Fanfic: A Beijar um Anjo - Laliter | Tema: Laliter
Na área queimada pelo sol tinha uma tenda de circo vermelha e azul ao lado de várias tendas pequenas e um grande número de trailers (caravanas).
A tenda maior, salpicada de estrelas douradas, tinha um letreiro grande que dizia: CIRCO DOS IRMÃOS QUEST, PROPRIETÁRIO: OWEN QUEST. Tinham mais elefantes amarrados, Lali viu uma lhama, um camelo, várias jaulas enormes com animais e todo tipo de gente estranha, entre elas alguns homens bastante sujos. E a maioria delas pareciam não ter os dentes da frente.
O pai de Lali sempre foi o tipo de pessoa esnobe. Adorava todas essas coisas de linhagens antigas e títulos de nobreza. Ele se gabava de ser descendente de uma das maiores famílias da Rússia czarista. O fato dele ter casado sua filha única com um homem que trabalhava em um circo dizia muito o que ele sentia por ela.
—Peter: Não é exatamente igual dos Irmãos Ringling.
—Lali: Isso eu já percebi —ela respondeu fracamente.
—Peter: Os Irmãos Quest é um desses circos conhecidos como circos de barro.
—Lali: Por que você diz isso?
—Peter:Em breve você vai descobrir —a resposta soou um pouco diabólica.
Seu marido parou a caminhonete do lado das outras, desligou o motor e saiu. No momento em que ela saiu, ele já havia tirado as malas da traseira e começou a andar carregando-as.
Os saltos de Lali afundaram no terreno arenoso e quase caiu enquanto seguia Peter. Todos pararam o que estavam fazendo e olharam para ela. O joelho aparecia pelo rasgo do vestido, a jaqueta de cetim que estava chamuscada caiu em seu ombro e os sapatos afundaram em algo muito mole. Desolada, Lali olhou para baixo para se certificar de que ela tinha pisado justo no que mais temia.
—Lali: Senhor Lanzani! —O grito da jovem tinha um toque de histeria, mas ele parecia não ouvir e continuou caminhando para a parte em que estava os trailers (caravanas).Ela esfregou a sola do sapato na areia, levantando poeira durante o processo. Com um suspiro, Lali começou a andar novamente.
Peter se aproximou de dois veículos que estavam estacionados um do lado do outro. O primeiro era um trailer moderno prateado e com uma antena parabólica. Do lado tinha outro trailer muito maltratado, estava amassado e enferrujado, parecia ter sido verde em outra vida.
«Por favor, que seja o trailer com a parabólica em vez da outra. Por favor...» Ele parou diante do trailer verde, abriu a porta e desapareceu dentro dela. Lali gemeu, percebeu que estava tão emocionalmente entorpecida que não poderia se surpreender.
Peter reapareceu na porta depois de um momento e observou como ela cambaleava enquanto andava em sua direção.
Quando ela finalmente chegou ao degrau de metal torto, ele ofereceu-lhe um sorriso cínico.
—Peter: Lar, doce lar, anjo. Você quer que eu te pegue nos braços para atravessar o umbral (ou simplesmente atravessar a porta)? —Apesar do sarcasmo, ela escolheu esse momento especial para lembrar de que ninguém nunca a pegou no colo para atravessar uma porta e que, apesar das circunstâncias, este era o dia de seu casamento.
Se talvez colocasse um pouco de sentimento nas coisas ajudaria os dois a tirar algo positivo dessa experiencia terrível.
—Lali: Sim, obrigada.
—Peter: Você ta falando sério?
—Lali: Você quer ou não quer fazer?
—Peter: Não quero.
Ela tentou esconder o desapontamento.
—Lali: Está bem. De qualquer maneira o trailer é horrível.
—Peter: Eu sei. De qualquer jeito eu acho que trailers não tem umbral.
—Lali: Se tem uma porta, tem umbral. Até iglus tem umbral. —Pelo canto do olho, ela viu que começava a se formar uma multidão ao redor deles. Peter também percebeu
—Peter: Vamos, entra.
—Lali: Foi você quem se ofereceu.
—Peter: Estava sendo sarcástico.
—Lali: Já percebi que você faz isso sempre. E se nunca ninguém te falou, é um hábito irritante.
—Peter: Entra, Lali.
De alguma maneira ele tinha traçado uma linha e o que tinha começado como um impulso tornou-se uma batalha de vontades. Ela permaneceu de pé no degrau, com os joelhos tremendo, mas tentando ficar forte.
—Lali: Te agradeceria que pelo menos tenha a decência de cumprir essa tradição.
—Peter: Pelo amor de Deus. —Ele desceu com um pulo, levanto-a e levou-a para dentro, fechando a porta com um pontapé. Soltou ela bruscamente a deixando em pé. Antes de poder decidir se havia ganhado ou perdido essa batalha em particular, Lali percebeu o que a rodeava e esqueceu todo o resto.
—Lali: Ai, meu Deus!
—Peter: Vai ferir os meus sentimentos, se disser que não gostou.
—Lali: É horrível.
