Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria

No trabalho ninguém me pergunta se eu estou bem, é óbvio que estou. Ou será que a minha alegria os tem deixado sem palavras? Quem se importa. Christian levantou minha moral. Devia ter encontrado com ele antes.
— Garçonete! — Paul grita assim que me aproximo com a bandeja e ele possa enchê—la. — Por que está tão feliz hoje?

Sorri e deposita um atum crocante na minha bandeja.
Sher deixa um monte de pratos vazios e se aproxima de nós.
— Não pergunte, Paul. Aproveite.
— É sexta-feira — digo encolhendo os ombros.

Dou meia volta e saio da cozinha alegremente. Eu me aproximo da mesa e me deparo com um sorriso deslumbrante, cortesia de Pablo, cortesia do senhor de olhos arregalados. Meu bom humor não me permite ser indelicada, assim retorno seu sorriso.
— Atum crocante?
— Para mim — responde, e o deslizo sobre a mesa. — Você está especialmente linda hoje.

Coloco os olhos em branco, mas sem perder o sorriso.
— Obrigado. O que posso trazer para você beber?
— Nada, estou bem.

Mexe-se em seu assento e seus olhos castanhos quentes e amigáveis não se afastam de mim.
— Eu ainda estou esperando um encontro.
— Ah, sim? — coro um pouco, e para escondê-lo, começo a limpar a mesa ao lado.
— Posso te convidar para sair?

Passo o pano com fúria. A mão dá tantas voltas como a cabeça.
— Sim — respondo sem estar ciente de que eu disse em voz alta até que me ouço dizê-lo.
— Realmente? — Parece tão surpreso quanto eu.

Eu deixei a mesa brilhando, mas continuo passando o pano com cuidado.
Acabei de aceitar um encontro com ele?

— Sim — confirmo sem deixar meu espanto.
— Ótimo!

Tento que minhas bochechas parem de queimar, e me viro para ver...meu encontro. Agora sim ele sorri de verdade e está anotando seu número de telefone em um guardanapo. Isso me traz memórias indesejadas que rapidamente tento esquecer. Posso sair uma noite com o Pablo. Na realidade, eu preciso sair uma noite com o Pablo.
— Quando parece bom pra você?
— Hoje à noite?

Me olha esperançoso e me dá o guardanapo.
O pego sem dar atenção às minhas dúvidas. Não posso continuar vivendo como até agora e ainda menos depois de meus encontros com Christopher Uckermann. Preciso começar a viver, esquecê-lo, esquecer minha mãe. Começar a viver sabiamente.
— Hoje à noite. Onde e a que horas?
— Na porta da Selfridges às 08:00? Há um pequeno bar na rua que você vai adorar.
— Ótimo, nos vemos hoje à noite.

Pego minha bandeja e deixo Pablo com um sorriso no seu rosto, que não some nem ao dar a primeira mordida de seu sanduíche.
— Não vai me deixar plantado, certo? — diz com sua boca cheia quando estou saindo. Esse absurdo me faz pensar sobre boas maneiras e...
— Claro que não — garanto que com um sorriso.

Tem a boca cheia de sanduíche, coisa que me incentiva ainda mais. É possível que não jogue na mesma liga que Christopher Uckermann, mas é bonito e sua atitude despreocupada e sua falta de boas maneiras me dão ainda mais razões para aceitar sua oferta.
Quando atravesso a porta da cozinha, os lábios rosa de Sher sorriem para mim maliciosamente.
— Estou tão orgulhosa de você!
— Não continue, por favor!
— Não, eu quero dizer isso. É muito bonito e muito normal.

Me ajuda a baixar a bandeja e não posso deixar de sorrir ao olhar para ela.
— Pense que é um novo começo.

Eu franzo o cenho e me pergunto se isso é o que devo fazer. Conheço Sher a pouco tempo, mas é como se a conhecesse por toda a vida.
— É apenas um encontro, Sherlyn.
— Eu sei, mas sei também que Dulce Maria não sai nunca com ninguém. E é exatamente o que você precisa.
— O que eu preciso é que deixe de dar tanta importância.

Começo a rir. Sei que se refere a eu precisar esquecer alguém, mas estou chegando à conclusão de que já virei a página. Esse alguém não tem nome. Esse alguém nem sequer existe. Há muito tempo que me esqueci desse alguém.
— Ok, ok. — Sher se afasta sem deixar de sorrir, um mar de felicidade. — O que você vai vestir?

Empalideço só de pensar.
— Meu Deus, o que eu vou vestir?

Tenho o armário cheio de Converses de todas as cores, montanhas de jeans e uma imensidão de vestidos de flores, mas todos eles são brilhantes e femininos; Não há nada definido e sexy.
— Não entre em pânico. —Me pega pelos ombros e me olha muito séria. — Vamos às compras quando sairmos do trabalho. Temos apenas uma hora, mas garanto que pensaremos em algo.

Olho os jeans apertados de Sher e botas com tachas e me pergunto se realmente devo ir às compras com ela. Eu tenho uma ideia.
— Não, não se preocupe! — me solto das mãos da minha amiga e corro para procurar meu telefone em minha bolsa. — Christian não trabalha hoje. Ele me levará as compras.

Nem sequer parei para pensar que seria possível que tenha ferido os sentimentos de Sher até que ela libera um suspiro de alívio e anda irritada.
— Graças a Deus! —exclama caindo contra a bancada. — Por você teria sido capaz de ir ao Topshop, Dulce, mas teria sido um inferno.

Franze o cenho.
— Christian? É um cara?
— Sim, meu melhor amigo. Tem muito bom gosto para roupas. Basta confiar.
— É gay, certo?
— Só oitenta por cento. — corro para a porta da cozinha, vou para o beco e disco o número de Christian enquanto caminho de um lado para outro.

Dulce aceitou o convite de Pablo? Surtando em 3, 2, 1....