Fanfic: O Inesperado ~ adaptação Vondy ~ | Tema: Vondy

– Oi. Sim. Sim. Não. Sim. Não. Não. Pelo amor de Deus, não. Ok, obrigado – e ele desligou o telefone.

– O que foi isso? – perguntei.

– Confirmação da lista de convidados. Agora ela está, com certeza, no seu e-mail – ele sorriu.

 Bufei, mas não consegui evitar uma risada.

– Quantos convidados tem sua lista? – perguntei.

– Arredondei pra 100 – ele respondeu.

– Ótimo. Uma festa de casamento pra 300 pessoas, imagine o preço – suspirei.

– Já te disse que dinheiro não é problema.

 Dei de ombros mais uma vez.

– Onde temos que ir agora? – ele perguntou, animado.

– Almoçar – respondi – Depois temos que ver os convites.

– Tudo bem.

 Fomos almoçar em um restaurante que eu não conhecia, mas Ucker parecia gostar. Não conversamos muito durante o almoço. Ele me perguntou sobre o que eu gostava de comer, e eu fui sincera: eu comia de tudo. Desde comida italiana à tailandesa. Aquela era uma das vantagens de se viver em Nova York, você tinha sempre o benefício da escolha.

 Saímos do restaurante e nos encaminhamos a uma das gráficas de luxo. Eu só tinha trabalhado com aquela gráfica uma vez, mas foi um sacrifício pro meu cliente pagar. Cada convite era feito à mão, era meio que uma coisa artesanal.

Ucker escolheu um dos modelos do convite, mas eu tirei fotos de todos os modelos disponíveis. Selena escolheu um modelo diferente do de Christopher  e ele deu de ombros, dando de risada. Deixei reservados 300 convites daquele modelo. Eu queria que eles estivessem prontos no dia 10 de dezembro, para que desse tempo de entregá-los a todos os convidados. Justin teve que anotar na ficha de reserva seu nome e o nome de Belinda inteiro, além do nome inteiro dos pais dos dois.

 Ucker e eu saímos da gráfica e entramos no carro.

– Para onde vamos agora? – ele perguntou, sorrindo.

 A rotina de planejar um casamento parecia ser algo excitante pra Christopher. Aquilo me fez rir.

– Eu vou pra casa, você vai pra onde você quiser.

 Seu sorriso se desmanchou.

– Como assim?

– Tenho que fazer algumas ligações. Procurar buffet, salão, confeitaria. Belinda  vai vir pra Nova York daqui a alguns dias para escolher as flores da decoração e do buquê. Você pode vir ajudar quando ela vier – eu o tranquilizei.

– Ah, entendi. Agora chegou o seu departamento do trabalho, não é?

– Exatamente! – sorri.

– Tudo bem, então. Onde você mora?

– Eu posso pegar um táxi daqui, não se preocupe.

– Claro que não. Faço questão de te levar pra casa.

 Suspirei alto, mas então ditei meu endereço para o troglodita motorista. O carro entrou em movimento e nós paramos na frente do meu prédio em menos de vinte minutos.

–Dulce, você quer jantar comigo hoje? – ele perguntou.

– Jantar com você? Por que? – franzi as sobrancelhas.

– Bem, eu estou sozinho em Nova York. E você também.

– Sim, e daí?

– E daí que seria legal.

 Eu o encarei de sobrancelhas arqueadas, mas assenti.

– Tudo bem. Passe aqui pra me pegar às oito. E, por favor, não se atrase.

 Ele deu risada e me mandou uma piscadela. Saí do carro e fechei a porta. O carro ficou lá até que eu tivesse entrado completamente no prédio. Quando cheguei no meu apartamento e olhei pela janela para a rua logo abaixo, o carro não estava mais lá. Peguei um copo de água e comecei com minha maratona de telefonemas.

 Só encontrei dois salões de festa disponíveis no dia 22 de dezembro. Enquanto falava no telefone com o administrador dos dois salões, liguei pelo celular para Selena. Eu lhe contei dos dois salões e ela escolheu o Grand Foyer, no Upper West Side. Desliguei o celular e agendei para o dia 22 de dezembro a festa de casamento de Christopher Uckermann e Belinda Peregrin no Grand Foyer. Agradeci o outro administrador do salão e desliguei o telefone.

 Depois disso, liguei para os buffets especializados. Praticamente todos tinham o dia 22 livre, então eu escolhi sozinha o melhor buffet – e mais caro também, por sinal. O buffet cobrava 210 dólares por pessoa, mais uma taxa de 50 dólares por centena. Fiz as contas na minha cabeça, mas decidi não pensar nisso. Ia ficar realmente muito caro, mas dei de ombros.

 Liguei para uma confeitaria especializada logo depois. Eles me garantiram que podiam fazer o bolo até o dia 22, mas a noiva ia ter que aparecer lá pra decidir quantos andares, o sabor, a calda, os bonequinhos, etc. Eu lhe disse que iríamos lá em alguns dias e mandei que ele marcasse meu nome. Quando desliguei o telefone pela última vez, olhei para o relógio.

 Já passava das sete e meia da noite. Saí correndo da onde estava e entrei no chuveiro. Coloquei um vestido azul turquesa e salto alto. Faltava cinco minutos pras oito quando comecei a me maquiar.