, rezando para que os deuses do café me assistam. Não sei quanto tempo mais levo a acrescentar os outros tres expressos, mas quando por fim me viro para lhe entregar o café, está sentado em um sofá, encostado sobre o descanço, com sua definida constituição esticada e tamborileando nos apoios dos braços com os dedos. Seu rosto não reflete nenhuma emoção, mas deduzo que não está contente e, por alguma estranha razão, isso me entristece muitissimo. Levo todo o día controlando perfeitamente la cafeteira, e agora, quando mais quero aparentar que sei o que faço, acabo parecendo uma estúpida incompetente. Me sinto idiota enquanto sustenho o copo para levar antes de o colocar sobre o balcão.
Lo mira y luego vuelve a mirarme a mí.
— É para tomar aquí — acrescenta com uma expressão seria e com um tom neutro mas mordaz.
O observo e tento descifrar se está se fazendo de difícil ou se o disse a sério. Não lembro que me pediu para levar. O que dou por concluido. Não parece o tipo de pessoa que se senta so para tomar café na cafetería do bairro. Tem mais pinta de ir a sitios caros e de beber champanhe.
Pego um pires e uma chavena. Deito nela o café e coloco uma colher ao lado antes de me dirigir até ele com passo firme. Por mais que o tento, não consigo evitar o tremor da chavena sobre o prato. O coloco na mesa baixa e observo como ele faz girar o prato antes de levantar a chavena, mas não espero para ver como bebe. Minhas Converse e eu damos meia volta e fugimos dali.
Autor(a): dricapentas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 488
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aucker Postado em 14/12/2020 - 23:38:15
Estou morta com a avó da Dul kkkk
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babiihvondy Postado em 26/01/2017 - 11:33:44
Aaaa continuuua 😥😒
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vondyfforever Postado em 11/11/2016 - 23:00:21
Posta maaaais*-*-*-*-*-*
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hanna_ Postado em 10/11/2016 - 21:02:32
3º ttemporada! Continua ;)
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hanna_ Postado em 24/10/2016 - 01:11:58
Wow, nossa! Essa cliente obsessiva só parece ser a cereja no bolo. Perigo por tdos os lados. Q cheguem bem. Tadinho do Christian...
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vondyfforever Postado em 13/10/2016 - 19:04:34
Postaaaa maaaais *-*-*-*
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saah_ Postado em 11/10/2016 - 20:00:15
SOCORRO, É A BLANCA!!! Continua drica
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saah_ Postado em 04/10/2016 - 23:01:39
Nao to entendendo nada, socorro...mas okayy, continua
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amanda_mp Postado em 03/10/2016 - 21:27:48
Continua Amo essa fic Venho ver se você postou tds os dias
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vondyfforever Postado em 02/10/2016 - 22:59:20
Postaa maaais *-*-**-*-*-*-