O lado de dentro conseguia ser pior que o lado de fora. Estreito e bagunçado, fedia a mofo, a coisa velha e a comida. Na frente dela havia uma cozinha em miniatura, a bancada de fórmica cor azul estava desbotado. Pratos sujos foram empilhadas na pequena pia e tinha uma panela com uma crosta de gordura no fogão, justo em cima da porta do forno, que para fechar precisava de um pedaço de corda. O tapete puído que um dia tinha sido dourado, mas agora tantas manchas que a cor só poderia ser descrito usando um tipo de tecnologia muito avançado. A direita da cozinha, Mal dava pra ver o estofamento debotado do pequeno sofá pois em cima dele tinha uma pilha de livros, jornais e roupas masculinas. Viu um frigorífico lascado, armários de laminado com chipping e uma cama desarrumada.
Lali rapidamente olhou em volta.
—Lali: Onde está a outra cama?
Ele olhou para ela sem expressão, em seguida, entrou e colocou as malas no chão.
—Peter: Isso é um trailer, anjo, não uma suíte no Hilton. Isso é tudo o que tem.
—Lali: Mas... —fechou a boca. A garganta estava seca e tinha um vazio no estômago. A cama ocupava a maior parte do fundo do trailer que era separada do resto do "comodo" por uma cortina cor de café, que no momento estava fechada. Sobre a cama tinha algumas roupas emboladas, uma toalha e algo que parecia ser um pesado cinturão preto.
—Peter: O colchão é novo e confortável, e os lençóis estão limpos —disse ele.
—Lali: Prefiro ficar no sofá.
—Peter: Como quiser.
Ela ouviu uma série de barulhos metálicos e viu que Peter estava esvaziando os bolsos no balcão da cozinha que estava uma bagunça: algumas moedas, chaves e carteira.
—Peter: Vivia em outro trailer até semana passada, mas era muito pequena para duas pessoas, assim que eu troquei por essa. É realmente uma pena que eu não tive tempo de chamar um decorador. —Ele balançou a cabeça. —A comoda e os armários estão ali. É o único lugar que deu tempo de limpar. Pode colocar as suas coisas lá dentro. A sessão começa em uma hora; não chegue perto dos elefantes.
—Lali: Na verdade, acho que não posso viver aqui —disse ela. —Isso é nojento.
—Peter: Tem razão. Suponho que precisa de um toque feminino.Você vai encontrar os produtos de limpeza embaixo da pia.
Ele passou do seu lado indo em direção da porta, então parou. Chocada, Lali viu ele voltando para o balcão, pegando a carteira e colocando novamente no bolso.
Se sentiu profundamente ofendida.
—Lali: Não ia te roubar.
—Peter: Claro que não. Mas é melhor não abusar da sorte. —Peter roçou o braço no seu peito quando passou perto dela de novo para ir em direção a porta. —Hoje temos sessões as cinco e as oito. Atuo nas duas.
—Lali: Pare agora! Eu não posso ficar neste lugar horrível e eu não vou limpar toda essa porcaria!—Ele olhou distraidamente a ponta da bota, e depois a olhou. Lali olhou para aqueles olhos verdes pálidos e sentiu um arrepio de medo, seguido por outra sensação estranha que não queria nem pensar o que era.
Ele levantou lentamente a mão, e Lali estremeceu quando ele gentilmente a fechou em torno de sua garganta. Ela sentiu a rugosidade do polegar quando ele tocou a pele abaixo da orelha com o que parecia uma carícia.
—Peter: Me escuta com atenção, anjo. —disse ele suavemente. —Podemos fazer isso por bem ou por mal. De um jeito ou de outro eu vou ganhar. Você decide como quer ser.
Se olharam nos olhos. Em um momento que parecia eterno, sem palavras Peter exigiu que ela se submetesse a ele. Os olhos do homem deixou um rastro de fogo sobre ela, consumindo as roupas, pele, até Lali sentir nua, com todas as suas fraquezas expostas. Ela queria correr e se esconder, mas a força do olhar masculino a deixou imobilizada.
Peter deslizou a mão pela garganta, em seguida, passou as mãos pelos braços tirando a jaqueta, fazendo-a cair no chão como um sussurro. Ele pegou a alça do vestido dourado que ela usava e deslizou pelo ombro. Ela não usava sutiã —se não apareceria com aquele vestido—e seu coração começou a bater mais rápido.
Com a ponta do dedo, Peter baixou o vestido, passando o dedo do peito até o mamilo. Em seguida, inclinou a cabeça e tomou com os dentes a pele lisa que foi exposto.
Lali engasgou quando sentiu ele beliscar. Deveria ter sido doloroso, mas seus sentidos recebeu a pequena mordida com prazer. Ela sentiu a mão de Peter no cabelo e, em seguida, ele se virou, embora já havia deixado sua marca sobre ela como um animal selvagem. Foi então que Lali soube a que lembrava aqueles olhos. A um predador.
A porta do trailer balançou em suas dobradiças. Peter saiu e a olhou, deixando cair a gardênia ele havia roubado do seu cabelo.
Ele explodiu em chamas.
Desculpe a demora, é que esse capítulo demorou um pouco mais de tempo para eu conseguir traduir. E tambem fiquei mt ocupada esses dias.
Autor(a): anninhahgn
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