Fanfic: Uma Noite [3ª temporada] - Adaptada | Tema: Christopher Uckermann & Dulce Maria
— O reservo para ocasiões especiais — diz me sentado em uma cadeira e tomando a do lado.
Olho como toma seu tempo para cobrir ordenadamente cada unha e, em seguida, move as mãos para que circule o ar e seque melhor. Vai para trás em seu assento, inclina a cabeça, olha para minhas unhas e volta a movê-las para vê-las em diferentes ângulos.
Logo as aproximo para vê—las melhor.
— Está muito...vermelho.
— Você tem muita classe. Um vestido preto com unhas vermelhas são sempre um sucesso.
Sua mente parece vagar, e eu sorrio com carinho. Me vêm à mente uma série de memórias de infância com ela e meu avô.
— Vovó, você se lembra quando o avô a levou a Dorchester para seu aniversário?
Eu tinha dez anos e a opulência me impressionou muito. O avô colocou um terno e a avó uma saia de duas peças e jaqueta. Me deram um vestido sem mangas azul marinho com bolinhas brancas. Vovô amava ver as mulheres de sua vida de azul. Dizia que, assim, nossos olhos deslumbrantes pareciam um fundo infinito de safiras.
Minha avó deixa escapar um suspiro profundo e se obriga a sorrir. Sei que o que realmente queria era chorar.
— Aquele dia você pintou as unhas pela primeira vez. Seu avô não gostou.
Lhe devolvo o sorriso. Lembro—me que ele repreendeu ela.
— E gostou ainda menos quando me pintou um pouco os lábios com seu carmim — indico.
Ela irrompe na gargalhada.
— Ele era um homem de princípios e costumes. Não entendia a necessidade que as mulheres tinham de passar cosméticos no rosto, por isso lhe custava tanto se dar bem com sua mã...— ela não termina a frase e, em vez disso, se apressa para enroscar a tampa do esmalte.
— Não tem problema. — pego sua mão e dou-lhe um pequeno aperto. — Eu me lembro.
Talvez eu não fosse mais do que uma menina, mas me lembro dos gritos, as portas batendo, e ter visto vovô com a cabeça entre as mãos, mais de uma vez. Então não entendia, mas a maturidade me fez entender, mesmo que doa. Isso e o diário que eu encontrei.
— Ela era muito bonita e se deixava levar facilmente.
— Eu sei.
Concordo, embora eu não acho que se deixava levar facilmente. Cheguei a conclusão de que isto é o que a vovó diz isso a si mesma para viver com sua perda. No entanto, eu prefiro deixar as coisas assim.
— Candy...
Move sua mão sob a minha com cuidado para não danificar o esmalte então aperta com força, para me dar confiança.
— Você parece com sua mãe em tudo, menos isso. — E da batidinhas na têmpora com o indicador. — Não tenha medo de se tornar ela. A única coisa que conseguiria é que também perdesse sua vida.
— Eu sei. — reconheço.
Tenho meus motivos para evitar repetir a vida da minha mãe, mas a memória da vergonha que causou a meus avós é o último prego no caixão.
— Você se fechou em si mesma, Dulce. Sei que também te dei muita dor de cabeça após a morte do seu avô, mas agora eu estou indo bem, faz tempo que eu estou bem, querida.
Levanta as sobrancelhas cinza, desesperada para me fazer entender.
— Nunca vou me recuperar depois de perder os dois, mas eu vou sobreviver. Você não experimentou a metade do que a vida pode te oferecer, Dulce. Você era uma criança muito feliz e foi uma adolescente muito vivaz, até você descobrir... — para, e eu sei que é porque é incapaz de dizer em voz alta. Se refere o diário, a narrativa vívida das aventuras de minha mãe.
— Então eu fiquei segura — sussurro.
— Mas não é saudável, querida. —Levanta minha mão e a beija suavemente.
— Começo a me dar conta.
Puxo ar para infundir valor.
— Aquele homem, o que veio para jantar — não sei por que não consigo pronunciar o nome dele — despertou algo em mim, vovó. Não vamos chegar a nada, mas estou feliz por tê-lo conhecido, porque me fez perceber o que pode ser a vida se lhe der a oportunidade.
Não divulgo mais do que isso, e também não confesso que dada a oportunidade, eu estaria com ele, se apenas me deixasse. Não é o sexo; é a conexão, o sentimento de completo refúgio que bate qualquer coisa que já tentei alcançar por minha conta. Desafia a sensibilidade, realmente. Christopher Uckermann é irracional, árduo e temperamental, mas os tempos entre aqueles irritantes momentos são inconcebivelmente felizes e serenos. Eu quero, mas não tenho fé em encontrar esses sentimentos com o outro homem.
