Fanfic: A Beijar um Anjo - Laliter | Tema: Laliter
Lali estava no canto mais afastado da seção de fumantes, dava tragadas rápidas no cigarro quando começou a ficar enjoada. O avião, como tinha descoberto, ia para Charleston, Carolina do Sul, uma de suas cidades favoritas, tomou isso como um bom sinal já que até agora só tinha acontecido desastres.
Primeiro, o poderoso senhor Lanzani negou a aceitar seu plano. Depois ele tinha sabotado as suas malas. Quando o chofer descarregou só uma mala em vez do jogo completo que ela tinha preparado, Lali pensou que era um erro, mas Peter rapidamente esclareceu.
—Peter: Viajaremos com poucas coisas. Ordenei que a empregada refizesse a sua mala durante a cerimonia.
—Lali: Você não tinha o direito de fazer isso!
—Peter: Vamos, temos que fazer o check-in . —Ele pegou sua própria bagagem, e Lali olhou com espanto quando ele começou a caminhar deixando-a sem escolha senão seguir. Ela mal podia levar a mala; seus tornozelos tremiam sobre sapatos de salto enquanto ela se arrastava atras dele. Se sentindo miserável e envergonhada, se dirigiu para a entrada-
Quando Peter desapareceu nos banheiros, ela foi comprar as pressas um novo maço de cigarro, mas descobriu que só tinha uma nota de dez dólares na bolsa. Se deu conta com preocupação que aquele era todo o dinheiro que tinha. Suas contas estavam bloqueadas e os cartões de crédito cancelados. Então, guardou a nota na carteira e pediu um cigarro para o executivo atraente.
Assim que apagou, Peter saiu do banheiro e ao ver como ele estava vestido sentiu uma pontada no estomago. O elegante esmoquem foi substituído por uma camisa xadrez, desgastada pela inúmeras lavagens, e uma calça jeans que parecia branca de tão desbotada que estava. Em baixo a calça poida cobria a bota de couro toda arranhada que usava. As mangas da camisa estavam arregaçadas, mostrando levemente os fortes braços e no pulso tinha um relógio velho de ouro. Lali mordeu o lábio inferior. Ao pensar sobre tudo o que seu pai poderia ter feito, nunca tinha pensado que casaria ela com o Homem Marlboro.
Ele se aproximou dela carregando sua mala com facilidade. A calça apertada revelavam pernas musculosas e quadris estreitos. Gime teria adorado.
—Peter: Vamos. Acabaram de fazer a última chamada.
—Lali: Senhor Lanzani, por favor, não acho que você queira fazer isso. Se me emprestar só um terço do dinheiro que por direito me pertence, poderíamos por fim nessa situação.
—Peter: Fiz uma promessa ao seu pai e sempre cumpro a minha palavra. Talvez seja um pouco antiquado, mas é questão de honra.
—Lali: Honra! Você se vendeu! Deixou meu pai te comprar! Que tipo de honra é essa?
—Peter: Nicolas e eu fizemos um trato, e não vou quebra-lo. Agora, se você insiste em ir embora, não vou te segurar.
—Lali: Sabe que não posso ir! Não tenho dinheiro.
—Peter: Então, vamos. —Ele pegou as passagens no bolsa da camisa e saiu andando.
Ela não tinha dinheiro nem cartões de crédito, e seu pai ordenou que entrasse em contato com ele. Ainda com o estomago revirado, notou que não tinha outra alternativa a não ser segui-lo, e pegou a mala.
Na frente dela, Peter passava enfrente a uma fileira de cadeiras, onde um adolescente estava fumando. Quando seu novo marido passou perto do garoto, o cigarro dele começou a pegar fogo.
Duas horas depois Lali estava debaixo do sol escaldante no estacionamento do aeroporto de Charleston, observando a caminhonete preta de Peter; o capô estava coberto por uma grossa camada de poeira e a placa da Florida era quase ilegível por causa do barro seco que a cobria.
—Peter: Coloque isso lá trás. —e lançou sua mala sobre a caminhonete, mas não se ofereceu para fazer o mesmo com a dela, também ele não tinha se oferecido a levar no aeroporto.
Lali rangeu os dentes. Se ele pensava que ela ia pedir ajuda, podia esperar sentado. Seus braços doeram quando tentou lançar sua mala pesada para a traseira da caminhonete. Pode sentir os olhos de Peter nela e, embora suspeitasse que, fosse gostar de tudo o que a governanta tinha colocado nele, naquele momento daria tudo para que aquela mala Louis Vuitton fosse mais leve.
Pegou a alça com uma mão e com a outra mão pegou a mala na parte de baixo para levantar. Com um grande esforço, ela puxou.
—Peter: Precisa de ajuda? —preguntou com falsa inocência.
—Lali: Não..., obri... ga... da. —As palavras pareciam mais grunhidos do que outa coisa.
—Peter: Tem certeza?
Lali, que finalmente conseguiu levantar a mala e com o ombro tentou empurrar para dentro, não tinha força suficiente para responder. Só mais alguns centímetros. Tremeu sobre os saltos. Um pouco mais...
Com um grito de desânimo, a mala e ela caíram para trás. Gritou de raiva ao sentir o impacto contra do chão. Olhando para o céu percebeu que a mala tinha amortecido sua queda e evitado que se machucasse. Também percebeu que estava quase nua, já que ao cair o vestido subiu, e suas pernas estavam abertas, fazendo com que parte da sua calcinha aparecesse.
