Fanfic: ❥ Extranjera | Tema: Vondy

Cheguei ao prédio onde Maite morava. Parei o carro na frente e encostei a cabeça no volante por alguns segundos, derramando lágrimas. Aquilo tudo era muito triste.

Disquei o numero dela no celular e liguei. Ela logo me atendeu.

(May)= Dulce?

Dul= May, deu tudo errado. - Solucei.= Pode abrir o portão pra eu poder entrar e estacionar o carro?

(May)= Claro, Dul. Estaciona e vem direto aqui pro apartamento.

Desliguei e logo o portão da garagem se abriu. Estacionei meu carro na vaga na casa de Maite, peguei minhas coisas e fui para o elevador.

Cheguei ao apartamento de Maite e ela ja estava me esperando na porta. Larguei minhas coisas no chão mesmo e a abracei. Ela acariciou as minhas costas enquanto eu chorava em seu ombro. Me afastei dela e solucei. May me pediu para entrar e me ajudou a colocar minhas coisas para dentro.

May= Vem pra cozinha, vou te fazer um chá de camomila.

Dei um pequeno sorriso e assenti. May tinha um espirito de mãezona e eu amava aquilo nela mais do que qualquer outra pessoa. A segui até a cozinha. Sentei-me no balcão que tinha ali e sequei meu rosto, enquanto ela colocava agua para ferver.

Dul= Obrigada por me deixar ficar aqui, May.

May= Bem capaz, Dul. Você sabia desde sempre que minha porta estava aberta pra qualquer momento que você precisasse. - Sorriu.= Eu já te esperava hoje a noite. - Suspirou e eu assenti soluçando.= Foi muito ruim?

Dul= Foi péssimo. Meu pai nunca vai aceitar nada. Ele disse que eu estava mendigando trabalho na frente da televisa, e quando contei o que tinha conseguido, ele não ficou nem um pouco feliz. - Suspirei.= E quando eu ia saindo, ele disse que provavelmente eu voltaria pra casa arrependida, ou acharia um marido rico como minha irmã fez. - Rolei os olhos.

May= E o que você disse?

Dul= Que ele ainda vai me ver muito na tv. - Nós rimos.

May= E sua mãe?

Dul= Minha mãe não disse muita coisa, ela nunca diz. Ela faz tudo o que meu pai quer, May. Ela nunca ia se opor na frente dele. Nunca criticaria uma decisão. - Dei de ombros.= Mas eu senti a dor nos olhos dela em estar perdendo mais uma filha cedo dessa maneira.

May= Sua mãe é ótima, ela só precisa se soltar do seu pai. - Eu assenti concordando.= Agora somos só eu e você.

Sorri pra ela enquanto me servia o chá. O bebi todo enquanto conversavamos. Depois, ela me ajudou com as coisas e me levou até meu mais novo quarto.

May= Todo seu. Esta limpinho. Pode decorar do jeito que quiser. - Sorriu.

Dul= Obrigada por tudo, May.

May= Já disse que não precisa me agradecer, bobinha. - Ela apertou minha bochecha.= Agora descanse. Amanhã temos estudo de roteiro, o dia vai ser longo.

Dul= Verdade.

Sorri e ela me deu um beijo na bochecha de boa noite. Foi para seu quarto e eu fechei a porta do meu. Suspirei fundo e entrei. Era branco demais, eu precisava mesmo dar uns retoques nele. Mas, iria me preocupar com isso outro dia. Deitei-me na cama, e depois de algumas lagrimas, peguei no sono.