Vovó me observa pensativa, sem soltar minha mão.
— Por que não vão chega a nada?
Estou sendo sincera e ela deve ter notado. Não tem um fio de cabelo bobo.
— Porque eu acredito que ele não está disponível.
— Oh, Candy — suspira.— Não decidimos por quem nos apaixonamos. Venha aqui.
Se levanta e me dá um grande abraço. A tensão e a incerteza desaparecem do meu corpo.
— Temos que ver o lado positivo em tudo que nos acontece na vida. Vejo muitas coisas boas, em seu encontro com o Sr. Uckermann, querida.
Assinto com o rosto afundado em seu ombro, mas pergunto-me se estarei em condições de aproveitar estas supostas oportunidades. Já me arruinou um encontro. Se vou continuar a resistir aos avanços de Christopher Uckermann, precisarei manter a minha força de vontade e desenvolver a capacidade de resiliência. O descaro e o brio pelo qual são famosas as garotas Saviñón não são abundantes em mim, mas vou tentar encontrá—los. Sei que os tenho em mim. Eles têm feito ultimamente uma aparição de vez em quando, só tenho que agarrá—los pelo pescoço e não deixá—los escapar nunca.
Pisco quando vovó planta uma câmera na frente de seu nariz e me cega com o flash.
— Vovó, comporte—se — protesto, puxando a bainha do meu vestido ridículo.
Passei vinte minutos na frente do espelho deliberando sobre minha total transformação. Passei o dia, todo o santo dia, fazendo cera, depilando as sobrancelhas, me maquiando, esfumaçando e alisando. Estou esgotada.
— Olha, George! — Vovó faz um par de fotos mais — Veja que brio!
Coloco os olhos em branco em direção para George que é todo sorrisos e dou outro puxão no vestido.
— Pare já.
Afasto a câmera da minha cara, me sentindo como uma adolescente na noite do baile de formatura. Era inevitável, mas toda a bagunça que minha avó está montando não faz nada, além de me tornar mais consciente da minha aparência.
— Você está espetacular, Candy! —George ri e remove a câmara da vovó ignorando seu olhar de indignação. — Deixe a pobre garota em paz, Frida.
— Obrigado, George — digo puxando o vestido para baixo pela enésima vez.
— Pare de puxar a barra — vovó me repreende, ao mesmo tempo em que me dá um tapa. — Ande direito, com seu queixo erguido. Se continuar se arrumando, vai parecer que está desconfortável e que se sente fora de lugar.
— Por Deus, já estou indo.
Pego minha bolsa de mão, que só não é menor, porque não deve haver, e me dirijo para porta desesperada para escapar das reações exageradas que desperta minha... aparência melhorada. Fecho a porta com mais força do que pretendia e caminho em direção para a calçada. Ouço vovó gritando com George. Sorrio, endireito as costas, e coloco minha bolsa debaixo do braço, resisto à tentação de dar outro puxão para baixo do vestido e começo a andar.
Autor(a): dricapentas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 488
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aucker Postado em 14/12/2020 - 23:38:15
Estou morta com a avó da Dul kkkk
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babiihvondy Postado em 26/01/2017 - 11:33:44
Aaaa continuuua 😥😒
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vondyfforever Postado em 11/11/2016 - 23:00:21
Posta maaaais*-*-*-*-*-*
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hanna_ Postado em 10/11/2016 - 21:02:32
3º ttemporada! Continua ;)
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hanna_ Postado em 24/10/2016 - 01:11:58
Wow, nossa! Essa cliente obsessiva só parece ser a cereja no bolo. Perigo por tdos os lados. Q cheguem bem. Tadinho do Christian...
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vondyfforever Postado em 13/10/2016 - 19:04:34
Postaaaa maaaais *-*-*-*
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saah_ Postado em 11/10/2016 - 20:00:15
SOCORRO, É A BLANCA!!! Continua drica
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saah_ Postado em 04/10/2016 - 23:01:39
Nao to entendendo nada, socorro...mas okayy, continua
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amanda_mp Postado em 03/10/2016 - 21:27:48
Continua Amo essa fic Venho ver se você postou tds os dias
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vondyfforever Postado em 02/10/2016 - 22:59:20
Postaa maaais *-*-**-*-*-*-