Fanfic: O Inesperado ~ adaptação Vondy ~ | Tema: Vondy

Continuei a encarar Christopher, tentando descobrir todos os seus pensamentos e desejos. Eu tinha que descobrir quem ele era. Para isso, tinha que lhe fazer perguntas. Perguntas sobre o casamento, especialmente. Queria ter certeza que ele estava pronto para se casar, porque, se não estivesse, aquele casamento não ia durar nem um ano.

 Apoiei meus braços na mesa e mim inclinei em direção a ele.

 – Então, senhor Uckermann...– comecei a dizer.

 Ele me interrompeu e ergueu o dedo indicador como repreensão.

 – Eu gostaria que você me chamasse de Ucker – disse.

 Respirei fundo e neguei com a cabeça.

 – Desculpa, mas eu prefiro te chamar de senhor Uckermann– respondi.

Uckermann era, afinal, o astro, a estrela ali. Eu me sentiria extremamente desconfortável de chamar alguém tão famoso como ele pelo primeiro nome. Nós não tínhamos intimidade o suficiente para aquilo. Se bem que eu não me incomodava de ele me chamar de Dulce. Era só que eu me sentia intimidada perto dele.

 – Por que? – perguntou – Você chama Belinda pelo primeiro nome. Por que não pode fazer o mesmo comigo?

 Dei de ombros.

 – É complicado – respondi.

 Ele me deu um olhar de reprovação, não compreendia. Suspirei e percebi que teria que explicar porque aquilo acontecia. Formulei uma desculpa rapidamente, mas que também era uma verdade.

 – Eu trato todas as noivas como se fossemos amigas. Mas sempre trato com indiferença os noivos– respondi, dando de ombros.

 Christopher me encarou de sobrancelhas franzidas e uma expressão divertida.

 – Pra quer tanta indiferença com os noivos? – perguntou com tom de diversão.

 – Pra ver se eles conseguem aguentar a pressão – respondi – Se não conseguir, ele não está pronto pra se casar.

Christopher deu risada e cruzou os braços, me analisando. Seus olhos corriam do meu cabelo aos meus lábios e eu fiquei imediatamente corada. Uckermann me observando conseguia me deixar envergonhada. E eu normalmente não ficava envergonhada perto de homens. Sempre fui muito autoconfiante. Mas acho que é normal ficar abalada quando se conhece alguém que faz mais dinheiro em uma semana do que você no ano inteiro.

 – Essa é uma teoria interessante – opinou.

 – Obrigada – sorri – Então, senhor Uckermann, eu adoraria saber mais sobre o senhor.

 – Não há nada sobre mim que você não consiga encontrar no Google ou em revistas de fofocas  – ele respondeu, dando de ombros mais uma vez.

 Neguei com a cabeça e encostei as palmas da mão na mesa, aproximando-me mais ainda de Christopher .

 – Quero ouvir de você.

 Christopher me olhou desconfiado, mas assentiu com a cabeça.

 – Quantos anos tem, senhor Uckermann?– perguntei.

 Aquela era uma pergunta que estava me dando o que pensar. Eu não fazia ideia da idade dele. Christopher parecia ter a mesma idade que eu, mas, se aquilo fosse verdade, ele estava realmente muito novo para casar. Ele era rico, bem sucedido, famoso, jovem. Eu continuava sem entender porque alguém com todas essas qualidades iria pensar em se prender a uma mulher. Logo ele. Logo ele que podia ter qualquer outra mulher que quisesse.

 – 23 – respondeu.

 Tive que esconder minha surpresa. Ele realmente tinha a mesma idade que eu. Não comentei nada sobre isso e olhei para o meu bloquinho, como se procurasse outras perguntas.

 – O que pensa sobre o amor? – perguntei.

 – É uma das coisas mais importantes do mundo. Só vem atrás do respeito – ele respondeu, me encarando.

 Assenti com a cabeça. Aquela era realmente uma boa resposta. Eu sabia que ele não estava falando só do amor romântico, mas também no amor fraternal. Do amor entre amigos, irmãos, pais, familiares, conhecidos. Não apenas do amor ao parceiro. Christopher soava muito inteligente e humilde. Aquela era uma boa surpresa.

 – O que acha do casamento? – perguntei.

 Aquela era a melhor pergunta de todas. Tendo o trabalho que eu tinha, eu precisava fazer aquela pergunta a todos os noivos e noivas. Se eles achassem que o casamento fosse uma prisão, onde a falta de liberdade reinasse, então eles não deveriam se casar. Quem encarava o casamento como algo horrível certamente era imaturo demais para perceber o comprometimento daquela instituição. Sim, casamento era uma instituição. Não se casar ou se casar por obrigação era ir contra o sistema. E o sistema estava muito bem daquele jeito, com as pessoas se casando por amor.

 – Acho que é um novo passo no relacionamento. É necessário – respondeu.

 Anotei no meu bloquinho: Uckermann está pronto. Pelo menos aquela tarefa não me seria dada. Eu não teria que prepara-lo para se casar, porque ele já estava pronto. Já sabia as consequências, os prós e os contras. Encarei-o e sorri para ele. Por enquanto, suas respostas estavam indo muito bem e ele parecia um jovem inteligente, maduro e responsável.

 – Você ama Belinda? – perguntei, subitamente.

 – É óbvio que sim – ele respondeu, revirando os olhos.

 – Você está apaixonado por ela?

Respodendo aos comentarios:

pollitavondy: continuadoooooooooooooooooooooooo seja bem vinda amoor e que bom que vc esta gostando flor...

Yasmin Silva: continuado linda que bom que esta gostando da fic!

Comentem lindas e se puderem divulguem!!

Beijocas no tum tum de vcs!!