Umas botas gastas e escuras entraram no seu campo de visão. Foi subindo o olhar, passando pelas pernas torneadas escondidas pela calça e pelo seu peito largo e, ao olhar em seus olhos verdes e ver um brilho de diversão neles, lali recuperou sua dignidade, ou o que sobrou dela. Fechou suas pernas.
—Lali: Eu quis fazer isso. —A risada do homem foi rouca e enferrujada, como se não risse há muito tempo.
—Peter: Se você diz.
—Lali: É verdade. — Juntou toda a sua dignidade, e com os cotovelos se impulsionou para ficar sentada. —Isso só aconteceu por causa do seu comportamento infantil. Espero que você se desculpe.
Ele gargalhou.
—Peter: O que você precisa é de uma babá, carinha de anjo, e não um marido.
—Lali: Para de me chamar assim!
—Peter: Me agradeça por eu te chamar assim. —Pegou a mala pela alça e lançou com facilidade para a parte de trás da caminhonete como se não pesasse mais que o orgulho da Lali. Em seguida a ajudou a ficar em pé. Abriu a porta da caminhonete e a empurrou para dentro.
Lali esperou para falar quando saíssem do aeroporto. Viajavam numa rodovia de mão dupla que ia para o interior de Milton Head, como ela esperava.
Arbustos e vegetação rasteira predominavam em ambos os lados da estrada e o ar quente que entrava pela janela balança seus cabelos contra o rosto. Com um tom suave, Lali quebrou o silencio.
—Lali: Poderia ligar o ar? Meu cabelo está ficando emaranhado.
—Peter: Está sem funcionar a anos. —Aquela resposta não surpreendeu ela. Os quilômetros passaram voando e cada vez mais os sinais de civilização desapareciam. E de novo preguntou o que ele havia negado de responder quando desceram do avião.
—Lali: Podia me dizer pra onde vamos?
—Peter: É melhor você mesma ver.
—Lali: Isso não soa muito esperançoso.
—Peter: Vou dizer de uma maneira suave, pra onde a gente vai não tem salão de festas.
Calças, botas, placa da Flórida. Tal vez fosse um fazendeiro! Ela sabia que tinha muitos fazendeiros ricos na Flórida. Talvez estivessem indo para o sul. «Por favor, Deus, que seja um fazendeiro. Que seja igual a um episódio repetido de Dallas. Que tenha uma casa bonita, roupas de estilistas famosos, e Sue Ellen e J. R. passeando em volta da piscina.»
—Lali: Você é fazendeiro?
—Peter: Pareço um fazendeiro?
—Lali: Você parece um psiquiatra. Responde uma pregunta com outra.
—Peter: Os psiquiatras fazem isso? Nunca fui em um.
—Lali: Claro que não. Sua cabeça funciona tão bem —Ela tentou que o comentário soasse sarcástico, mas o sarcasmo nunca foi o forte dela e pareceu que o estava elogiando.
Lali ficou olhando pela janela a tipica paisagem de rodovia. Totalmente distraída, viu uma casa caindo aos pedaços com uma árvore no jardim da frente cheio de alimentadores de pássaros feito de abóbora. O ar quente fazia eles se mexerem.
Fechou os olhos e se imaginou fumando. Ou tentou. Até esse dia, não tinha dado conta do quanto dependia da nicotina. Enquanto se adaptava com a situação em que se encontrava, teria que deixar de fumar. Com a sua nova vida, teria que repensar muitas coisas. Por exemplo, não fumaria na casa da fazenda. Se quisesse um cigarro, fumaria no terraço ou ao lado da piscina.
À medida que sonhava, rezou outra vez: «Por favor, Deus, que tenha terraço. Que tenha piscina...»
Um pouco mais tarde, ela despertou com o barulho da caminhonete. Se levantou bruscamente, abriu os olhos e deu um grito de espanto.
—Peter: O que aconteceu?
—Lali: Me diz que isso não é o que eu imagino.
—Peter: É difícil confundir um elefante com qualquer outra coisa. —Era um elefante. Um elefante de verdade, vivinho. A besta pegou um pouco de feno com a tromba e jogou para trás. Olhando o deslumbrante anoitecer, Lali rezou para estar dormindo ainda e que aquilo fosse um pesadelo.
—Lali: Diz que estamos aqui porque você quer me levar ao circo.
—Peter: Não exatamente.
—Lali: Você vai ir sozinho?
—Peter: Não. —Lali estava com a boca tão seca que era difícil falar.
—Lali: Sei que não gosta de mim, senhor Lanzani, mas, por favor, me diz que não trabalha aqui.
—Peter: Sou o gerente.
—Lali: Gerente de um circo —repetiu ela fracamente.
—Peter: Certo.
Tonta, Lali se deixou cair contra o banco. Apesar do seu optimismo, era incapaz de encontrar uma luz no final do túnel.
Oi gente, queria saber se vcs estão gostando?
Eu demoro um pouco pra postar os capitulos, pq eu estou traduzindo simultaneamente.
Autor(a): anninhahgn
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Na área queimada pelo sol tinha uma tenda de circo vermelha e azul ao lado de várias tendas pequenas e um grande número de trailers (caravanas). A tenda maior, salpicada de estrelas douradas, tinha um letreiro grande que dizia: CIRCO DOS IRMÃOS QUEST, PROPRIETÁRIO: OWEN QUEST. Tinham mais elefantes amarrados, Lali viu uma lhama, um camelo, ...
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