Fanfic: Redenção — Herroni [FINALIZADA] | Tema: Rebelde

Não falo nada só a fito. Maite então se senta ao meu lado e observa cada detalhe que meus dedos fazem nos teclados do piano, parece deslumbrada.

— Está aqui há muito tempo? — pergunto com o fim da melodia.

— Não. Assim que cheguei me aproximei.  — diz Maite, pois me mirando. Seus olhos brilham e sei que é de felicidade, pois me sinto da mesma maneira. — Você toca tão bem.

— Muito tempo que eu não tocava... — suspiro e passo a mirar a cidade de Seattle pelo janelão logo à frente.

— Por quê?

— Simplesmente não sentia vontade. — dou de ombros.

— E agora sente?

— Sim. — passo a mirá-la. — Depois que te conheci tudo mudou. — estou mais sério do que desejava. — Você me mudou. — complemento.

— E você não sabe se isso é bom, não é? — sua voz é doce e nela há uma pontada de magoa.

Passo meu dedos por meu cabelo. — Não é bem assim. — pego sua mão e a levo até meus lábios aplicando-lhe um beijo. — Estou confuso, mas é só. As mudanças foram para melhor. É algo bom.

Maite abaixa a cabeça de modo que não posso mirá-la nos olhos. — Não sei não Poncho...

Ergo seu rosto pegando seu queixo. — Não sabe não o que meu amor?

Ela suspira e coloca uma mecha de seu cabelo detrás da orelha. —  Agora sou eu que não sei o que vai ser de nós... — murmura com lágrimas nos olhos.

Maneio a cabeça negativamente freneticamente. Meus olhos ardem e se eu fosse um humano estaria chorando agora.  — Vai desistir de mim? — meus olhos estão arregalados.

Maite se espanta. — Não! — ela quase grita. — Jamais vou fazer isso! Confie em mim! — abraça-me.

Suspiro aliviado. — Então não fica assim.

— Tudo bem. — concorda ela beijando a curva de meu pescoço.

Separo-me dela um pouco de modo que posso vê-la. — Pronta para eu te levar para a casa? — lhe dou um sorriso torto.

— Pronta. — ela me dá um sorriso e tanto.

— Vamos, então? — levanto-me a levando junto. Mantemos de mãos dadas. Pego um casaco – não para mim e sim para ela – as chaves do carro, carteira e celular. Chamo o elevador, logo as portas se abrem.