Fanfic: Redenção — Herroni [FINALIZADA] | Tema: Rebelde

— Matará meio mundo. — Fala a uma garota de cabelos curtos e negros.

— E na podemos deixar. Vai chamar muita atenção. — O mais velho fala.

— Mas ele não vai ficar o tempo todo assim parado. Ele vai nos atacar, oras. Temos que agir rápido então. — Outro rapaz replica sério.

Eles se entreolham e de repente sei o que pretendem. Rapidamente dou uma olhada em meu redor, vejo uma janela toda de vidro e pulo. Ela se quebra em vários pedaços e por fim estou livre. Não sei para onde ir. Onde posso encontrar comida? Onde? Até que um cheiro doce e chamativo adentra minhas narinas. Não sei por que, mas ele me é familiar.

Corro, corro o mais rápido que posso, não sei por que, mas sinto que esse cheiro familiar vai me levar a algo, algo que eu gosto, algo que eu quero.  O mesmo me leva até uma casa, a mesma está com as luzes acesas e por uma das janelas – mas precisamente a de cima – vejo uma mulher morena que me chama muita atenção, ela parece estar concentrada em uma fotografia e não me vê ali. O estranho que apesar de estar com fome, o que sinto por ela não é vontade de matá-la, muito longe disto, na verdade.

Fecho meus olhos e me concentro somente nesse cheiro doce. De repente imagens aparecem em minha cabeça. Eu humano, criança e com meus irmãos, minha família, aquelas pessoas que acabei de deixar para trás... minha família... Sendo atacado por vampiros, a transformação, atacando ela... ela... matando-a...  a transformação de minha família, a empresa, a riqueza, os assassinatos e de novo ela... amando-a, desejando-a... aquela mulher que está diante de mim é minha vida... meu tudo... e eu... eu sou um sangue suga... Como? Não sei... não consigo me lembrar...

De repente não me sinto bem, abro meus olhos e congelo. Ela está fitando-me com os olhos arregalados, está em choque. Antes que eu pensa em fazer algo sinto mãos me segurando e puxando-me. É minha família, não consigo me lembrar do nome deles, mas sei que são minha família e que os amo.

— Alfonso, recorde-se de nós, por favor. — Suplica o mais velho.

Como posso dizer que sei quem são? Não há como...

— Droga! Ela nos viu e viu ele também, Blanca. O que vamos fazer? — Questiona um de meus irmãos, acho.

— Calma, eu vou falar com ela pessoal.

— Não diga a ela! — Ordena outro de meus irmãos.

Mais imagens vem em minha cabeça. Briga... desentendimentos... palavras duras ditas a mim, não sei o que isso quer dizer. É tudo muito confuso. A vejo chorando, sinto uma dor imensa no peito que não sei explicar e por fim a vejo ir embora com lagrimas no olhar.

Me solto deles e corro para longe dali. Não me sinto bem, estou muito confuso.

Só paro quando estou em uma floresta, subo em uma montanha e tudo que consigo fazer é uivar. É ma boa forma de expressar a dor que estou sentindo e a impotência nesse momento.

 Paro ou continuo?